terça-feira, 30 de outubro de 2018

Aniversario do Landi... Antonio Giuseppe.


Este meu artigo foi publicado na revista da Região Emilia Romanha, na Italia, em 2003. 
O titulo que eu tinha escolhido era O Bibiena do Equador, mas quem sabe porque preferiram os Tropicos.


O BIBIENA DOS TRÓPICOS

Entre os muitos e ilustres Emiliano-romanholos que escolheram um país estrangeiro como segunda pátria, tem um que é muito conhecido longe da Italia e da sua cidade natal, Bolonha. Estou falando de  Giuseppe Antonio Landi, nascido em Bolonha dia 30 de outubro de 1713, filho de Carlo Antonio Landi, dotor em Filosofia e Medicina e docente de Logica e Filosofia n Universidade, e de Antonia Maria Teresa Guglielmini. Aluno predileto de Fernando Galli Bibiena na Academia Clementina, vamos encontra-lo em 1745 na direção da seção de Arquitetura, sem nem sonhar com o que lhe aconteceria dentro de poucos anos..

A  Historia da sua vida vai se cruzar com as questões das colônias ultramarinas espanholas e portuguesas quando em 1750 o Tratado de Madri, para poder  por ordem na briga entre esses dois países, decide a constituição de Comissões bilaterais. Tais comissões deveriam estabelecer as fronteiras daquilo que deveria ser o território português no Novo Mundo. Portugal, porém, se encontrava em sérias dificuldades pois não encontrava os técnicos necessários a causa da Inquisição que tinha desmantelado suas melhores escolas, até a de Sagres.

O carmelita descalço João Alvares Gusmão foi então encarregado pela Coroa portuguesa, de recrutar ‘católicos’ pra a Comissão portuguesa. De modo claro  seus superiores lhe ordenaram de excluir “espanhóis, franceses e holandeses, e também ingleses, so se fossem católicos”, assim como “napolitanos, sicilianos, parmenses, porque súditos da Espanha”.  A frei Gusmão só sobrava a peninsula itálica pra procurar o pessoal que precisava e ai lhe sugerem como áreas próximas aos interesses portugueses aquela de Roma, Milão, Veneza, Florença, Bolonha e Pádua.

É com estas indicações que frei Gusmão chega em Bolonha para contratar Antonio Giuseppe Landi como desenhador de mapas da Comissão de Demarcação das Fronteiras entre as terras descobertas por Portugal e Espanha nas Indias Ocidentais. Os outros membros foram encontrados em Mântua, Gênova, Milão, Basiléia e eram matemáticos, geógrafos, astrônomos, médicos e engenheiros. Esta mistura de competências técnicas desperta dúvidas sobre as verdadeiras intenções do governo português, o qual mantinha em segredo tudo quanto se relacionava a Comissão. Corriam vozes que a verdadeira razão daquela operação era a transferência da Corte para a colônia, ou seja, para Belém. A situação politica da Europa de então era tal que Portugal, tão pequeno,  se sentia ameaçado pela vizinha e potentíssima Espanha.

A morte do Rei de Portugal adia a viagem para o Brasil dos membros da Comissão, os quais chegam em Belém, na Amazônia, somente dia 19 de julho de  1753. Ali, novas dificuldades levam a adiar a viagem em direção a Mariuá, lugar escolhido para o encontro das duas Comissões. Landi, porém não consegue ficar parado e começa a ajudar Brunelli, o astrônomo, nas medições  resultantes da observação da lua. Para combater a  ociosidade  dos “engenheiros”, como eram chamados os membros da Comissão, o Governador do Grao Pará, Mendonça Furtado, decide ocupa-los com os mais diferentes tipos de trabalho. Alguns tiveram que reproduzir a planta da cidade de Belém. Landi, em vez, vai ajudar na decoração do altar mor da igreja de Sto.  Alexandre.

 Tem inicio desse modo o trabalho de Landi  na Amazônia.



