terça-feira, 28 de abril de 2009

CONVITE COM REFLEXÕES

No dia 4 de maio de 2009 nos reuniremos no Colégio D. Mário (na Dr. Malcher) as 18 horas para examinar os resultados do trabalho que a CiVViva está fazendo, neste caso com a ajuda da Policia Militar, para evitar que a insegurança aumente no nosso bairro e assim melhorar a situação da Cidade Velha.

É hora de examinarmos o que tem acontecido em nossa sociedade desde há algumas décadas. Notaremos que sofremos uma lenta mudança no nosso modo de viver. O pior é
que nós acostumamos a viver em condições de insegurança, esperando que caísse do céu alguma providência. Colocamos grades em portas e janelas e sentamos a espera que algo, ou alguém, mudasse essa realidade. Nos fechamos atrás dessas grades e assim deixamos as ruas para os delinqüentes... e ficamos esperando.

Esse comportamento nada mais é que omissão, que acaba se transformando em conivência. Sem querer, desse modo ajudamos os delinqüentes, desde quando:
- depois de votar, não vamos cobrar dos nossos eleitos, providencias para o que acontece de injusto ao nosso redor;
- não denunciamos, fazendo o “boletim de ocorrência”, quando somos assaltados ou roubados, por menor que seja o valor do objeto perdido. Sem esse B.O., não aparecerá nas estatísticas e em nenhum lugar, que a violência está aumentando no bairro, consequentemente, providencias não podem ser tomadas.

Sabemos que “delinqüir”, quer dizer: cometer falta, crime ou delito. Para a lei, pequena ou grande que seja essa falta, quem a comete se torna um ”delinquente”. Palavra pesada, forte, ofensiva, mas que nos designa cada vez que, nós também, não respeitamos as leis. Seja quando, andando de bicicleta ou de carro, ignoramos o Código do Transito; seja quando compramos produtos falsificados; seja quando usufruímos de “gatos”; seja quando abrimos uma atividade sem o “alvará”; etc., etc.

Todos esses “pequenos” deslizes que nos acostumamos a fazer, ou a sofrer, não foram corrigidos pelas autoridades. Pouco a pouco isso cresceu a tal ponto que se tornou normal. Por exemplo, faz parte do nosso dia-a-dia, nos últimos anos, ouvir buzinarem nas portas dos colégios – em fila dupla ou tripla-, na hora da saída dos alunos, sem que nenhum fiscal da Ctbel tome providências; ouvir musica altíssima e não ver quem cuida da poluição sonora aparecer para tomar providencias; andar pelo meio da rua porque as calçadas estão ocupadas; e assim por diante. E isso não é justo.

Aos nossos “pequenos deslizes” devemos acrescentar aqueles ENORMES feitos por outras pessoas e que também não foram reprimidos. Porém, seja quem provoca essas situações, seja quem não toma providencias, estão, ambos, desrespeitando as leis em vigor e desse desleixo, nós também somos culpados. Sim, porque também não cobramos a quem de direito, seus deveres, suas obrigações.
Quando uma mudança acontece de um modo suficientemente lento, escapa à consciência e não desperta, na maior parte dos casos, reação alguma, oposição alguma, ou, alguma revolta. Mas quando abrimos os olhos e reconhecemos que a realidade mudou, e mudou para pior, algo precisamos fazer, ou ajudar a fazer.

As previsões para nosso futuro, em vez de despertar reações e medidas preventivas, não fizeram outra coisa a não ser a de preparar psicologicamente as pessoas a aceitarem algumas condições de vida decadentes, aliás, dramáticas. E isso aconteceu conosco. A maior parte de nós, quando é vitima de uma qualquer forma de violência, suporta, reclamando somente na porta de casa ou nas mesas de bar. Normalmente, não faz absolutamente nada para mudar essa realidade e, por um motivo ou por outro, também não dá nenhum apoio a quem tenta fazer algo.

Muitos de nós achamos que segurança é termos viaturas da polícia passando de cima para baixo em nosso bairro. Não dá, porém, para ter um policial em cada esquina, mas podemos ter patrulhamento ostensivo com qualidade. Então devemos encarar a questão: o efetivo policial de Belém deve pelo menos triplicar, mas, o salário deles também. Agora, quanto custa isso? É preciso apresentar a conta para a sociedade, para que possamos discutir: o que vamos ter que abrir mão pra tal? Algumas obras? Escola? Hospital? Saneamento? Porque o cobertor é curto e não adianta ficar cobrando do governo, sem sabermos do que estamos falando. A compra das bicicletas, com a ajuda de poucos moradores e de somente quatro comerciantes, nos serviu de exemplo. Todos pediam segurança, mas ajudar....!!! bem poucos se dispuseram.

