sábado, 29 de julho de 2023

CARTA ABERTA AOS MINISTROS...


ILMOS. SRS. MINISTROS

Jader Fontenelle Barbalho Filho (Cidades)

Celso Sabino de Oliveira (Turismo)

Márcio França  (Portos e Aeroportos)


Prezados senhores Ministros

Independentemente da proximidade da COP 30, mas aproveitando dela... vimos com a presente levantar um problema, sentido por quem precisa andar de avião, saindo da Amazônia, para qualquer lugar do Brasil. 

Acabamos de ler que: O Ministério dos Portos e Aeroportos anunciou na última semana que o novo programa Voa Brasil vai oferecer passagens aéreas pelo preço fixo de R$ 200 por trecho a partir de agosto.

Isso nos trouxe em mente um problema que aflige quem deve andar de avião. Logico que se trata de uma necessidade de quem tem um mínimo de condições de vida, mas que precisa de viajar, por motivos que podem ser variados, incluindo o da saúde. Nem todos viajam so para se divertir.

Precisando sair de Belém para ir para o nordeste, por exemplo,  encontram-se vôos a noite alta, com conexões, em Fortaleza, de madrugada, para chegar as 6 da manhã em Salvador...  Tentando  encontrar algo mais comodo, acabamos descobrindo que quase todos tem conexões durante a madrugada.

Porque o amazônida, agora, tem que fazer, esses passeios noturnos sem muitas opções de viajar durante o dia e sem tantas conexões? Ao menos um dia por semana essas companhias aéreas não poderiam prever um vôo direto para Natal, Salvador, Recife, Maceio, Aracajú, Salvador, Vitoria....  etc.  Ou escolher quatro dessas capitais para ser sede de vôos diretos partindo de Manaus e de Belém para o nordeste?

Pedimos encarecidamente que façam uma prova e tentem encontrar um vôo em cada companhia aérea que leve o Amazonida para essas capitais, sem alguma conexão. Aproveitem e dêem uma olhada nos preços das passagens e... das maletas a serem pagas.

Anos atrás, quando tinhamos a Varig e a Cruzeiro do Sul, tinham vôos que paravam em quase todas essas capitais do nordeste.  Iamos para Salvador, Natal ou Recife, sem alguma conexão, nem perigo de perder maletas, e em menos tempo, mesmo fazendo algumas paradas pelo caminho da costa brasileira.

A sociedade avançou, os aviões melhoraram; as cadeiras ficaram mais apertadas, para dar mais gente dentro... e  ainda temos que  ficar pagando caro e subindo e descendo escadas, de madrugada, por ai.

Do jeito que está,  fica difícil fazer turismo, e as vezes até inviável, levando netos e avós, para ficarem dormindo em cadeiras dos aeroportos, durante a noite. Fica ruím, também, para quem vai a trabalho e tem que ir do aeroporto para reuniões, sem ter dormido. 

Será possível dar um jeito nesses vôos, ou nessas companhias que viraram as donas do espaço aéreo noturno, lembrando que é o cidadão quem paga, sem ter, porém, tantas opções plausiveis e melhores, de uso desse serviço. É o caso de lembrar, também, que boa parte dos viajantes, são pessoas de maioridade, ou seja, idosos, e merecem mais respeito. 

TOMARA QUE OS VÔOS DE 200 REAIS, NÃO SEJAM TODOS NESSES HORÁRIOS HORRIVEIS.

Agradecemos a atenção e o que puderem fazer a respeito. 

Atenciosamente.

Dulce Rosa de Bacelar Rocque

Cidadã paraense, presidente da CIVVIVA

PS: apoiamos a proposta do Jornalista Francisco Sidou, a respeito do uso de anfíbios entre nossas cidades ribeirinhas que não tem aeroporto... ação essa mais  que necessária hoje em dia.


sexta-feira, 21 de julho de 2023

A UFPA E O MUNDO

Li uma noticia sobre a posição da UFPA, entre as Universidades latinoamericanas. Não estava muito bem colocada, mas tentavam demostrar algumas suas qualidades... Isso chamou a minha atenção e fui olhar quais eram as melhores universidades do nosso mundo.