UM ARQUITETO NA FLORESTA

Nos dois anos que passa a Mariuá esperando a chegada da Comissão Espanhola, se ocupa em reproduzir com o desenho e a catalogar a flora e a fauna local da qual descreve o habitat; projeta o sepulcro da capela de Santana em Barcelos, encarregando-se, inclusive, da pintura da mesma; projeta o pelourinho, a igreja e o município de Borba-a-Nova.

Aquela permanência em Mariuá permite ao Governador de aprofundar  o conhecimento dos membros da Comissão, dos quais tinha pouquíssima estima. Somente Landi não evitava o trabalho naquelas zonas quentes e úmidas que derrubavam os outros europeus. O seu espirito empreendedor chama atenção do Governador que, assim  o escolhe como primeiro habitante  branco da vila de Borba-a-Nova, onde lhe presenteia uma casa “para viver com sua futura esposa”. E la se vai o Governador procurar esta esposa para ele, encontrando-a, finalmente, entre as filhas do Capitão mor João Baptista de Oliveira.



Dois anos depois a Comissão volta para Belém sem ter encontrado aquela espanhola. O aluno do Bibiena volta ao trabalho: desenha mapas e estuda a natureza, mas, principalmente, começa seriamente a fazer o arquiteto, sem desprezar os seus ‘negócios’.


Em 1757 faz a primeira visita a Igreja da Sé, em construção, que, depois,  será concluída por ele. Em 1759 dirige um cerâmica que produz telhas,  tijolos e vasilhame de barro, produtos esses inexistentes no mercado depois da saída de cena dos Jesuitas,  expulsos do pais pouco antes. No mesmo ano, por ocasião do envio à Corte Portuguesa do primeiro projeto do Palácio dos Governadores de Belém, Landi foi reconhecido e proposto como arquiteto.


Em 1760 foi chamado para organizar a parte cênica da festa do casamento da princesa D. Maria com o Infante D. Pedro. Traz nessa ocasião para a zona equatorial as tradições bolonhesas. A cultura Felsinea entra contemporaneamente nas formas e nos materiais usados na Igreja de Santana, quando Landi, devoto dessa santa, depõe a primeira pedra.


As controvérsias, porém, entre Portugal e Espanha não tinham acabado. Em 1761, o Tratado do Prado estabelece a desmobilização das comissões e Landi tinha que voltar para Lisboa. O Governador não concorda com tal pedido e solicita a sua  permanência no Brasil alegando, além do casamento (que desta vez se realiza realmente com a filha de João de Souza Azevedo) a ocupação de Landi  numa série de trabalhos que tinha iniciado.

Enquanto espera a resposta, Landi projeta o Armazém das Armas e trabalha na futura Catedral, desenhando o retábulo do Santissimo; inicia a reconstrução da Igreja de Santana; assume índios para recolher fruta e especiarias para mandar para Lisboa. Em 1762 dirige a reconstrução da Igreja do Carmo e inicia a construção da Capela de Santa Rita no oratório do Carcere de Belém. Pede permissão  para construir um forno  na fazenda Murutucu, a qual acaba comprando em 1766. Recebe, então, a patente de Capitão.


Somente em 1763 chega a autorização da Corte para que Landi ficasse na Amazonia. Em 1768 inicia a construção de um quartel, ao lado do Palácio dos Governadores e  o Hospital Real na praça da Catedral (onde hoje temos as 11 janelas). Em 1769 inicia a construção daquela que será a sua obra prima, a capela de S. João Batista e de um outra capela destinada a sepulcro, no convento de Santo Antonio. Em 1780 o encontramos plantando cacau e produzindo cachaça ajudado por escravos, mas acaba por contrair dividas com  a Companhia Geral do Grão Pará.



Mais uma vez os desentendimentos entre Portugal e Espanha atravessam sua estrada. Com a entrada em vigor do Tratado de Santo Ildefonso (1777) uma Segunda Comissão de Demarcação das Fronteiras deve ser formada. Landi parte novamente como desenhador de mapas em direção do rio Negro, onde, em 1787 adoece gravemente; já no ano seguinte está de volta a Belém. Morre na sua fazenda Murutucu dia 22 de junho de 1791. Foi enterrado, como de costume na época, na igreja de Santana, a sua preferida.

