domingo, 26 de junho de 2022

HABEMUS PALACETE FACIOLA

 


A partir de postagem  no "facebook" da arquiteta e urbanista Rose Norat, (https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2022/06/palacete-faciola-retro-historia.html), sobre a entrega em 25.06.2022 da obra de restauro do Palacete Faciola, agora um novo centro cultural do governo do Pará, quero parabenizar todos os profissionais envolvidos pelo louvável empenho no trabalho que culminou nesse brilhante resultado!                                                                                  

Imagino que, após o serviço inicial de mapeamento e levantamento de danos mencionado na postagem de Rose Norat, o Palacete Faciola tenha ficado sob cuidados de vigilância de responsabilidade da SECULT, que tenham impedido a perda de seus elementos já registrados no inventário realizado; e que no momento da finalização da obra tenha sido procedido o devido cotejamento dos dois momentos (antes e depois do restauro).                                                                                                       

 Tomara que esse mesmo empenho doravante seja aplicado na salvaguarda de muitos outros elementos de interesse para preservação do patrimônio cultural, histórico e artístico de todo o Pará, considerando que são muitos em todo o território paraense, e que o decorrer do tempo, sem os necessários e tempestivos cuidados de restauro podem levar à perda definitiva desse patrimônio.    

Em algumas ocasiões tenho visto manifestações de profissionais do poder público mencionarem a existência de muitas carências orçamentárias e logísticas que dificultam as ações necessárias.                                                         

Talvez a implementação de programas sérios, massivos e permanentes de educação patrimonial, em esforços conjuntos da União (IPHAN), estado (DPHAC), e municípios (FUMBEL em Belém, e as respectivas entidades de outros municípios), pudesse minimizar os problemas, e potencializar soluções viáveis. Segundo a legislação vigente a responsabilidade deve ser compartilhada entre os três entes federativos.                                                       

 Se consideramos o padrão de comportamento atual da maioria da população, aparentemente, as ações de educação patrimonial realizadas até agora (esporádicas e descontinuas), não tem apresentado um resultado expressivo na conscientização da sociedade paraense quanto ao desenvolvimento de uma postura colaborativa e de um sentido de pertencimento em relação ao patrimônio público.                                                                                                                                                       

 Acredito que seria oportuno também, que o governo estadual implementasse uma norma a ser cumprida por todas as entidades públicas estaduais de um inventário muito detalhado em todos as edificações (em imóveis próprios ou alugados) por elas ocupados, com a orientação do  DPHAC (para a identificação, catalogação e conservação) de possíveis elementos de interesse para preservação, para tentar evitar desvios e/ou perdas de acervos relevantes, incluindo pisos, forros, revestimentos, luminárias e lustres, escadas e rampas, guardas-corpos, mobiliário e utensílios, peças decorativas e objetos de arte, instalações hidráulicas, elétricas, de gás, jardins e paisagismo, entre outros.                                                              

 Esse trabalho deveria ser procedido também, com a maior brevidade possível em bens desapropriados pelo estado, e em edificações a serem submetidas a obras.                                                                                                                   

Ademais, a SEDOP, com participação também do DPHAC, poderia elaborar um documento em forma de manual de serviços de manutenções preventivas  e corretivas regulares (com previsão das periodicidades), visando evitar a degradação física dos bens de uso do estado.                                                                                           

Uma das alternativas para a obtenção de recursos financeiros necessários para todas essas e outras ações, seria a elaboração de projetos em geral muito consistentes visando a captação dos recursos junto a programas, fundações e outras entidades de fomento cultural nacionais e internacionais.


Pedro Paulo dos Santos: arquiteto e urbanista

Foto de Nathan Levy


quinta-feira, 16 de junho de 2022

CORPUS CRISTI NA PRAÇA DO CARMO

 HOJE  ASSISTIMOS A PROCISSÃO VINDO DA IGREJA DA SÉ.

A SIQUEIRA MENDES ESTAVA PREPARADA PARA RECEBER OS FIEIS QUE ACOMPANHAVAM O CORPUS CRISTI
















O entorno da igreja, porém, deixava muito a desejar.  As calçadas da Siqueira Mendes, os canteiros da praça, a escadaria, se encontravam nessa situação penosa... nem o lixão do canto do Forum Landi foi retirado....


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Os balizadores? totalmente desaparecidos.... e no meio desse abandono  vimos chegar a procissão...

























Hoje a tarde, para DEMONSTRAR COMO SE DEFENDE O PATRIMÔNIO,  a farra vai acabar com os canteiros.



quarta-feira, 15 de junho de 2022

LUTO

 

ONTEM, 14 DE JUNHO DE 2022, MAIS UMA SÓCIA DA CIVVIVA 

FOI CHAMADA PARA A MORADA DOS JUSTOS.

NOSSA AMIGA DRA. LINDA MARIA PEREIRA IMBIRIBA, NOS DEIXOU.

Realizou sua  Páscoa as 5h45 de ontem.

Nossos sentidos pêsames aos familiares.


sexta-feira, 10 de junho de 2022

2008 O PALACETE FACIOLA

 

O MEU AMIGO FOTOGRAFO CELSO ABREU, EM 2008, CONSEGUIU UMA PROEZA, ENTRAR NO PALACETE FACIOLA E FOTOGRAFAR EM QUE SITUAÇÃO SE ENCONTRAVA...

: https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2013/03/palacete-faciola.html

Do lado de fora o viamos assim... em 2015.

Daqui a poucos dias vão reabri-lo, totalmente recuperado, aliás restaurado.











 Vamos começar relembrando como era sua sala de jantar...


