quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
VIGILÂNCIA CIVIL SOBRE NOSSO PATRIMÔNIO
domingo, 19 de fevereiro de 2012
UM CARNAVAL PARA COPIAR
Cidade pouco famosa que nos dá algumas sugestões, educativas, para pormos em prática em Belém, também.
Os nossos jornalistas e os donos dos blocos deveriam ajudar a promover esses úteis e civilizados conselhos: serviria para melhorar o nosso carnaval.
10 Mandamentos do Carnaval 'Amora em Flor' - 2012
I - A MÚSICA OFICIAL DO CARNAVAL LUIZENSE É A MARCHINHA:
Nós cantamos as marchinhas carnavalescas locais e ponto. Você acha radical demais? Pois saiba que foi assim que nosso carnaval cresceu, como uma manifestação espontânea e criativa. Por esse motivo não admitimos som mecânico nas casas e nos carros.
II - APRENDA A CANTAR AS MARCHINHAS DE SÃO LUIZ: (aqui o Eloy faz um festival de musica carnavalesca e ninguem as conhece e nem as canta. Podiam promovê-las)
É só abrir os ouvidos e o coração. Depois você vai se lembrar delas com muitas saudades e vai querer voltar para cá o ano que vem!
III - ISOPORES, COOLERS, SPRAYS DE ESPUMA, GARRAFAS E COPOS DE VIDRO ESTÃO PROIBIDOS: (e os de plastico vamos por no lixo)
Vamos evitar transtornos e confusões desnecessárias.
IV - NÃO CONFUNDA BRINCAR COM BRIGAR:
Colabore para que o Carnaval continue sendo uma manisfestação em que prevaleça o espírito festivo. Tenha como parceiros a alegria, o respeito e a paz.
V - COLABORE COM A LIMPEZA PÚBLICA:
Haverá várias lixeiras espalhadas pela cidade. A casa é sua também, trate-a com carinho.
VI - NADA DE CHURRASQUINHOS EM FRENTE DE CASA!
Exagero de nossa parte? Não é. Evite transtornos e apreensões.
VII - UTILIZE OS BANHEIROS PÚBLICOS DISTRIBUÍDOS PELA CIDADE:
O casario histórico e nós, moradores, agradecemos! Chega de xixi nas varandas, entradas e paredes das casas... Você gostaria que fizessem isso na sua casa?
Gostaria que seus familiares presenciassem atos obscenos? RESPEITO É BOM E TODO MUNDO MERECE!
VIII - CUIDE DO DESTINO DE SEU LIXO:
Haverá coleta em horários fixos todos os dias.
IX - CUIDADOS COM SEU CARRO:
Não estacione em lugar proibido. Procure estacionamentos privados. Respeite a sinalização. (Possivelmente venha a pé ou use o onibus pois na Cidade Velha não tem estacionamento, mas calçadas tombadas)
X - USE FANTASIAS E DIVIRTA-SE!
Hidrate-se tomando muita água, aplique filtro solar e previna-se com camisinha, assim seu carnaval será muito mais legal.
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Poderiamos fazer algo assim para nós e fazer publicidade. É muito mais civil que chamar o povo à desobediência..
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
MAIS UM CARNAVAL...
Depois de uma luta para evitar o uso de praças tombadas com "concentração" de blocos carnavalescos, tivemos uma reunião na Secretaria de Segurança do Estado, para discutir o fato. Presentes, além da Civviva, estavam os representantes da Asfavelhas (Kaveira, Eloy e outros), de algumas instituições e de vários orgãos públicos quais: Ministério Público, IPHAN, Fumbel, Secon, DPA, DEMA, Secult, PM, GM, etc. etc., etc.
A Civviva não aceitou a proposta daqueles que defendiam o uso de praças tombadas como "estacionamento" de blocos. O abaixo assinados que tinhamos mandado aos orgãos presentes era claro a respeito. Não tinhamos mandato dos assinantes para aceitar proposta contrária, portanto deixamos ao Secretário de Segurança a responsabilidade de ignorar o pedido dos moradores e amigos da Cidade Velha de não autorizar a concentração de blocos em área tombada.
Foi então redigido um Termo de Ajustamento de Conduta, ignorando o que pediamos, mas estabelecendo as normas que deviam ser respeitadas pelos donos dos blocos ou organizadores do carnaval na Cidade Velha.
Não podemos negar que os resultados se viram. As igrejas e casas de moradores foram isoladas; os banheiros quimicos em numero de 20 a 30 foram colocados nas praças; a Policia Militar e a CTBel estavam presentes; os ambulantes eram somente aqueles do bairro e a Secon tomou conta direitinho disso. In suma, a parte mais importante do TAC foi respeitada nos domingos de carnaval.