O que quero dizer com isso? Que temos que aprender a ser cidadãos. De nada serve somente pretender resultados pois, nós também temos obrigações. Elas não são somente do Estado, do Município ou de uma Associação. Todos fazemos parte da Sociedade, no bem e no mal, então por que somente os outros tem obrigações? Não podemos somente pretender dos outros, quando, em muitos casos, não somos capazes ou não temos vontade de fazer nada. É necessário parar de transferir responsabilidades que são nossas também e, em vez, arregaçar as mangas e lutar, juntos, para melhorar a nossa realidade, a realidade de todos.

Qualquer política de combate à criminalidade deve levar em conta: educação, oportunidade e repressão. E a educação não é somente para os “outros”, mas para nós também. Temos, nós também, que aprender a respeitar as leis e fazer de tudo para que sejam respeitadas. É hora de deixarmos de ser sujeito (súdito) para ser cidadão (participativo). É hora de participar, agir, ajudar e aprender também. É do nosso interesse que estamos falando, e das nossas vidas que estamos cuidando.

COMPAREÇAM: O NOSSO FUTURO PODERÁ SER DIFERENTE E MUITO MELHOR
SE TODOS AJUDARMOS A CONSTRUÍ-LO

terça-feira, 21 de abril de 2009

Você sabia?

Esta escrito no site da Secretaria Municipal de Meio Ambiente

"Licença para eventos nas praça
s

Eventos, como comícios, bingos, venda de produtos em geral e programações culturais com a utilização ou nâo de fonte sonora, precisam de autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) para serem realizados nas praças de nossa cidade. "

Creio que além disso, o uso para qualquer que seja a atividade, também passe pela SEMMA, DPA, Secon. É só conferir.

NOVAS PROPOSTAS DE OUVIDORIA


PERSONAGENS EM JORNAIS DO RIO SUBSTITUEM OUVIDORIAS!
(isto bem q poderiam fazer em Belém)

1. A Prefeitura do Rio estruturou um amplíssimo sistema de ouvidoria, com capilaridade setorial e local. O próprio prefeito participava desse sistema com seus e-mails pessoais abertos. Alguns chamaram esse sistema de virtual, quando na verdade era um sofisticado sistema de democracia direta eletrônica, que tinha caráter fundacional no Brasil. Esse sistema deixou de existir. Dois jornais cariocas, de forma extraordinariamente rápida e competente, perceberam esse vácuo, com milhares de demandas não processadas na prefeitura e criaram dois personagens.

2. O primeiro foi o jornal Extra, que criou o personagem João Buracão, que senta nos buracos, é fotografado e destacado na capa e ali se mantém até o buraco ser tapado. O personagem ganhou vida e popularidade e agora quando o buraco é tapado, a matéria diz que quem tapou o buraco foi o João Buracão. Estima-se que numa situação de eficiência na conservação, todos os dias se tenham 3 mil buracos a tapar. Ouvidoria permanente para o personagem.

3. O Dia criou o Repórter Lampião, que é o ouvidor das lâmpadas apagadas do sistema de iluminação pública. Este vai aos locais, é fotografado e destacado pelo jornal apontando a lâmpada ou lâmpadas queimadas. No melhor padrão internacional seriam 1% das lâmpadas requerendo manutenção ou mais de 4 mil lâmpadas. Ouvidoria permanente para o personagem.

4. João Buracão primeiro e agora o Repórter Lampião, desorientaram as autoridades, que sem saber como reagir (prefeitos do Rio e de Caxias), convidaram para audiência o João Buracão, em fotos, digamos, constrangedoras. Vácuo governamental, a imprensa entra

quinta-feira, 16 de abril de 2009

PARA QUEM QUISER VER

Descobrimos que alguem fez um 'filminho" durante o lançamento do nosso livro "Cidade Velha-Cidade Viva.
Quem quiser ver é so clicar o blog abaixo e se inscrever.


http://www.youtube.com/watch?v=VYJoPMVHrto&feature=channel_page

Boa visão.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Outro sucesso

A reunião com representantes da Policia Militar pode ser considerada um sucesso.
Cerca de sessenta moradores da Cidade Velha, compareceram e contaram como vivem nessa insegurança que assola a cidade inteira. Pedimos que o horário das bicicletas se extendesse pela madrugada, também.
Os Comandantes da PM presentes ouviram, tomaram nota e marcaram um novo encontro daqui a um mes (dia 4 de maio). Nessa ocasião diremos se a situação melhorou. Deram alguns esclarecimentos, pediram mais respeito com os policiais e uma maior aproximação dos moradores com a policia. Se colocaram a disposição de todos deixando seus numeros de celular.
Saimos satisfeitos e cheios de esperança.