segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

...e o Stradivari não veio dar um brilho a esta 'festa'


Se não tivessem tantos 'troteiros' por ai, dia 12 de janeiro de 2016 poderíamos ter tido o privilegio de ouvir/escutar, Matteo  Fedeli  tocar um Stradivari no Teatro da Paz com a nossa Orquestra Sinfônica.


Ele viria grátis: nem o seguro do violino Stradivari nem seus honorários seriam pagos, somente a estadia e as passagens aéreas foram pedidas.  Mas, empecilhos de vários tipos, que depois se revelaram verdadeiros “trotes infantis”, surgiam a medida que falavamos com  as pessoas  do setor cultural. Mas isso so iriamos descobrir depois.

A primeira dificuldade foi chegar até os funcionários públicos “que contam”. Fora daqui consegues, com muito mais facilidade, falar com gente mais importante...aqui, em vez, todos com o Rei na barriga te faziam esperar meses...e o tempo passava. Depois de quatro meses sem resultado, procuramos um politico e em 24 horas fomos recebidos no Teatro da Paz. Aqui funciona assim: é a amigocracia que conta.

Uma primeira informação que nos deram foi que o Teatro da Paz não funciona no mês de janeiro...mas, nem para um Stradivari???? A informação seguinte foi que os membros da Orquestra  tinham direito a férias no mês de janeiro...mas nem para fazer uma experiência com um Stradivari e quem sabe até ganhar um extra?

Deixamos o CD do artista e ficou no ar a possibilidade de ter uma resposta em breve...e começamos a esperar.

Quatro meses se passaram e, não obtendo resposta alguma, amostramos  a carta  ao Prefeito, sem pedir absolutamente nada, mas informando-o dos encontros ja tidos e das respostas recebidas. Queríamos que tomasse conhecimento dessa possibilidade e ele perguntou: por  que me tras agora esta proposta? Respondemos:  “porque todos os locais interessados dependem do Estado”. E ele disse: nem que tenha que falar com o Jatene, este evento acontecerá. ... e  saímos de la cheios de ilusões e sonhos.

Passaram-se mais seis meses e  nada, por escrito, chegou até nós. Pedimos noticias ao Prefeito e ele pediu para esperar um pouquinho mais. E acabou se passando um ano e  nada. Assim, no inicio de agosto de 2015, por ocasião da posse do Conselho do  Patrimonio pedimos noticias publicamente ao Prefeito sobre tal evento e ele respondeu  que: desde o inicio do seu governo ele so tinha contratado músicos/artista paraenses e eu ousava propor um musico estrangeiro... fiquei sem palavras.

Ao acabar a reunião voltei a falar com ele, admirada daquela resposta e ele me disse de entregar para a sra. Heliana  Jatene, o material que tinha dado a ele  e assim o fiz. Dois dias depois recebi uma resposta do  Superintendente da Fundação Carlos Gomes que assim dizia:
A ideia é excelente mas infelizmente o período não é propicio para uma apresentação desse porte .... Considerando que após as festas de fim de ano as escolas de musica entram em recesso e só reabrem em março com o começo do ano letivo, não teríamos como realizar as master classes e nem teríamos garantia de um grande publico para um espetáculo, muito menos para três apresentações,...” Pois é, até cursos para os estudantes ele tinha proposto de fazer. E esperamos um ano para ter essa resposta e fazer um figura terrivel com o artista e seus patrocinadores.


Hoje o Teatro abrirá, a Orquestra Sinfônica tocará e os paraenses

  não ouvirão nenhum Stradivari porque não temos “garantia de 

um grande publico”.


Francamente, quem frequenta o Teatro da Paz e todos os que

 cultuam a chamada musica clássica, so podem se sentir ofendidos. 



E assim Belém perdeu essa oportunidade única.


PS: A Civviva também faz aniversario di 12/01.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Mais um ano se passou...


Mais um ano que chega ao fim com  sua carga de tristezas e alegrias; de coisas boas e coisas ruins; com pouca chuva e muito sol nestes últimos meses;  com barreiras  que se romperam e, problemas de ordem politica várias que, nem sempre, podem ser consideradas justas, éticas e coerentes.  O ano de  2015 vai nos deixar lembranças...