Nunca voltou a Bolonha, e talvez por isso tenha sido esquecido. A sua arte se encontra toda em Belém do Pará. Na casa onde ele nasceu, na Via Brocaindosso, consegui colocar uma placa recordando que “a sua obra arquitetônica, cujos magnificos exemplos se encontram em Belém do Pará, é patrimônio da cultura brasileira”.


Dulce Rosa de Bacelar Rocque
Este artigo também foi publicado pela Editora do Senado Federal . Volume 46. em 2005. Versão em português revista e publicada no livro AS OBRAS DOS ENGENHEIROS MILITARES GALLUZZI E SAMBUCETI E DO ARQUITETO LANDI NO BRASIL COLONIAL DO SÉC. XVIII  Riccardo Fontana 

Anos depois da publicação deste artigo, sempre a Região Emilia Romanha lançou um DVD sobre sua vida,  ao qual colaborei não somente como tradutora, e onde se encontra, inclusive, este artigo.  Na ocasião, para o DVD foi usado o nome do artigo que não tinha sido usado em 2003: LANDI IL BIBIENA DELL'EQUATORE.



terça-feira, 16 de outubro de 2018

CIRIO 2018


Este ano a Segup percebeu que o Círio de Nazaré registrou um milhão cento e sessenta mil pessoas em seu percurso e nas ruas adjacentes ao seu trajeto. Isso representa 290 mil metros quadrados de área ocupadas por fiéis no corredor da procissão e nas transversais.

 Já a trasladação, no sábado (13), superou o número de pessoas no Círio, registrando um milhão e trezentas mil pessoas no corredor da procissão e nas vias paralelas ao entorno do corredor principal.

Desse jeito, brevemente, o Cirio verdadeiro vai mudar de horário. O calor está, pouco a pouco, levando mais romeiros para a Transladação.


   AS FESTAS RELATIVAS AO CIRIO, COMEÇAM NA SEMANA ANTERIOR A ELE... principalmente na  CIDADE VELHA, de onde saiu a primeira procissão de velas em fins de 1700.




A quantidade de orgãos publicos importantes  leva muitos romeiros as peregrinações que a Santa faz pelo bairro....e pelo Veropeso. 

Depois, temos na noite da sexta feira, o Auto do Cirio que, com milhares de pessoas  saindo da Pça do Carmo, subiu aDr. Assis, parou na igreja da Sé para a exortação da Virgem; seguiu para o IHGPa para a coroação das Marias, parou no MEP para a oração da Paz e fez sua apoteose entre os dois palacios antigos da Praça D. Pedro II.

No dia seguinte, tivemos a Romaria Fluvial, a qual, ao terminar, dá inicio o Arrastão do Pavulagem até a Praça do Carmo.



E começa a moto-romaria.


Mais para la da Boulevard Castilhos França,  milhares de 'foliões/romeiros' acompanham o Pavulagem do Ver o peso até a Cidade Velha, e passam parte da tarde do sábado a dançar na Praça do Carmo...



E é a hora da chegada da Transladação na Praça da Sé e os preparativos finais para o Cirio.

As 07h da manhã o cortejo ja se encontrava na Doca do Veropeso com seu  milhão de romeiros... descalços.


e, depois de passar sob o tunel das mangueiras e pela avenida Nazaré, ela chega na Praça Santuario....


E todos vão para casa comer nossos pratos tradicionais,  de origem indigena: pato  no tucupi e maniçoba, com doce/torta de cupuaçu/bacuri como sobremesa.

Tudo deu certo.
  Merecem um especial agradecimento aqueles que cuidaram da nossa segurança. Eram mais de 8.000 pessoas, entre militares e civis, ocupados nesse trabalho.

