sábado, 30 de janeiro de 2010

EM PÉ DE GUERRA

A nossa parte “indígena” se acordou. Como cidadãos que pagam seus impostos e vivem nesta cidade, também queremos ter vez e voz.. Temos consciência e capacidade para discutir o que é bom para o nosso bairro, queremos portanto ser respeitados e ouvidos quando é em causa a Cidade Velha... e não nos tornarmos visíveis, somente por ocasião das eleições.

Como o cacique kaingang Neoli Kafy, da Aldeia Boa Vista, de Laranjeira do Sul (PR), não queremos mais papo com quem não tem palavra; com quem mente; com quem age com má fé; com quem se comporta como malandro e com aqueles funcionários que ignoram as leis em vigor.

Nós estávamos preocupados com o carnaval na Cidade Velha. Em novembro começamos as discussões a respeito. Fizemos reuniões com moradores do bairro, donos de blocos, e alguns orgãos públicos. Promessas foram feitas de ambas as partes. Selamos um acordo entre gentilhomens:
- o percurso dos blocos foi predeterminado.
- a CTbel fecharia as ruas;
- o carnaval encerraria as 20,30;
- as 22 horas a Sesan viria limpar as áreas;
- banheiros químicos seriam colocados nos cantos das rua.
- a segurança tinha que ser garantida em ambos os locais de encontro de carnavalescos (e a Policia Militar manteve a palavra dada).

Vocês vão ver o resultado do acordo olhando as fotos no blog da CiVViva –
http://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/ .

Como as despesas com celular estavam altíssimas, resolvemos acatar as indicações de Lula: nos digitalizamos e passamos a usar o computador para entrar em contacto com as secretarias da Prefeitura. Descobrimos assim que; algumas estavam sem internet; outras não usavam as mails indicadas nos sites dos próprios órgãos; outras tinham mudado os endereços eletrônicos e não tinham dado o novo para ninguém, (nem substituido o que está nos sites); etc. Resultado, nunca recebemos um aceno de resposta, até que mandei uma reclamação, com cópia para os jornais. Imediatamente tomaram conhecimento da nossa existência e disseram nunca ter recebido nossas comunicações... Mas começamos a conversar.

Com a experiência acumulada e conhecendo de antemão a situação penosa em que se encontra a Prefeitura, fácil foi desmontar as novas promessas que faziam. Sem aumento do quadro de servidores da prefeitura e com o aumento dos eventos carnavalescos, nada que prometessem seria concretizado.A medida mais saudável, seria cancelar os eventos carnavalescos novos, pois não tinham, A-B-S-O-L-U-T-A- M-E-N-T-E, condições de serem seguidos de modo idôneo. IMPOSSIVEL, foi a resposta, os eventos programados serão mantidos. OK, então vamos as garantias que podem ser dadas aos vários eventos.

Este domingo vamos ver... Agora que estamos “incluídos digitalmente”, usaremos essa arma para atualizar os amigos, esperando que eles repassem...

Até breve.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Carnaval em ruas estreitas

Cada domingo aumenta mais o numero de foliões que vem brincar nas ruas estreitas da Cidade Velha. Quase todos com boas intenções: aquela de se divertir.
Pena que automoveis e ambulantes atrapalhem a passagem. Voces vão ver a seguir.
As reclamações dos moradores é relativamente a sujeira que fica, juntamente com o mau cheiro (urina) que deixam nos muros e portas das casas.
A Policia Militar faz o possivel o impossivel para manter a ordem, mas todos os carnavalescos acabam sendo apalpados pelos maus intencionados e muitos acabam perdendo seus haveres. Até o Prefeito de Pnta de Pedras ficou sem seu celular...

Pelas ruas estreitas...



ambulantes e carros se misturavam com os foliões...

Sucesso dos banheiros...



mas depois que se embriagaram, voltarm para as paredes das casas e para os troncos das mangueiras,,,

Ambulantes na Praça



Eles estavam em todos os cantos.

Entre ambulantes e carros



Ambulantes e carros nas ruas estreitas da Cidade Velha

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Carnaval na Praça do Carmo

O que vocês vão ver a seguir é o que restou na Praça, depois dos catadores terem recolhido todas as latinhas de cerveja e refrigerante, e depois da chuva de domingo a noite. As fotos foram feitas na segunda-feira de manhã.

A Sesam apareceu somente, quase, ao meio dia da segunda feira para fazer a limpeza da Praça do Carmo. Tinha passado a noite limpando a Doca, que tem mais direitos do que o bairro mais antigo de Belém.

