quinta-feira, 22 de setembro de 2016

PELA SALVAGUARDA DA CIDADE VELHA


Tem inicio dia 23 de setembro de 2016 a nossa campanha pela SALVAGUARDA DA CIDADE VELHA.

Sentimos a necessidade de fazer isso, mais uma vez, a causa do aumento da sensação de abandono do bairro. Sensação essa que chegou a um ponto de desespero: não era mais uma sensação, mas uma certeza que nos deixava cada vez mais abatidos e constrangidos pelo que viamos acontecer... e nada ouviamos falar pelos candidatos a Prefeito.

O inicio do mes de setembro foi a gota que encheu e fez transbordar a angustia de todos, fossem eles, proprietários, moradores ou comerciantes da CIDADE VELHA. Os furtos e assaltos aumentavam. Os clientes das lojas eram afugentados continuamente.  Chegamos a absurdo de passar tres noites seguidos com as ruas e calçadas cheias de veiculos, estacionados, inclusive,  sobre o espaço  gramado  da Praça do Carmo. Dezenas e dezenas de carros subiam e desciam as calçadas da praça. As 8 horas da manhã ainda tinham mais de vinte. Do lado oposto, na calçada do Colégio do Carmo, idem, sempre sobre as calçadas. Os moradores de rua  do canto da Joaquim Tavora, se incumbiam do estacionamento...  O vai-e-vem de carros durante a noite,  inclusive  buzinando, foi enorme, não somente na Siqueira Mendes, mas na Dr. Assis e Felix Rocque, também. Cadê alguem para fiscalizar essa realidade? Cadê proposts dos candidatos?




A poluição sonora começava de fronte da igreja da Sé e atravessava a área tombada. Na pça de S. João, local ode se encontra a obra prima de Landi, os carros de 'gente que conta' continuam a obstruir as calçadas. O restaurante a céu aberto concorre para tirar o espaço dos pedestres....e sua frequentação não é de analfabetos. Quem autorizou isso?

E o telefone do 118 e do 190 a tocar musica....e os candidatos ignorando o bairro mais antigo e abandonado de Belém.

Além do mais, uma festa de mulheres tinha deixado a praça do Carmo, imunda por bem uns tres dias. Na segunda feira a visão da praça era penosa. Os comerciantes, irritadissimos,  pediram providências. Tentamos fazer uma reunião com os orgãos públicos responsaveis por tal situação de abandono, e não conseguimos, até que o Iphan se pronunciou e exigiu que algo fosse feito.

Enquanto aguardavamos essa reunião a ser convocada pela SEMOB, nos veio a ideia de evidenciar os problemas que se repetem ha anos na Cidade Velha,  através de faixas a serem colocadas nas ruas. Os dias passavam e a reunião não saia, e a nossa ideia mudou: fariamos banners usando, possivelmente, palavras contidas nas leis, que seriam colocados nas casas de familia e nas lojas. Em tres dias tinhamos conseguido cerca de trinta adesões.

Familias antigas do bairro se reconheceram na campanha de defesa dessa área tombada. Comerciantes que ha anos trabalham por aqui, também, se disponibilizaram. Nasce assim a nossa campanha  de  Educação Patrimonial para Salvaguardar a Cidade Velha.


Aqui vai o nosso agradecimento, portanto,  as familias que, além de participar, em algum modo nos apoiaram: - Amorim -Anastacio Campos; -Angela Serra Sales; -- Bastos; -Bezerra; -Bestene; - Bittar; - De Bacelar Rocque; - Fadul; -Feio Boulhosa; -Gomes; - Casseb;  -Negrão; - Raul Jorge; - Rubão; - Souto; -Tuma.
Entre as firmas, agradecemos: Colégio D. Mário;  Comagri; Comep; Casa Cirio; Iacitatá; Imbrasil; Palafita; Retiro da Sé.

Um agradecimento especial vai ao autor da arte dos banners. De fato é fruto da capacidade e solidariedade do Designer gráfico  Advaldo Lima, sempre disponivel a suprir nossas necessidades. Sem ele não teriamos banners  tão bonitos .


Com a ajuda dessas pessoas nasceu o Projeto de Educação Patrimonial para Salvaguardar a Cidade Velha.