Agradecemos também OS FOTOGRAFOS QUE NOS PERMITIRAM FAZER EStA COLETÂNEA; 

 CONSEGUIMOS INDIVIDUAR OSMARINO E FERNANDO. PARABÉNS PELO TRABALHO.


segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O suicídio do fotógrafo Felipe Augusto Fidanza


Não tem nenhum motivo especial para fazer está homenagem ao fotografo Fidanza, somente a descoberta de um site de onde reproponho este artigo:

O suicídio do fotógrafo Felipe Augusto Fidanza (c. 1847 – 1903)

http://brasilianafotografica.bn.br/?p=4274#comment-53608


Aconselho a leitura do artigo acima. Nos conta algo da vida do fotografo Fidanza que teve seu studio, na Pça das Merces, no inicio da atual rua Sto. Antonio.
 "Até hoje pouco se sabe de sua vida antes de sua chegada ao Brasil, em fins da década de 1860. Em 1º de janeiro de 1867, o Diario do Gram-Pará publicou o anúncio : “PHOTOGRAPHIA, ao largo das Mercez , nº. 5, Fidanza & Com”, o que prova que nessa época ele já estava estabelecido no Pará. 

Não se sabe o motivo do seu suicidio, jogando-se do navio que o trazia com a familia para Belém, em 1903. Sabe-se porém que,  "Cinco meses após sua morte, seu estúdio foi leiloado por sua viúva. Teve diversos proprietários, dentre eles os sócios Georges Huebner (1862 – 1935) e Libânio do Amaral (?-1920).  Segundo o jornalista Cláudio de La Rocque Leal, o estabelecimento fotográfico sob o nome “Fidanza” fez parte da história até 1969. "


1875 porto de Belém

Depois de ver suas fotos, me se confirmou a ideia de que a fotografia apareceu, também, para colmar um vazio que existiu até meados de 1800, relativamente aos não nobres; aqueles que não galgavam as altas esferas; aqueles que faziam trabalhos não considerados dignos de relevo, mesmo se eram a base da sobrevivência . .. dos outros.

Ver as fotos que Fidanza fez de tanta gente simples, me fez vir em mente uma palestra que assisti em Bolonha de um luminar da arte, que não lembro o nome porém, somente que era bolonhês, e morava na Estrada Maggiore, num prédio de 1300...

Ele falou da mudança de ‘personagens’ e ‘ambientes’ nas pinturas do século XIX. Mostrou uma das primeiras pinturas italiana que mostrava a vida fora dos muros de Bolonha, na rua, não em um jardim bem tratado ou numa floresta privada... Ninguem importante aparecia no quadro. Tudo acontecia num terreno baldio, do lado de fora da cidade, onde os ‘personagens’ trabalhavam ao ar livre e algumas crianças brincavam...

Essa imagem me veio em mente, pois ele disse também que os pintores eram contratados e viviam a vida inteira em casa de ricos e/ou nobres, para pintar a família em diversos momentos de suas vidas e idades. Não é que existiam lojas de quadros, mas ateliers, sim. Lembrei logo do Landi que tinha uma vontade enorme de encontrar um trabalho assim, e não conseguiu nem aqui... daí transferiu seus interesses para o que dava dinheiro.

Vi paisagens sem muitos atrativos para aquela época, mas que para nós, hoje, contam  por   exemplo, como era o Murutucu, que foi de Antonio Giuseppe Landi.

187? Engenho de açucar do Murutucu


187? Olaria do Una

Lembrei também da quantidade de quadros que vi nos vários museus que visitei pelo mundo afora, pouquíssimos dos quais não eram poses de ricos e nobres, a cavalo, ou a pé; sentados ou em pé.  Até então os pintores ousavam, ao máximo, retratar bebuns em mesas de bar, ou pouco mais, quadros esses, porém, bem pouco representativos para a sociedade da época  para serem vendidos facilmente. Hoje tem valor pois podemos ver os costumes e, inclusive comportamentos e a roupas de uns e de outros.

Fidanza fotografou tipos sociais diversos.”  De fato vi as fotos de mulatas, índios, negros, cafuzos, enfim, fotos de ilustres desconhecidos, de quem fazia os trabalhos pesados. Serviam para cartões postais, pois: “Para tornar essas fotografias, que vendia, exóticas, utilizava adereços e construía cenários”.