É uma pena que as leis que falam da salvaguarda do Centro Histórico, sejão desconhecidas pelos orgãos públicos responsaveis pelo acompanhamento destas manifestações.

Lembrem-se que choveu durante a noite e boa parte do lixo foi parar nos bueiros.

Agradecemos não somente a Cerpa, mas a todos aqueles que pemitem que isso aconteça.

O carnaval da "nossa" cervejaria



O respeito pelo ambiente demonstrado por uma marca de cerveja produzida aqui.

Além de vir para a Praça do Carmo ganhar dinheiro podia pensar ao ambiente, também.
Podiam trazer lixeiras ou sacos para recolher o que resta de suas vendas.
Deviam convencer a Sesam de vir limpar imediatamente a Praça, como fazem na Doca.

Deveriam ser mais conscientes, ecologicos e ambientalistas, pois estão na casa deles...
Insuma, eles também precisam se educar e respeitar o ambiente... dos outros.

O que vai para os bueiros

Na Siqueira Mendes...

So retiram as latinhas



Quantas terão bebido?

O que fica para os moradores...



... apreciarem na segunda-feira

Por todo canto...



tinha sujeira.

Restos do carnaval



Pobre Praça do Carmo

Outra imagem do que deixaram na praça do Carmo

MAIS UM PROTESTO

Amigos/@s,


Mais um domingo de carnaval se passou, sem alguma coordenação.

Mas quem será que "organiza" e autoriza o carnaval em Belém?

Será que eles sabem a quantidade de força trabalho, ou seja, mão de obra, que a Prefeitura pode disponibilizar para que tudo saia direitinho?

Será que sabem se :

- a Secom vai ter condições de dividir seus fiscais entre a Doca e a Cidade Velha e obter algum resultado satisfatório relativamente a invasão de ambulantes?

- a Sesam, tem gente suficiente para fazer concomitantemente a limpeza em todos os pontos onde autorizaram eventos carnavalescos? Por que limpam a Doca de noite e vem somente ao meio dia da segunda feira limpar a Cidade Velha? Porque ali moram uns mais ricos e aqui, os outros, não são cidadãos? Não votam? Não pagam o IPTU?
- a Ctbel tem gente bastante para impedir a entrada de carros na Cidade Velha, como foi pedido? Então porque domingo as ruas estavam tão cheias que os blocos tinham dificuldade de passar?

Cada domingo aumenta mais o numero de foliões que vem a Cidade Velha, apreciar ou brincar o carnaval. Isso demonstra que o povo quer participar dessa festa. Paralelamente aumenta também a sujeira e o fedor. Os moradores, mesmo gostando de carnaval, se sentem maltratados, senão praticamente ignorados, pela maior parte das secretrias que não cumprem seu dever ou as promessas que fazem.

Tentativas de colaborar com a organização do carnaval foram feitas. Até reuniões com os órgãos públicos responsaveis desse evento foram convocadas, afim de amenizar os problemas, mas pouco ou nenhum resultado foi obtido. Eles ignoram os cidadãos(moradores dos bairros) seja quando autorizam os eventos, seja quando são convocados para responder por seus atos.

Precisaríamos lembrar disso durante as eleições, onde, ao menos nas urnas, o voto do rico vale como o do pobre....

Dulce Rosa Rocque
Presidente CiVViva
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A qualidade da cidade depende da qualidade dos cidadãos....

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Depois do carnaval 2

Apreciem como a cerveja paraense é associada ao carnaval na Cidade Velha

http://www.youtube.com/watch?v=aOG5ZRO7PlY


E pensar que estamos num Centro Histórico que tantas leis prevêem a salvaguarda.

Eleições: "interesses particulares sobre os interesses públicos".

As eleições se aproximam, nós aqui da Cidade Velha sentimos na pele essa realidade. O artigo abaixo, diz algo a respeito, mas tem muito mais do que isso.
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Nas eleições, fontes ilícitas capturam o Estado, opina juiz

Eliano Jorge

"Não é à toa que praticamente todos os grandes partidos tenham sido pilhados em flagrante, nos últimos anos, negociando apoios políticos em troca de verbas e cargos públicos. É uma prática generalizada", lamenta o presidente da Associação Brasileira de Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais (Abramppe) e membro do comitê nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), o juiz Márlon Jacinto Reis, do Maranhão.

Entrevistado por Terra Magazine, ele critica o sistema eleitoral brasileiro e propõe mudanças drásticas para banir a "mercantilização" e o "personalismo" que, acredita, degradam a política brasileira, de Norte a Sul. Resumindo, "interesses particulares sobre os interesses públicos".