A  nossa Cidade Velha, a Alma Mater de Belém vira quatrocentona  e nem está metida a besta. Teria poucos motivos para isso, na verdade. Viu, neste ultimo século, nascer e desaparecer um bom bocado do seu  patrimônio histórico e arquitetônico.  Os azulejos das suas casinhas de porta e janela,  se foram  com os bondes e em substituição nasceram casas com pátios e dois andares e as ruas  acabaram por se encher  de vans irregulares.  Bem que tentaram  encher de edifícios sua orla, mas, um grupo de cidadãos corajosos conseguiu impedir que isso acontecesse.


A Praça do Carmo nasceu de um jeito e foi, algumas vezes, modificada, encontrando-se hoje totalmente abandonada. Suas mangueiras cresceram nesses pouco mais de cem anos, assim como as ervas de passarinho que nunca foram retiradas.... E as casas nascidas nos anos sessenta, ganharam cores vistosas  que nada tem a ver com o que lembram os  que nasceram aqui. Um projeto para melhorar a praça aguarda sua vez. Dizem que será feito em 2016....


A igreja de S. João, a sempre lindinha  obra prima de Landi, hoje tem uma infinidade de automóveis  estacionados ao seu redor.... e a poluição?  Seus muros viraram latrinas e lixeiras... Um “restaurante” ao ar livre - que deixa muito a desejar-   é, porém, o escolhido  por  funcionários públicos e advogados que giram por aquelas bandas, ignorando o Código de Postura. 



A Igreja da Sé, restaurada, chama atenção, naquela praça sempre bem cuidada,  pela sua imponência e a beleza do seu interno.  O movimentado  transito, porém, continua a provocar trepidações ajudado, por alguns anos, até pelo barulho que vinha do bar das 11 Janelas. A total falta de estacionamento para os estabelecimentos que nasceram ao seu redor,   cresceu mais ainda depois que a retirada do IPI deu possibilidades aos moradores do bairro e outros mais, de também comprarem um automóvel...sem garagem!!!!


As calçadas de liós, tombadas - como nossas mangueiras e metade da Cidade Velha - se transformaram em sede propicia para receberem os veículos usados por deputados, juízes, advogados,  funcionários da Prefeitura, do Tribunal, do Ministério Público Estadual e dos vários museus, que durante a ditadura e depois dela, escolheram a Alma Mater de Belém, ou seja, a Cidade Velha, para se instalarem.


Um por um, órgãos como a Prefeitura, a Secult e o IPHAN, reconheceram, no papel,  a necessidade de “salvar nossa memória” e começaram os “tombamentos”’ de prédios, monumentos e bairros.  Independentemente dessa providência,  e sem nenhuma atenção relativamente a regulamentação de tais atos, incluindo o Plano Diretor  ‘in totum’, vimos casas serem derrubadas para se transformarem em estacionamentos, e azulejos tomarem o rumo da casa de colecionadores, até mesmo  no estrangeiro. Vimos ruas serem fechadas  e seus paralelepípedos desaparecerem sob camadas  e camadas de asfalto.


Apesar de toda essa indiferença, a nossa  morena faceira, a Cidade Velha  -de nome e de fato-  sobrevive, e não está nem ai para os que a ignoram. Festejará em silencio seus quatrocentos anos de história, com aqueles que lhe querem bem de verdade.  Afinal de contas, pra que barulho e fogos de artificio, se provocam trepidação no que sobrou dela  e  em nada ajudam a   salvaguardar o que precisamos  manter para continuar contando nossa  história....hoje, nem que seja através dos seus azulejos (que sobraram).

                                    

Aproveitamos para agradecer aqueles que nos ajudaram em algum modo nas nossas lutas. Os resultados estão ai: o afunilmento da Felix Rocque foi parcialmente resolvido somente no papel, como o do Bechara Mattar. Mas não vamos parar por ai. As batalhas continuarão e, assim sendo, vamos continuar a precisar de ajuda.



                                                BOAS FESTAS A TODOS
                                    
                          FELIZ ANIVERSÁRIO CIDADE VELHA



Fotos de Celso Abreu 

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Era uma vez o TAC da Felix Rocque


A antiga travessa da Vigia, hoje  chamada Felix Rocque, vai da beira do rio, ou da orla como se chama agora, até a ilharga do ex Palácio dos Governadores, hoje Museu do Estado do Pará,  construido por Landi nos idos de 1700...

No inicio de 2013, a firma que comprou o prédio situado no canto da Siqueira Mendes e cujos fundos acabam na beira do rio, começou a ocupar a calçada da Felix Rocque. Denuncias foram feitas e por algum tempo os trabalhos foram suspensos. Um veiculo, porém, ficava sempre estacionado na entrada do "beco" que dava ao rio, evitando assim que 'curiosos' entrassem.