A organização prevista no TAC e respeitada nos dias de domingo, não aconteceu quando, no sabado 11/02, se realizou a Bumbarqueira na Praça do Carmo.
- ambulantes de toda Belém tinham se posicionado na praça desde manhã cedo.
- Os banheiros, para começar, foram esquecidos. Somente depois de vivazes reclamaçoes, foram providencidos e, as 18 horas, chegaram. Somente 5 banheiros quimicos foram colocados na Praça do Camo, em vez dos 20 ou 30 previstos no TAC;
- as Igrejas e as casas não foram isoladas;
- a poluição sonora era a niveis escandalosos;
- carros de todo tipo invadiram a praça e, alguns, se posicionaram em tres cantos da Praça tocando musica não carnavalesca, com um som exorbitantemente alto.
No fim das contas: cada um fazia o que queria e, desse modo , os muros das casas voltaram a ser mictório. Os moradores da Praça do Carmo estavam desesperados com tal desorganização.
Uma pergunta que não quer calar: as normas do TAC valiam somente para o Eloy e o Kaveira?
Chegamos ao ultimo domingo. As praças e as ruas se encheram de blocos e familias com vontade de se divertir. A organização voltou a ser aquela prevista pelo TAC. Se via a PM em vários pontos do bairro.
A maioria dos moradores das ruas por onde passaram os blocos ficaram satisfeitos com o resultado de nossas lutas. Foi um passo a frente na organização do carnaval.
Insistimos, porém, na nossa posição de não usar as praças para concentração de blocos. DESSE MODO AS IGREJAS DE LANDI PODERÃO CONTINUAR A FAZER SUAS FUNÇÕES. A passagem dos blocos pelas ruas é que diverte o povo da Cidade Velha e, além do mais, evita a depredação do nosso patrimonio.
Aproveitamos para agradecer os orgãos que possibilitaram uma melhoria no carnaval do nosso bairro.
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domingo, 5 de fevereiro de 2012
Domingo chuvoso...
SABADO SUJO
Domingo, 05/02
A PRAÇA DO CARMO JA ESTÁ SENDO ARRUMADA PARA O CARNAVAL DO ELOY.
As reclamações sobre o que aconteceu ontem, porém, continuam chegando. A quantidade de sujeira que ficou pelas ruas é enorme.
A meia noite a Praça do Carmo ja estava, praticamente limpa. Os arredores, em vez, foram ignorados.
Ao voltar da missa, esta manhã, todos vêem a quantidade de sujeira que ficou pelas ruas e comentam o resultado desse tal "evento": a quantidade de bebados pelas ruas ao redor da Praça do Carmo e os que urinavam e vomitavam nas portas das casas...
Até a TV Globo se preocupou em convidar os brincantes a usar os banheiros, mas se vê que os universitários que comparecem ontem no bairro, não tiveram tempo de aprender este ato de civilidade.
A aglomeração de ontem na Praça do Carmo, mais pareceu um ato provocatorio de incivilidade.
Quem dera que mobilizações assim fossem feitas para defender, ao menos, o nosso patrimonio histórico, em vez...
sábado, 4 de fevereiro de 2012
QUE CARNAVAL É ESSE?
Este sábado o carnaval foi sem musica, ou seja, as 17,30 a zoeira de músicas, não carnavalescas, acabou defronte da igreja do Carmo.
A BEBIDA ESTAVA ARMAZENADA NOS CARROS ESTACIONADOS DEFRONTE DAS CASAS DE FAMILIA QUE MORAM NA PRAÇA.
As pessoas ficavam ao redor dos carros conversando e bebendo...
As 19 horas a chuva fez eles correrem para procurar abrigo, que não tinha.
A gritaria era enorme.
Música, necas!!! Que carnaval é esse, gente?
Na porta da Igeja do Carmo
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
CARTA ABERTA SOBRE NOSSO PATRIMONIO HISTÓRICO
2012 - O ano nem bem tinha iniciado que logo começamos a ouvir falar em “azulejos” desaparecidos, painéis vandalizados. Não qualquer azulejo, mas aqueles que faziam parte de casas históricas de Belém. Uma dessas casas é aquela que hospeda o Bradesco no Largo do Redondo (Av. Nazaré com a rua Quintino Bocaiúva); outra, aquela, abandonada, situada na praça Coaracy Nunes, mais conhecida como praça Ferro de Engomar e de propriedade de um comerciante.