Os banners estão distribuídos em algumas das principais ruas  e  praças da área tombada do bairro, ou seja: Pça da Sé; de S,João; do Carmo. Encontraremos também em ruas e travessas, tais como: Siqueira Mendes; Joaquim Tavora; Tomazia Perdigão; Felix Rocque; Dr. Assis; Dr. Malcher; Pedro de Albuquerque e Gurupá.


 Ja dizia Otto Lara Rezende
 De tanto ver, a gente banaliza o olhar
– vê... não vendo.

Quem sabe assim conseguimos um pouco de atenção  e algo de sério será  feito, além de conscientizar o cidadão e o candidato distraído que passa por aqui, não certo a procura de resolver nossos problemas.
















sábado, 17 de setembro de 2016

CARTA ABERTA AO SEBRAE



ESTAMOS EM ÁREA TOMBADA, NA  FELIZ LUZITANIA, como rebatizaram a antiga área da Praça da Sé.

De repente, um barulho ensurdecedor começa a fazer trepidar os prédios do entorno. Uma musica altissima saia de um palco para nenhum público... Nos informamos e descobrimos que era um evento apoiado pela Secult, como disse a organizadora da SEBRAE pois " aqui nunca tem nada..."




O que significa isso? As áreas tombadas devem ser, segundo as leis, salvaguardadas; preservadas; defendidas; protegidas e não colocadas em risco com ações sem o menor sentido, além de inconsequentes e inúteis. Quais orgãos autoirizam tais "eventos' danosos ao nosso patrimônio? E pensar que a Prefeitura também tombou a Cidade Velha.

A poluição sonora provoca trepidação. Será que os organizadores desse evento sabem disso? quem paga os danos causados por tanto barulho? Que mania é essa de querer movimentar a Cidade Velha fazendo estragos, somente. Porque não se preocupam em consertar as calçadas? A diminuir ou proibir o transito nesta área tombada? A melhorar, ao menos, a cor da água que sai das torneiras? Por que não providenciam estacionamentos, assim evitariam o uso das calçadas de liós?



Caso a preocupação desse orgão fosse a área tombada e sua necessidade de revitalização, podiam pensar em ações bem mais uteis. Que tal este órgão que se diz comprometido com a formação e aperfeiçoamento de empreendedores passasse a formar cidadãos antes de buscadores de cifrões? Por que não fazem campanhas educativas para evitar que a primeira rua de Belém se transforme num mictório a céu aberto?

É evidente que O SEBRAE não demonstra interesse em dar assistência adequada as populações de rua para acabar com estas situações. Nesta área tombada eles urinam, defecam e fazem sexo na grama e nos bancos das praças, e nem a Guarda Municipal, nem a Policia Militar tomam providências. Não existe nenhum curso para ajuda-los a viver mais dignamente?

Pois é, poderia até ter sido uma bela ação, mas não foi. Foi um evento esvaziado e com som altíssimo que demonstrou a não adesão dos moradores e o desrespeito deste órgão com o patrimônio. Poderia ser tido uma bela ação em parceria com a Civviva, com moradores, com fazedores de comida do bairro, com articulações com a Semob para que juntos fizéssemos uma campanha para a não circulação de veículos pesados e das vans clandestinas; articulação com a Sesan e Institutos de Coleta Seletiva para que juntos chamassemos atenção a falta de limpeza pública no local porém, foi apenas mais um evento que chegou e se foi deixando somente o lixo, entregue a sorte da coleta e à reza pela vassoura dos garis, e sem nem estar selecionado adequadamente.


Reputamos que foi um péssimo exemplo, que esperamos não se repita e caso isso aconteça, queremos ver se aprenderam a respeitar de modo real a nossa cultura, a nossa história e o meio ambiente. Lembramos que a cidadania é valor agregado e uma excelente ferramenta de marketing quando colocada em prática de modo responsável.

Em que se transformou o Sebrae? Será que virou mais um braço de uma política autoritária que se reproduz com veemência no Pará? Caso precise de ajuda para ações coerentes e dignas, Sebrae, pode nos chamar pois isso nós sabemos fazer muito melhor!

  • Cultura e cidadania não se faz com slides.
  • Temos provas e temos convicção!
  • Aguardamos a diretoria do SEBRAE para uma conversa! quem sabe comecem a conhecer, verdadeiramente a Cidade  Velha.... e a Civviva.