segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Mudanças rápidas no balanço do Estado


Amigos, vamos relembrar uma informação dada aqui alguns meses atras relativamente a falada escola de gastronomia que surgirá na área tombada da Cidade Velha.


"...dia 07 de agosto  2015 protocolamos na Secult uma solicitação baseada na Lei de Acesso a informação pedindo: "que disponibilize cópia integral do projeto de uso do espaço que era ocupado pelo restaurante Boteco das Onze, que faz parte do complexo Feliz Luzitânia, ligado ao Sistema Integrado dos Museus, administrado pela Secult-PA, para implementação de uma escola de gastronomia".

"No dia seguinte as 15 horas, recebemos  resposta, informando que: "...ainda não foi estabelecido nenhum procedimento licitatório ou dispensa do mesmo, em relação ao uso do espaço antes ocupado pelo restaurante "Boteco das Onze", na medida em que tanto o espaço em seu interior quanto em seu entorno, necessitam de serviços de recuperação, cujos projetos serão executados no momento oportuno e implementados de acordo com o cronograma orçamentário e financeiro do Estado."


Pois bem, algo de bom deve ter acontecido com o cronograma orçamentario e financeiro do Estado pois em poucos meses, vimos o Estado aumentar suas posses.  O 'momento oportuno' deve ter chegado pois, de fato, a midia continua informando como está se desenvolvendo a questão da escola de gastronomia. Ao prédio das 11 janelas, agora a Secult adicionou, também, dizem, a ex sede da Fumbel e o Palacete Pinho para serem usados em tal empreendimento.

Além do principio de incendo ocorrido na Fumbel, que continua completamente abandonada, correm vozes que o Pinho está afundando. enquanto isso:

- a casa da trav. Cametá, ja sem a placa de propriedade do Estado, ruiu mais um pedaço na semana passada;
- a sede do ex teatro S.Cristovão  continua esperando qualquer tipo de "tombamento"; 
- no prédio da praça Ferro de Engomar, nada mudou, ao que se sabe, desde que quebraram seus azulejos;
- e muitos e muitos outros pedaços da nossa historia continuam em situação de mais completo abandono, enquanto dinheiro se encontra para transformar nossa culinaria em gastronomia, por gente que vai para o exterior servir tacacá, sem goma, em copo de plastico...

Essa é mais uma atividade prevista por um orgão estatal  que ignora totalmente a necessidade de estacionamento para os veiculos dos usuários.. Não bastasse o que será feito na área do Bechara Mattar, agora teremos mais tres pontos chamativos  de clientes para nossas calçadas de liós, sem falar do aumento da poluição e da trepidação dos prédios dessa área tombada. É obrigatório perguntar: que uso tem a cozinha do Hangar? Não podia ser la essa escola? 

A lei da transparência, na nossa opinião, devia ser usada por todos para .verificar até que ponto tais projetos respeitam as leis. Interrogações deveriam ser feitas  para esclarecer todos os passos e fatos  estranhos que ouvimos falar. Quem sabe  assim  nos manteriamos  atualizados sobre a veridicidade desses fatos e sobre as contradições das informações recebidas ou dadas pelos orgãos públicos e pela midia.  


A população,  os cidadãos, o povo, como acharem melhor dizer, continua sendo ignorada em todos os momentos decisionais sobre  nossa cidade:  o caso do Ver o Peso, é um exemplo recente e concreto...e nem vamos falar da boateria, gravissima,  que corre a respeito da orla da Estrada Nova.


É melhor abrir os olhos, gente de Belém. É do nosso interesse.


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