Várias metodologias foram usadas para fazer as classificações. Encontrei duas relações feitas usando critérios de avaliação diferentes para as Universidades: o QS e o THE, e em ambas, os critérios relativos a reputação, eram vários. Foram examinadas cerca de 1800 universidades de 104 países. 

Os critérios de avaliação universitaria QS são:

Reputação Acadêmica (40% da nota final);

Reputação da instituição no mercado de trabalho (10%);

Proporção professor/aluno (20%);

Citações por corpo docente (20%);

Proporção de docentes estrangeiros (5%);

Proporção de estudantes estrangeiros (5%).

Neste estudo, entre as dez primeiras universidades elencadas,  todas eram do Reino Unido e Norte americanas, mas a 11ª  era de Singapure, a 12ª era a de Pequim e a 14ª também era chinesa. Uma Suíça, a EPFL, interrompe a relação das americanas/inglesas ao 16º lugar...mas, ao 19º, outra de Singapure, ao 21º,  Hong Kong, ao  23º a de  Tokio.  Ao 26º lugar encontramos outra universidade europeia: a PSL francesa.

A relação continua com a lingua inglesa comandando mas começam a aparecer outros países, como a Coreia do Sul (29º ), Australia (30 º e 33 º ), Canadá (31º) e a China com outras (34º, 38º, 40º, 46º e 54º)  até encontrarmos a Sorbonne ao 60º lugar, depois daquelas da Holanda (58º ) e da Alemanha (59º).

A primeira universidade latino americana estava no 67º lugar e era Argentina, de Buenos Aires; nenhuma outra latina apareceu nesse elenco.  A Universidade Estatal de Moscow (Russia) está no 75º. Da Africa nenhuma.

Segundo essa pesquisa QS, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) é considerada a melhor universidade do mundo, seguida pelas de  Cambridge, Stanford, Oxford, Harvard e Caltech, confirmadas pelo estudo THE, também.

Os critérios de avaliação universitária THE, em vez examinavam a:

Reputação da pesquisa produzida pelos professores (15% da nota final);

Proporção de funcionários por aluno (4,5%);

Proporção de cursos de doutorado por programas de bacharelado (2,25%);

Proporção de doutores por equipe acadêmica (6%);

Orçamento da universidade (2,25%);

Reputação de todas as pesquisas produzidas na universidade (18%);

Orçamento para pesquisas (6%) ;

Produtividade da pesquisa (6%);

Número de citações da universidade em pesquisas acadêmicas (30%);

Proporção de estudantes internacionais (2,5%);

Proporção de funcionários internacionais (2,5%);

Colaboração internacional (2,5%);

Receita para pesquisa obtida na indústria em relação ao número de professores empregados (2,5%).

 Nesta analise, os Estados Unidos  e Reino Unido também ocupam os 11 primeiros lugares e mais alguns outros, entremeados pela China (16º, 17º, 31º, 45, 51, 52, 58,67, 74, 79,97, 99), Alemanha (30º, 33º, 43º, 73, 86, 87, 89, 91, 100º), Canadá (18º, 40º, 44º, 46º, 85º),  Holanda (66º, 70º, 75º, 77, 80),  Suiça (12º, 41º, 84, 94), Austrália (53º, 55º, 72º, 91º), Coreia do Sul (56º, 78º, 92º). Da América Latina e África, nenhum representante.

A Universidade europeia considerada a mais antiga do mundo, a de Bolonha, fundada em 1088 (onde também estudei),  está no 161º lugar, de uma outra relação. Figura, porém, entre as Universidades de Elite Mundial segundo indicadores como o ARWU, QS World,  THE e US News.

Existe outro estudo cujas avaliações dependem dos  Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), cujos resultados, é claro, divergem daqueles acima citados. Nesse estudo a UFPA obteve o primeiro lugar no ODS 1, onde são avaliadas ações direcionadas para pessoas em vulnerabilidade, admissão de estudantes de baixa renda e programas de assistência estudantil. Em uma outra relação global encontramos a nossa UFPA  no 1206º lugar... e no 29º entre as brasileiras. Relativamente ao trabalho de pesquisa, a UFPa, está na 1.154ª posição. Entre as latinas, em vez, agora é a 71ª.

