Quem se lembra ainda dele?
Dia 10 de janeiro de 2000, vitima de um ataque cardíaco, morria Carlos Rocque, jornalista e historiador paraense, conhecido como “repórter da História”. Apaixonado como era pela sua cidade, tinha percorrido com uma equipe jornalística, vários pontos históricos da Cidade Velha, narrando episódios da história de Belém, quando aconteceu o fato.
Filho de Felix Rocque, famoso “animador” da Festa de Nazaré nos idos anos 40 e 50 do século passado, Carlos era o segundo dos quatro filhos de seu primeiro casamento. Nasceu no dia 28 de abril de 1936.
Em 1962 lançou seu primeiro livro “O Poço dos Anseios Perdidos”, em 1963, um outro “Logo depois das chuvas”. Passa então para a pesquisa e em 1967 lança “A Grande Enciclopédia da Amazônia”. Foi um sucesso. A partir daí, e por quase vinte anos, não parou mais. Lançou:
1971 –Anotologia da Cultura Amazônica;
1973 – Antonio Lemos e sua época;
1978 – História dos Municípios do Pará;
1980 – Depoimentos para a História Política do Pará;
1980 -História de A Província do Pará;
1981 – A história do Círio e da Festa de Nazaré;
1983 – A formação revolucionária do Tenente Barata;.
1985 - Cabanagem: epopeia de um povo.
São frutos de suas ideias: o Memorial à Cabanagem, a romaria fluvial o Museu do Círio , a homenagem a Magalhães Barata na Praça da Leitura em S. Braz. Voltou à escritura em 1997 com LOPO DE CASTRO E AS LUTAS DA COLIGAÇÃO. Em 1998 lança o primeiro volume de - MAGALHÃES BARATA: O HOMEM, A LENDA, O POLÍTICO (o segundo volume foi publicado post mortem em 2006). Não deu tempo para publicar outros livros, praticamente prontos e realizar outros sonhos. Um deles, fruto da sua devoção por N. Sra. de Nazaré : um monumento em sua homenagem. Outro sonho que ficou incompleto era relativo ao reconhecimento pela sua contribuição intelectual.
A Câmara de Belém o agraciou com o título de Historiador da Cidade e teve gente que não gostou. O Instituto Histórico e Geográfico do Pará já o tinha elegido membro efetivo, mas seu coração não permitiu a posse.
CARLOS ROCQUE o Repórter da História, ocupou por 19 anos a cadeira 10 da Academia de Letras, aquela dos historiadores e, como acontece com outros escritores paraenses já falecidos, é uma dificuldade encontrar seus livros.
É mais um filho da nossa terra que, como tantos outros, está esquecido.
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