      Quando recomeçaram os trabalhos, não somente se apropriaram  da calçada, mas, com um portão de ferro, fecharam a visão e uso da beira do rio. Um trapiche de concreto foi feito, viemos a saber depois....


       A Lei Organica do Municipio de Belém, no seu art. 129 diz que..."são considerados bens de uso comum do povo as praias e os terrenos marginais aos rios e lagos, sendo assegurado, sempre, livre e franco acesso a eles, em qualquer direção e sentido..." O que fazia, então aquele portão, ali?       

Logo após as denuncias feitas pela empresa S.A. Bitar Irmãos, a Civviva também deu um primeiro passo, pedindo informações e detalhes a Fumbel, e ninguem gostou dessa nossa intromissão. De fato, recebemos a visita dos interessados, muito agressivos e petulantes, mas continuamos. 

Mais alguns meses e outros cidadãos e associações se uniram a nossa luta e uma outra série de irregularidades começaram a aparecer. Faltavam pareceres,  faltavam mapas, faltavam certidões e até a medida do terreno não coincidia com o ato original,  o certo é que uma série de suspensões dos trabalhos foram necessárias para tentar resolver os problemas que denunciavamos.

Entre um embargo e outros, acordos eram feitos e nem sempre respeitados. Fizemos uma relação e enviamos ao MPE.  
http://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com.br/2015/05/o-que-mandamos-ao-mpe-sobre-tv-felix.html

Nesta nota se tem todos os detalhes que deram origem ao TAC n.001/2015 do MPE. O que lemos no ato, porém,  não nos satisfazia in totum. 
                                     
   Passados tres meses de tal ato, fomos visitar  obra e vimos que nada tinha sido feito, praticamente. Escrevemos então ao MPE, pedindo esclarecimentos sobre o TAC:

1-      No corpo de tal ato é estabelecido um prazo de 90 dias a contar da assinatura, para “deixar de ocupar o espaço integrante da via publica na trav. Felix Rocque....” Porém não sabemos em qual data o TAC resulta assinado por todos os compromissários, porquanto na nossa cópia, não constava a assinatura da SPU. 
O MPE nos respondeu que valia a data do ato,  15 de julho 2015, portanto a contagem dos 90 dias  para a conclusão dos trabalhos, partia de tal data.... e ja tinha pssado.

2-      Notamos também que para a apresentação do licenciamento da utilização do porto, aludido no item 2 G do TAC, foi estabelecido um prazo de 180 dias, sem esclarecer a partir de qual data. Qual seria?                     

Aguardamos reposta ao pedido de esclarecimento feito ao MPE mas não recebemos nada, tivemos porém um encontro com o Dr. Raimundo Morais (11/11/2015) que  sanou algumas nossas duvidas. Em nenhum momento se falou de  convalidação do TAC por algum outro orgão.

Mais um  mes se passou e voltando la, vimos esta situação:



Não podemos deixar de perguntar: pra que serve o TAC? 
Não é obrigatória a assinatura de todos os orgãos chamados em causa? Podem ser ignoradas leis em vigor em tal ato? Quem controla o respeito do que estabelece? Quando a obra tem que ficar pronta?  Quando começa o pagamento da multa estabelecida?


                                                

sábado, 12 de dezembro de 2015

Nós fazemos 400 anos...



Sim, a Cidade Velha é a Alma Mater de  Belém e, sem nenhuma dúvida, festejaremos seu nascimento  no próximo mês de janeiro. Portanto, em 2016 ela também faz 400 anos.

Para comemorar essa  data, a Civviva pensou em  traduzir o que restou do seu patrimônio arquitetônico, através de alguns de seus azulejos e, assim sendo, uma série de camisetas foram idealizadas. Para isso fomos ajudados por alguns fotógrafos que nos honram com seus... favores:  Celso Roberto Abreu e Marcos  André Costa. Com seu “trabalho” eles ajudam  a salvar e salvaguardar nossa memória histórica, e nós agradecemos.

A primeira camiseta contém os azulejos da Travessa Tomazia Perdigão, única mulher a dar nome a uma rua na Cidade Velha.  Ela foi mãe de dois vereadores de Belém, no tempo da Cabanagem. Uma familia  que teve sua origem na casa mais bonita e antiga dessa pequena rua, adotou esta ideia.


