Entre as latino americanas as Pontificia Universidad Católica de Chile e a Universidade de São Paulo (USP) ficaram respectivamente em primeiro e segundo lugar do ranking QS de 2022.

A UFPA, é jovem, ainda. Nasceu da 2 de julho de 1957.

 Brasão da UFPA usado em 1959

Quanta estrada temos que percorrer, ainda, para superar ao menos a Argentina, da relação das 100 QS?


Fonte: QS World University Rankings 2023: Top global universities; https://www.universidadedointercambio.com/; portal UFPA.

segunda-feira, 17 de julho de 2023

FORA DA CIDADE VELHA...

 

... tem um lugar que nos ensina a ser...gente, cidadão. Vamos conhece-lo. 

A sugestão é de Maria Isa Tavares Jinkings  no dia 17 de julho de 2019  · 

LEIAM ISTO DO JORNALISTA Artênius Daniel !

"Estou na Finlândia, Helsinki. Férias, a caminho da Rússia. É verão. Eu, vindo do Brasil, o país dos verões, vou à uma das principais piscinas coletivas da cidade, bem no centro, em frente ao porto. Pago a taxa, ganho uma toalha e uma pulseira. Procuro o vestiário masculino. Encontro. Está vazio. Abro a porta e logo na entrada, sem nenhuma divisória ou corredor, estão os bancos e armários onde as pessoas trocam de roupa e guardam suas coisas. Exatamente ao lado, o enorme box de vidro, transparente e os chuveiros coletivos para o banho. Reparo na enorme falta de privacidade em relação aos padrões brasileiros. Cada vez que alguém abre a porta de entrada, todo mundo que está do lado de fora vê exatamente tudo lá dentro. Acho curioso, divertido até. Deixo minha toalha de cima do banco, tiro a roupa inteira e entro no chuveiro. Há apenas um homem ao lado, um finlandês, relaxando debaixo d’água.

Quando já estou no meio do banho, a porta se abre e tomo um susto de gelar a espinha. Um outro homem finlandês entra, mas acompanhado das duas filhas pequenas, de 7 ou 8 anos, com suas pequenas boias de nadar. Me viro de costas imediatamente, contra a parede, completamente constrangido, quase em pânico, sem entender e com medo de estar no lugar errado. Quando, no Brasil, eu estaria nu ao lado de duas meninas pequenas em um banheiro público? O homem do meu lado termina o banho e sai, enrolado na sua toalha. A minha não está comigo, ela ficou lá em cima dos bancos, e as duas meninas estão sentadas provavelmente ao lado dela. Apenas fecho os olhos e espero. Será que existe um outro cômodo para trocar de roupa e eu não vi? Será que este vestiário proíbe banhos sem roupa e eu não li o aviso? Vou tomar uma multa? Vou ser preso?

Completamente travado, fico ali por muito tempo. Muitas pessoas entram e saem, mas continuo do mesmo jeito, contra a parede, até não ouvir voz nenhuma. Um alívio, o vestiário está vazio. Saio correndo do chuveiro, visto a roupa apressado, abro a porta e saio. Dez minutos depois, percebo que esqueci metade das minhas coisas de cima do banco. Volto ao vestiário. O pai e as duas filhas estão lá, tranquilamente embaixo do chuveiro, tomando banho ao lado de vários homens nus. Ninguém liga pra ninguém. Ninguém precisa olhar pra ninguém. Apenas, naturalmente como há de ser, as pessoas cuidam cada uma da sua vida fazendo algo que todo ser humano precisa: tomar um banho. 

Saio rindo de mim mesmo e, pelo resto do dia, passo a refletir sobre como nascer em um país como o Brasil, violento, misógino, com índices enormes de estupro e feminicídio, adoece toda a nossa prática social. Pensando em como o feminismo está definitivamente certo ao dizer que os nossos costumes e comportamentos em relação à diferença de gênero são sim muito mais construções políticas, construções de socialização do que “natureza biológica”. Os dados dizem que Finlândia é considerada um dos melhores lugares do mundo para ser mulher. A taxa de estupros e de abuso sexual é baixíssima e, obviamente, a cultura do estupro também é ínfima.