Aos 40 anos, Reis não foge de análises diretas e pesadas. "Quem faz doações vultosas realmente o faz com o único propósito de influenciar as decisões futuras do governo", torna mais do que claro.

Ele maldiz principalmente o suporte a candidaturas: "As campanhas são financiadas com verbas públicas desviadas pra este fim eleitoral, de manter no poder quem está lá. O restante vem de grandes grupos interessados em contratar com o governo". E conclui: "O Estado deixa de ser Estado, é capturado por fontes ilícitas e deixa de servir ao coletivo".

Explica-se a vantagem do jogo de bancar campanhas de parlamentares: "Sai barato gastar alguns milhões na eleição de alguém que pode ter uma influência imensa na definição do orçamento, principalmente quando isso acontece em grupo".

O magistrado acredita que a dependência excessiva da economia nacional em prestar serviço ao Estado impede o desenvolvimento efetivo do País. E atribui ao Poder Judiciário uma grande parcela de responsabilidade dos problemas brasileiros. Por isso, apoia "uma reforma judiciária baseada não exclusivamente em aspectos técnicos, mas também em aspectos valorativos, de tal maneira que possa colaborar, de maneira mais eficiente, para o aprimoramento da sociedade".

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Giuseppe Antonio Landi: il Bibiena dell’Equatore

Amigos e amig@s,

a patir de hoje o trabalho sobre Landi feito na Italia, com a colaboração de alguns "estudiosos" paraenses e da CiVViva, pode ser visto acessando

http://www.forumlandi.ufpa.br

e pode ser lido em portugues e em italiano.

Boa leitura.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

CARNAVAL NA PRAÇA DO CARMO

Este é o link para o video.

http://www.youtube.com/watch?v=mrBBFUgxxgY

Mandem suas opoiniões.

Obrigada

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

REPASSANDO: DEU NO GLOBO

È UM MINISTRO DO STF QUE FALA. VAMOS RACIOCINAR SOBRE ISSO????

Ponto nevrálgico (Editorial)

Um dos ministros indicados para o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Lula, Joaquim Barbosa ganhou autoridade ao relatar de maneira cortante, fria, técnica, o caso do mensalão, com a abertura de processos contra estrelas do PT.

Mais tarde, coerente, repetiu a dose com o senador tucano Eduardo Azeredo (MG), financiado em campanha pela mesma engenharia financeira ilegal de que se valeriam petistas no governo Lula.

É com a experiência de atuar nesses casos que Barbosa, em entrevista publicada no GLOBO de domingo, declarou ser a atuação do Poder Judiciário uma das causas do aumento dos casos de corrupção, estimulada pela impunidade.

Com “práticas arcaicas”, “interpretações lenientes” e “falta de transparência” no processo decisório, entende o ministro, a Justiça tem culpa nesse cartório.

Pode-se acrescentar a leniência de certas legislações, como a eleitoral, uma enorme porta escancarada para donos de vergonhosos prontuários criminais entrarem na vida pública em busca de imunidades.

Na entrevista, Joaquim Barbosa tratou, ainda, da “passividade com que a sociedade assiste a práticas chocantes de corrupção”.

Colocou o dedo em um ponto nevrálgico da atual conjuntura política: como o governo Lula abriu os cofres do Tesouro para cooptar de vez sindicatos — aliados antigos — e organizações da sociedade civil tradicionalmente ativas na fiscalização do poder público, caso da UNE.

Porque todos, ou quase todos, se converteram em correias de transmissão do lulismo, paira grande e conivente silêncio no meio sindical, em organizações ditas sociais e adjacências diante de aberrações no manejo do dinheiro público e de cenas de fisiologia explícita.

No mensalão do DEM, em Brasília, houve manifestações — mas porque era o DEM.

No mensalão petista, silêncio quase absoluto. Até mesmo alguns “intelectuais orgânicos” criaram a figura da “imprensa golpista”, uma forma de culpar o mensageiro pelo teor da notícia, e assim tentar encobrir a responsabilidade dos mensaleiros petistas — manobra rejeitada pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, onde Joaquim Barbosa conseguiu apoio para seu relatório.

O ministro concorda que a intelectualidade — em grande parte, devido a razões ideológicas, cooptada para erguer esta cortina de proteção ao lulismo — deveria abandonar a “clivagem partidária” e se manifestar contra a corrupção.

Tem óbvia razão.