“Destacou-se por sua produção de retratos e também pelo registro das paisagens e documentações do início do desenvolvimento urbano de Belém e de Manaus, ocasionado pela riqueza do ciclo da borracha. “



  




















Vale a pena ler esse artigo.  
http://brasilianafotografica.bn.br/?p=4274#comment-53660

 A nossa pintora Feio, também deixou alguns quadros de gente do povo, de trabalhadores de sua época... e são lindos como as fotos do Fidanza. ESTÃO NO ARQUIVO DO MABE.





quinta-feira, 11 de outubro de 2018

"RECICLANDO NOSSAS ATITUDES"


Esse é  o titulo da carta que a SESAN, distribuiu na Cidade Velha, onde comunicam "a todos os moradores e comerciantes do BAIRRO, que devem adequar-se conforme a LEI Municipal No 9.605 (lei Ambiental) e Lei No 7.055/77 (Código de Postura do Municipio de Belém) Lei 12.305/10 (Politica Nacional de Residuos Sólido).... É de responsabilidade individual de cada um o despejo adequado dos resíduos gerados."

 A nota fala da coleta de lixo e seus horários. Muito justo, pois, de fato, notamos que muitos moradores/comerciantes, colocam o lixo na rua a qualquer hora.  AJUDE A DEIXAR NOSSA CIDADE LIMPA E MAIS BONITA,é o que pede a Coordenação de Educação Ambiental.

A nota em questão nos deixou pasmos, porém, porque cita, além de outras duas leis sobre argumentos particulares, o Código de Postura, uma lei que é totalmente desatendida pelos orgãos da Prefeitura e que cuida do respeito ao direito individual e coletivo. Ou seja, trata "As Posturas Municipais, dentro do conjunto da Legislação Urbanística, talvez seja a Lei que de maneira mais ínfima, defina o limiar da relação público X privado, reportando-se sobremaneira aos cidadãos e ou suas criações, e suas relações no meio urbano, resgatando assim, a finalidade de um dos princípios da vida em sociedade..."


DE fato, o  Código de Postura, que tem mais de 40 anos, tem outros artigos, além do artigo que fala do lixo, os quais nos interessam bastante e que ha anos  pedimos a aplicação por parte da Prefeitura. É o caso daquele que fala  de calçadas. O art. 30 do CP, diz que " - é defeso também transformar as calçadas em terrace de bar, colocação de cadeiras e mesas." Em vez eles autorizam o uso delas contrariando a lei.

O Código de Postura está presente também, ha 40 anos, na questão da luta contra a poluição sonora, não provocando algum  resultado:
Art. 63: Para impedir ou reduzir a poluição proveniente de sons e ruídos excessivos...
V - disciplinar o transporte coletivo de modo a reduzir ou eliminar o tráfego em áreas próximas a hospital, casa de saúde ou maternidade;
VII - impedir a localização, em zona de silêncio ou setor residencial, de casas de divertimentos públicos que, pela natureza de suas atividades, produzam sons excessivos ou ruídos incômodos;

Sempre no Código de Postura, temos outro artigo praticamente ignorado por todos ha 40 anos:
Art 79 -Será considerado atentatório à tranqüilidade pública qualquer ato, individual ou de grupo, que perturbe o sossego da população.

E tem também o problema das carretas em centro habitado que outras leis se preocupam em regularizar. De fato,  a entrada de carretas, reboques, semi-reboques e múltiplos superior a 14m.  é regulamentada por uma lei que proibe a passagem na área urbana de Belém:
- art. 1 da lei n. 7.792 de 14/06/1996;
Quanto a proibição do transporte de cargas com peso superior a 4 ton, temos 
- art. 1 do Decreto n. 66.368/2011

Esses são alguns dos problemas que assilam, não somente a Cidade Velha, mas toda a cidade de Belém, e eles vem nos propor de reciclar as nossas atitudes? E quando reciclaram as suas???

Gostariamos que eles,  das várias secretarias muncipais, para dar o bem exemplo, aproveitassem e aprendessem também a reciclar suas atitudes e começar a respeitar as leis por inteiro, e assim resgatar, a finalidade de um dos princípios da vida em sociedade: o respeito ao direito individual e coletivo, tanto necessário em Belém.