Além da igualdade salarial entre homens e mulheres, da representação feminina na política, o país escandinavo tem um título mundial muito valoroso: a Finlândia é considerada o melhor país do mundo para ser mãe. A licença maternidade no país é de três anos para a mãe e um ano para o pai. Desde que cheguei, me deparo o tempo todo, em absolutamente todos os lugares, com homens sozinhos cuidando de suas crianças pequenas, provavelmente enquanto as mães trabalham. Homens sozinhos limpando cocô das fraldas nos bancos do shopping, nas praças, no aeroporto. Homens sozinhos empurrando carrinhos de bebê em todos os cruzamentos das avenidas, homens sozinhos lendo livros para as crianças no parque, dando mamadeira, ninando seus bebês, sendo o que deveriam ser: pais.

Por isso, obviamente aquele pai que entrou no chuveiro com suas filhas ao lado de vários homens desconhecidos nus não imagina que outro homem finlandês ali, como ele, terá qualquer sentimento de violência ou de perversão em relação àquelas crianças.

 Provavelmente aqueles homens todos ao meu lado, tomando banho, encontram-se por aí e sorriem um para os outros ao empurrarem seus carrinhos e ao comprarem fraldas juntos no supermercado. Se mulheres podem tranquilamente entrar com seus meninos pequenos em um vestiário feminino (e isso acontece no mundo todo), por que homens não podem entrar em um vestiário masculino com suas meninas?

 Claro que o choque cultural é enorme e tal situação é completamente impraticável e impossível em um país como o Brasil. No entanto, um exemplo como esse, a vivência em uma sociedade igualitária em um país da Escandinávia, região apontada como rascunho do que seria o socialismo se vingasse, ensina muito a nós como brasileiros e mais ainda a nós como brasileiros homens. Na Finlândia uma mulher pode ir a uma festa de minissaia, ficar muito bêbada, voltar a pé para casa às três da madrugada, deitar em um ponto de ônibus e ficar ali até ao dia amanhecer. Nada vai acontecer a ela. Por que? Por que na Finlândia existem menos “doentes estupradores’ do que no Brasil? Não. Porque a “doença” do estupro não é individual, ela é social, coletiva e tem cura quando toda a sociedade melhora.

O contato com o vestiário público de Helsinki é um convite a nós, homens brasileiros que apoiam o feminismo, a criar cada vez mais condições para que as mulheres brasileiras façam essa luta. Chega de assobiar na rua, chega de ficar encarando uma mulher que resolveu sair de casa sem sutiã ou com uma roupa mais curta, chega de achar que uma praia com mulheres de top less ou um bloco de carnaval onde elas tiram a blusa (como nós) é um convite ou permissão a qualquer coisa. Nós homens precisamos colaborar com a criação de espaços de naturalidade e confiança para que mulheres se juntem e se sintam bem por estarem livres no mundo, como nós nos sentimos.

Chega de criarmos os nossos filhos homens educando-os a tratar mulheres como um “item de consumo”, chega de criarmos nossas filhas mulheres tratando-as como um “patrimônio” ou um “tesouro”. São os passos possíveis para a nossa geração em um futuro de menos desigualdade. O machismo faz muito mal para todos nós. Façamos o possível para o Brasil e o mundo, um dia, serem como uma piscina coletiva de Helsinki, onde a única tensão envolvida entre um homem e uma mulher é a disputa do melhor lugar para curtir o sol do verão."


PENSEM NISSO.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

A MEMÓRIA DE UM PAÍS EXTINTO

 

Logo que fundamos a CIVVIVA, tivemos o prazer de conhecer o Prof. Dr. Oswaldo Coimbra, que tinha um sonho...e nos contou.  Aderimos a seu sonho, condiviso também por um italiano, e assim nasceu a Oficina Escola de Escritores.