O que aconteceu com os azulejos da casa de Vitor Maria da Silva chamou mais atenção dos cidadãos, do que o desaparecimento dos azulejos da casa ocupada pelo Bradesco. A maior parte das pessoas descobriram, então, que existia uma praça em Belém conhecida como Ferro de Engomar onde existia um “tesouro” escondido.
Os azulejos da casa de Vitor Maria da Silva eram assinados pela firma A. Arnoux e Boulanger & Cie., e esta não foi a única casa em Belém a ter tais painéis. Na Dr. Morais canto com a Av. Nazaré, onde foi construído o edifício do INSS (aquele incendiado) tinham outros paineis, sempre de Boulanger e bem maiores do que estes. Cadê eles?
Depois desta premissa, não podemos deixar de constatar que a situação em que se encontra a preservação do patrimônio histórico arquitetônico do município de Belém é grave, ja ha muito tempo. Essa epidemia de vandalismo que assola nossa cidade foi facilitada aolongo dos anos pela indiferença, seja dos proprietários desses bens, que dos orgãos públicos competentes pela defesa do nosso patrimônio histórico. Imaginamos que o vândalo não dialoga com o patrimônio histórico, pois é uma coisa que não lhe pertence. Esse vandalismo, portanto, pode ter sua base em interesses de colecionadores. Ninguém entraria nessas casas para destruir esses azulejos, por “implicância” ou “antipatia”. Seu valor e sua beleza interessavam a alguém.
Feita essa suposição resta perguntar: o que fazer? Seja para reaver esses azulejos (!!!), seja para defender o que sobrou. Pressuposto fundamental para isso é reconhecer a importância da defesa, da restauração e da preservação de nosso patrimônio histórico e cultural. É evidente que a falta de políticas publicas que incentivem, inclusive, o conhecimento do que ainda temos, é o nó deste problema.
Para defender o que sobrou do nosso patrimônio histórico que está por ai caindo aos pedaços, precisamos conhecê-lo. Saber aonde estão situados; seus endereços; quem são seus proprietários; se estão na lista de tombamento e... porque essas práticas levam tanto tempo para chegarem ao fim.
Existe, por acaso, uma relação daquilo que consideramos “patrimônio histórico”?. Conhecemos aqueles que já foram tombados pelas três esferas de governo, mas e aqueles que estão na lista de espera? E aqueles que não estão e quando caírem ou forem depredados, vamos descobri-los????
Algumas manifestações foram feitas em Belém nestes últimos anos, pela salvaguarda de imóveis considerados históricos. Não sabemos em que deram, então pergunto:
- o que sobrou do Teatro São Cristóvão foi comprado por algum órgão público?
- Que sentido tem o tombamento parcial da Associação dos Chauffeurs pelo DEPH/FUMBEL?
- E o termo de acompanhamento de uso do Central Hotel, onde a FUMBEL e o IPHAN deveriam produzir relatórios frequentes, para evitar que espaços do edifício não tivessem função unicamente de depósito... Será que está acontecendo?
- Existe "tombamento de uso" para impedir adaptações de partes desse imóvel a um novo uso?
De outros bens, nem se fala mais. Participei da apresentação dos trabalhos do Palacete Faciola da Av. Nazaré. Fui até convidada a falar sobre a situação do nosso patrimônio. Aproveitei para dar uma volta com os presentes pela Cidade Velha, começando pelo Instituto Histórico e Geográfico e acabando no Palacete Pinho, então inacabado. Não deixei de falar de prédios abandonados como aqueles da Praça do Arsenal, da Dr, Assis e da Joaquim Távora. Quantos anos se passaram? Será que ainda existe algo de útil dentro do Faciola? A parte o Palacete Pinho, todos os outros imóveis continuam ali, como monumentos ao descaso.
Também participei na reinauguração da Catedral de Belém. Desta vez falei das obras do Landi, bem pouco cuidadas... Como é que, naquela ocasião, ninguém perguntou que fim levou a grade de ferro da Igreja da Sé, substituida por uma sem a menor graça, ou valor artístico, depois do restauro? Eu perguntei e ninguém soube responder.
Precisamos admitir que andamos por ai e, como dizia Otto Lara Rezendo: de tanto ver a gente banaliza o olhar - vê... não vendo.
Então, com isso quero dizer que não basta fazer manifestações raivosas quando acontece algo com nosso patrimônio histórico. Precisa continuar buscando informações, precisa insistir na luta pela preservação, precisa cobrar de quem não faz, precisa aplicar as sançoes, caso contrário estaremos, todos, contribuindo para que vândalos, e não só, depredem a nossa memória histórica.
Dulce Rosa de Bacelar Rocque