 Quem sabe como encontraremos as portas, janelas, azulejos, teto, pinturas, banheiro...  Em 2008 estavam assim:
























segunda-feira, 6 de junho de 2022

CEPC EM LUTA

 

A primeira instituição de educação pública do Pará, o Liceu Paraense, foi criada em 1841 pelo Visconde Bernardo de Sousa Franco que presidia a então Província do Pará.  Nos anos trinta do século passado passou a chamar-se Ginásio Paraense e, sucessivamente, uma lei transforma os ginásios em colégios e passa a chamar-se Colégio Estadual Paes de Carvalho.


Por ele passaram Gaspar Viana, Lauro Sodré, Justo Chermont, José da Gama Malcher, Dalcídio Jurandir, Betina Ferro, Stélio Maroja, Aloisio Chaves, Dionisio Bentes, Lúcio Flavio Pinto, entre outros famosos.

No próximo dia 28 de julho serão 181 anos de existência e é de 2019 sua ultima reforma.  Os alunos atuais, porém, não estão satisfeitos e foram a luta por melhorias na estrutura do colégio, visto que aumentavam as  goleiras,  infiltrações e com a maioria de  aparelhos de ar condicionados,  com defeito, etc. etc. etc.

Apresentaram a gestora da USE, professora Leila Braga as seguintes demandas :

01. Imediata manutenção das instalações elétricas do prédio do CEPC;

02. Impermeabilização, COM MANTA ASFÁLTICA, de todas as calhas e platibandas da cobertura;

03. Substituição da cobertura de zinco simples, da área da cantina, por outra, tipo sanduíche, termo-isolante, a fim de acabar com o calor infernal, naquele local;

04. Revisão do sistema de drenagem de aguas pluviais, na quadra e na área próxima à sala dos professores;

05. Substituição do mastro de madeira, localizado no frontão do edifício, que foi apenas pintado, por ocasião da amarfanhada reforma, mas que está apodrecido, representando um risco aos transeuntes;

06. Impermeabilização da fachada, de maneira adequada, a fim de vencer as infiltrações que estão comprometendo o Salão Nobre, bem como suas obras de arte, mobiliário e fotografias antigas;

07. Recuperação do arquivo histórico do CEPC, que se encontra abandonado, numa sala qualquer, acondicionado em sacolas para lixo, por falta de local adequado para seu armazenamento;

08. Abertura de sindicância, a fim de localizar o paradeiro de parte do mobiliário do Salão Nobre, que desapareceu, durante a reforma;

09. Reestruturação da banda do CEPC, mediante projeto músico-pedagógico profissionalizante, a fim de permitir atividades cívicas e culturais, por meio de suas atividades ininterruptas;

10. Restauração de fotografias e obras de arte, de posse do CEPC,  a fim de evitar que a falta de manutenção, as destrua, irreversivelmente.

Os dias passaram e a Seduc, contudo,  não resolveu os problemas,  então decidiram cobrar a reforma do Colégio com um ato público que inicia em frente ao Colégio Estadual Paes De Carvalho, a partir de onde irão, em caminhada, até o Ministério  Público do Pará, a fim de cobrar a reforma em questão.

 O ato ocorrerá  na próxima  quarta-feira, 07/06, às  10h e contará  com a presença de alunos, ex-alunos, pais, responsáveis, técnicos e professores.

 OS EX-ALUNOS ESTÃO CONVIDADOS A PARTICIPAREM TAMBÉM.


quarta-feira, 1 de junho de 2022

COLÓQUIO CIDADÃO


O PRIMEIRO  “EXERCÍCIO DE CIDADANIA” QUE FIZEMOS, FOI  DURANTE A CAMPANHA ELEITORAL DE 2012, em parceria com o Ministério Publico Federal. 

Naquela ocasião, chamamos os pré-candidatos a Prefeito para uma conversa  sobre:

1 - Como proteger, defender e preservar o Patrimônio Cultural de Belém?

2 - Qual a sua proposta de políticas públicas para o centro histórico de Belém?

Aqui um resumo de tal ato: https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2012/06/o-nosso-exercicio-de-cidadania.html

A distancia de dez anos faremos outro, um pouco diferente, porém, mas sempre sobre nosso Patrimônio Histórico.

No próximo dia 14 de junho de 2022 a nossa nova  experiência será feita em parceria com o Ministério Público Estadual e voltada aos gestores públicos locais. Trataremos da Importância da Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural da Cidade Velha.

Este COLÓQUIO CIDADÃO, terá como ponto de partida a “fala” de quem vive, segue ou estuda os problemas dessa área tombada, in loco.

 Os palestrantes, todos, tem a ver com a Cidade Velha, porque são proprietários ou herdeiros, moradores ou especialistas em  poluição sonora, calçadas, transito... Na verdade, todos os palestrantes conhecem os argumentos escolhidos, porque os vivem na pele.

A intenção, seja do Ministério Público ou da Civviva é ter uma troca de ideias com a administração pública: um exercício de cidadania. Há anos temos alguns problemas, cujas resoluções estão previstas em lei, porém persistem prejudicando o patrimônio  público. Há outros, que podemos evitar... Enfim, é uma tentativa de salvaguardar, proteger e defender nossa memória histórica, tentando descobrir, aproveitar e usar os artigos das leis em vigor. 

É um modo, inclusive,  de promover o desenvolvimento fundado na valorização e no estimulo a participação da comunidade através de suas organizações representativas ... (Lei Orgânica do Municipio  art. 108. II).

Para os estudantes, inclusive,  é previsto um certificado de participação do evento.