terça-feira, 29 de outubro de 2019

Ja se passaram seis anos...

...da nossa luta contra a transformação daquele prédio incendiado que ofusca a visão da Igreja da Sé em um "shopping de charme".                                                                                                                      Em outubro de 2013 ainda estavamos correndo atras de todos os 'direitos' possiveis para demonstrar que aquela 'estrategia de marketing' na entrada da área tombada da Cidade Velha era, no minimo, 'ilicita'.                                                                                                                                             
                           A dificuldade em obter as informações, ou seja, a sonegação de dados de interesse público para uma possivel 'causa', ia claramente contra a Lei da Transparencia. Estamos relembrando o projeto do Paulo Chaves para a firma Bechara Mattar, no prédio da rua Padre Champagnat.                                                                                                                                                                                                                   Para essa luta foi criado um grupo Emergencial em Defesa do Centro Historico, formado por cidadãos e associações contrárias a tal projeto. Se interessaram pelo caso seja o deputado Carlos Bordalo que o então deputado estadual Edmilson Rodrigues. Audiencias Publicas foram feitas seja pelo MPF que pelo MPE.                                                                                                                                                                    Várias eram as irregularidades a serem corrigidas... se fosse possivel. Para mais detalhadas informações aqui a história contada pela 'PERERECA DA VIZINHA' :                           https://m.facebook.com/AnaCeliaPinheiroPererecadaVizinha/photos/a.399343003462544/605448366185339/?type=3&sfnsn=mo                                                                                                                                                                                           Passado todo esse tempo por que não perguntar:                            o que ainda faz aquele prédio, alí?   Será que está em dia com o pagamento do uso da calçada com aqueles paineis publicitáros que impedem o uso dela pelos pedestres?                                                                                                                                                                                        

domingo, 20 de outubro de 2019

Como vai a poluição?


Falamos da poluição na Cidade Velha...área tombada.

Ha tempo escrevemos ao Cabido dos Conegos e  sugerimos maior atenção ao patrimonio que eles devem cuidar, para a igreja catolica. Pensavamos que eles bateriam um papo com os ceremonialistas, organizadores dos casamentos que, na saida dos noivos, 'soltam foguetes em profusão' provocando trepidação não somente nos prédios deles, mas nos outros, do entorno, também.

Nada aconteceu... os fogos continuaram inclusive nas festas paroquiais sob igrejas tombadas, e ontem e hoje tivemos reclamações de varias partes a causa disto...que dura vários e interminaveis minutos.


Pouco meses atras tentamos conversar com a UFPa: alguns meses depois conseguimos e falamos do som altissimo do AUTO DO CIRIO, entre outras coisas. A trepidação provocada pela poluição sonora era bem superior aquela dos carnavalescos, que tiveram até suspenso seu desfile este ano.
Na prova geral, na Dr, Assis, esta era a situação:


Os carnavalescos se incumbiram de gravar esse video para demonstrar que, daquele jeito,  nem era necessario trio elétrico...para falar de poluição.

Fogos, buzinas, trio elétricos, bateria de escola de samba, tambores ou outros modos de fazer 'ruidos' devem respeitar os decibeis estabelecids em 55 durante o dia e 50 durante a noite segundo as normas nacionais... e isso não acontece.

Tais normas falam de "ruidos" produzidos por qualquer meio, seja ele manual, elétrico ou eletronico. Não se limitam a falar so de 'trios elétricos'.  Será que nem os 'tecnicos' notaram esse detalhe para explicar aos "intelectuais"?

Ridiculo é quererem demonstrar que são so os trios elétricos que fazem trepidar os prédos publicos e privados e insistirem em dizer: "mas nós tiramos o trio elétrico".

´Tem um bocado de gente precisando de aulas de 'Direito' e de "Defesa do nosso patrimônio Histórico".

Os orgãos responsaveis pela medição e controle desses decibeis por onde andam que não vêem nem ouvem tudo isso? Como é que não vem verificar o que acontece durante as festas que autorizam?

Tombaram parte da Cidade Velha para que,  se depois não existe algum controle nem fiscalização do respeito das leis?
Será que alguém tem intenção de tomar providências?
Cadê o MPF?

Não aguentamos mais ouvir absurdos e ver nosso patrimonio cair aos pedaços, pela irresponsabilidade ou superficialidade de tantos.

Os nossos blogs estão cheios dessas informações:
http://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/
- http://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/


terça-feira, 15 de outubro de 2019

A IMPORTANCIA DA RUA SIQUEIRA MENDES para os ribeirinhos



O fato da Siquera Mendes ser considerada a primeira rua de Belém, depois da Alameda do Castelo, que liga a Feira do Açai  a Praça da Sé, não  transforma a sua real importancia em relação  aos cidadãos em geral.

Belém é formada por cerca de quarenta ilhas, onde se encontram, entre umas e outras, muitos ribeirinhos. Essa população Ribeirinha no entorno de Belem, porém, está distribuída, na verdade, por mais de  cinquenta ilhas que abrangem outros seis municípios, muitas delas com um precário serviço de transporte fluvial e baixo nível de acesso a serviços púbicos.