Ele e o italiano foram os primeiros intelectuais a acreditarem na Associação  e no blog que tinhamos acabado de fundar: Laboratório de Democracia Urbana. De fato, o livro de seus sonhos sairia daquela oficina de escritores e serviria para iniciar a salvar  a  memória histórica da Cidade Velha, entrevistando seus moradores antigos. https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2023/06/o-hacker-e-o-livro-da-civvviva.html

Achamos justo publicar o artigo abaixo porque é a continuação de seus pensamentos, de suas idéias. A MEMÓRIA DE UM PAÍS EXTINTO continuará a ser um monte de documentos miúdos se alguem não se decidir a salvaguarda-los, publicando-os.

Vamos ajudar os...bempensantes a tomarem decisões úteis a posteridade..

A MEMÓRIA DE UM PAÍS EXTINTO

Oswaldo Coimbra

Como se fosse a memória de um país extinto, o Arquivo Público do Pará, em Belém, guarda 4 milhões de documentos sobre o gigantesco Vice-Reino Unido de Portugal, o Maranhão/Grão-Pará, dos quais 3,5 milhões jamais foram consultados.
Este grande estado se manteve independente do Brasil, durante cerca de 200 anos, dentro do império lusitano.
Inclusive, logo depois que o Brasil se separou de Portugal, em 1822.
Se, naquele momento, também tivesse se tornado independente de Portugal, ele disporia, hoje, da metade de todo o território nacional em sua extensão.
Dentro dele estariam contidos Pará, Maranhão, Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia, Roraima, e, por algum tempo, ainda Ceará e Piaui.
Só, em 1823, o Maranhão/Grão-Pará aderiu ao Brasil.
Os documentos do Arquivo reconstituem o longo período de autonomia deste estado, em relação ao Brasil.
A sua primeira fase, iniciada com a fundação de Belém, em 1616.
Nela, sua economia extrativista enriqueceu as ordens religiosas instaladas nas suas aldeias, através do monopólio da mão-de-obra indígena.
E a fase posterior, quando a administração portuguesa recuperou o controle da sua economia.
O estado, depois de 1750, atingiu seu apogeu.
Belém alçou o status de “a mais moderna cidade da América portuguesa”, com uma aristocracia que apreciava música barroca, poesia arcádica e oratória civil.
Até 1894, todos estes documentos permaneceram nas salas do Palácio dos Governadores, hoje, Palácio Lauro Sodré, um dos monumentos arquitetônicos - entre igrejas, quartéis e casarões - construídos pelo genial arquiteto italiano Giuseppe Antônio Landi, em Belém.
Em 1901, foi criada a Biblioteca e Arquivo Público.
O historiador Arthur Vianna, diretor daquele órgão público, deu início ao processo de encadernação deles.
Foram, então, descobertos 800 códices com alvarás, cartas régias, decisões, e, correspondências trocadas entre a corte, em Lisboa e o governador do Maranhão/Grão-Pará.
Estes documentos tinham cópias.
Mas não apenas eles.
Também as cartas enviadas pelos cidadãos comuns aos representantes de Portugal.
Chamadas de “documentos miúdos”, elas são de grande valor porque delas não há nenhuma reprodução em outro arquivo, nem mesmo em Portugal.
E sua leitura permite observar como transcorria a vida nas vilas da Amazônia naquele período.
Em 1904, a documentação foi mais enriquecida com duas imagens de suas costas, produzidas em 1640, por João Albernaz, cosmógrafo do rei de Portugal.
Finalizam um atlas de toda a costa brasileira da época.
Deste atlas, a cópia pertencente ao Arquivo é uma das quatro únicas existentes no mundo, segundo o Serviço de Documentação do Itamaraty.
Porém, a parte mais surpreendente do acervo do Arquivo são mapas, plantas e manuscritos da segunda metade dos anos de 1700 produzidos pelos 7 técnicos alemães e italianos - um deles, Landi - contratados para demarcarem os limites daquelas possessões portuguesas
(Os milhões de documentos jamais consultados)
Nenhuma descrição de foto disponível.

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