Tudo alias é muito precário, a começar pelo saneamento básico. Agua e energia continuam sendo gastos muito altos. O manejo dos recursos naturais, seja ele o açai, o peixe ou o camarão, não gera renda com tanta facilidade como muitos imaginam.


 A essas dificuldades devemos acrescentar os serviços básicos relativos a saúde e também aqueles relativos aos equipamentos de trabalho. Onde consertar o motor do barquinho? E aquele que gera energia? E as motosserras? Onde comprar as maquinas de açaí? E as peças de troca para os equipamentos necessarios aos trabalhos na terra, no terreno? Onde encontrar  as maquinas de depenar frangos, para motores de popa, gerador, compressor, motobomba, motogerador; bussola, comando, GPS, sonar, colete, salva vidas, boias, defensas..



Essa é  a principal função da rua Siqueira Mendes. Nos portos situados nesse entorno se vê o vai-e-vem de ribeirinhos  a procura de peças ou de conserto e também de material de construção. Os fornecedores desses produtos e serviços se encontram na Siqueira Mendes e seu entorno: Pça do Carmo,Dr,Assis, Gurupá.   Falta a parte da saúde, pois agora nem farmacias tem mais  nas cercanias... Mas em que atividades vão pensar os 'novos' programadores da cidade? Aqueles que não conhecem nem essa realidade nem as necessidades dos ribeirinhos... pensam em bares em vez de propor algo que melhore a vida dessa gente.


  Alguem presta atenção aos ribeirinhos que usam rabetas e po-po-pos para ir e vir? Viram a situação dos ‘portos’ onde ancoram  seus meios de transporte? Toda a orla da Cidade Velha é cheia de portos em situação crittica. Ainda temos realidades, como na  Siqueira Mendes, onde as áreas dos portos, além de tudo, são divididas com locais noturnos... E como se entra nas barcas  para ir para o Combú?  Tanta publicidade e a travessia usa que tipo de portos para levar os turistas? Será que todos esses “portos” respeitam as normas? 
 Por esses 'portos' passam também os ribeirinhos... usando meios incríveis, inclusive para atravessar a baia... e tem gente preocupada em fazer barzinho em vez de propor algo que dignifique a sobrevivencia dessas pessoas. Parece até que temos  turismo assim tanto que sobre até para tanto barzinho.
..

Os ribeirinhos, hoje, superam os vinte mil abitantes nas beiras de rios e igarapés do entorno de Belém. Quem conhece seus problemas e age desinteressadamente? Ouvimos em vez, de vez em quando, murmuram a baixa voz, a possibilidade de mudar a função da Siqueira Mendes.Com quem discutem isso? Na verdade os planos/propostas e afins ocupam até gente da Universidade... será qe falam com os ribeirinhos? Quem se mete a propor mudanças nos nossos costumes tem conhecimento dessa realidade? Do movimento de ribeirinhos pelas ruas da Cidade Velha em busca de peças de troca e material de construção, ou farmacias e afins?Como pensar em transformar essa área e esses locais em ‘barzinhos’? Em substituir esses serviços necessários a sobrevivencia dos ribeirinhos, com outras atividades ignorando essa nossa realidade? Por que não aproveitar e oferecer serviços de saúde nessa área, a essa população já tão abandonada?



Caso tal ideia malsã avançasse será que os clientes desses 'bares' chegarão de onibus? Se em vez vierem de carro, onde vão estacionar? Nas calçadas de liós ou em cima da grama da Praça do Carmo? E a poluição sonora vão continuar a ignorar as leis e os decibeis estabelecidos? A cerveja vai continuar a chegar em carretas que superam 4 ton. ou virão via fluvial, ja que os bares ficarão na beira rio??? Não podem chegar como o açai?

Estamos numa área tombada onde ninguem respeita as normas... nem os banheiros quimicos, quando ali estão nos dias de festa. A preocupação princial é 'ganhar dnheiro', não importa como. Evidente que todos esqueçam a razão desse tombamento e não respeitem nem a memoria da cidade...proprio porque não as tem, haja visto as cores que agora usam nas fachadas das casas.


Seria muito mais oportuno iniciar a oferecer a esses 'novos pensadores', um bocado de Educação Patrimonial. Oferecer cursos de Direito onde possam aprender e  conhecer as leis que cuidam  da defesa do PATRIMONIO HISTORICO DA ÁREA TOMBADA; das Posturas da população e da administração; da realidade dos ribeirinhos; da Transparência e para que servem os representantes da sociedade civil organizada.


Programar uma cidade não é coisa para principiantes e nem so de arquitetos,  principalmente se na cabeça tem so o divertimento e não as necessidades da população ou a salvaguarda, defesa e proteção da nossa memória historica. Advogados e Economistas também devem fazer parte dessa atividade de programação, juntamente com os representantes das classes trabalhadoras da área, e todos com a visão bem clara de todo tipo de necessidade dos cidadãos... incluindo o ribeirinho, que também frequenta a Cidade Velha por motivos bem diferentes desses 'programadores'.