A segunda camiseta é para lembrar alguns dos prédios mais bonitos e importantes do bairro situados nas ruas que deram origem ao núcleo inicial de Belém: Palacete Pinho na Dr. Assis, Instituto Histórico e Geográfico do Pará na rua de Aveiro,  a antiga sede da fábrica do Guaraná Soberano, situada na primeira rua aberta na “ilha Pará”, a rua do Norte, hoje Siqueira Mendes e o  Seminário da Dr. Assis. Suas fachadas, bem conservadas, lembram um período áureo vivido por Belém entre os séculos XIX e  inicio do XX. Foi adotada pelos comerciantes da Pça do Carmo.
A terceira retrata os azulejos de casas pequenas,  mas tipicamente nossas. São casas simples,  de porta com  uma ou duas janelas, as vezes são lojas,  que estão aí marcando presença, como  os outros prédios, na nossa história. Não podíamos deixar de lado, portanto,  a Dr. Malcher, a Cametá, a  ex  Cintra e a Marques de Pombal, com seus azulejos, nem sempre antigos, mas mantendo um costume que está se perdendo. Comerciantes destas ruas a estão adotando.





 Cada rua, cada prédio, cada azulejo, por mais simples que sejam, não somente trazem e guardam lembranças, historias e casos  que lemos ou ouvimos contar, mas  são principalmente, a nossa memória. Essa lembrança deve ser para nós como o  Coliseu é para os italianos, uma fase da nossa vida que sobrou, em algum modo, para que nossos netos tomem conhecimento de como foi o nosso passado.

Com essa homenagem tentamos  sustentar a necessidade  de  salvaguardar  ao menos  parte da memória  desses 400 anos de vida do nosso querido bairro e da nossa maltratada Belém.

PS: até a gráfica é da Cidade Velha: JOARTS


terça-feira, 3 de novembro de 2015

O momento oportuno chegou, para as 11 janelas????


Em quem crer....

No ultimo mes de agosto escrevemos uma carta à Secult pedindo algumas informações sobre o futuro uso de uma área do  prédio das  "11 Janelas"
http://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com.br/2015/08/a-casa-das-11-janelas.html

Como a poluição sonora e a falta de estacionamento na Cidade Velha são problemas que esta Associação contrasta,  achamos por bem pedir informações diretamente ao orgão responsavel por tal local e assim, dia 07 de agosto  2015 protocolamos na Secult uma solicitação baseada na Lei de Acesso a informação pedindo: "que disponibilize cópia integral do projeto de uso do espaço que era ocupado pelo restaurante Boteco das Onze, que faz parte do complexo Feliz Luzitânia, ligado ao Sistema Integrado dos Museus, administrado pela Secult-PA, para implementação de uma escola de gastronomia".

No dia seguinte as 15 horas, recebemos  resposta, informando que: "...ainda não foi estabelecido nenhum procedimento licitatório ou dispensa do mesmo, em relação ao uso do espaço antes ocupado pelo restaurante "Boteco das Onze", na medida em que tanto o espaço em seu interior quanto em seu entorno, necessitam de serviços de recuperação, cujos projetos serão executados no momento oportuno e implementados de acordo com o cronograma orçamentário e financeiro do Estado."

Estes dias, porém, a televisão e o Facebook não fazem que falar da apresentação numa vasilha de plastico, de tucupí com jambú, na Feira de Milão. Será que disseram que aquilo era TACACÁ? Era so o que faltava, mas até o jornal nacional contou o fato. Por que não levaram cuias? Será que foi decidido na ultima hora? Como é que os jornais não noticiaram, antes, nossa  presença em tão prestigiosa Feira? 

Entrevistas falam de escolas e museus. Aonde? Exatamente onde funcionava o Boteco, causa de problemas no mes de agosto. A cozinha do Hangar, que custou um dinheirão, não seria mais adequada para ocupar/servir tal escola? 

Além da falta de estacionamento no entorno,  temos que lembrar que naquele prédio ja funcionam museus. Será que os vapores produzidos na cozinha, foram levados em consideração? Ou seja, será que essa cozinha é compativel com a presença de museus, assim  tão próximos? Não era melhor na Casa da Beira? Assim ficavam perto dos fornecedores das matérias primas necessárias aos cursos....

 Outras perguntas deveriam ser repondidas: Será que os orgãos de defesa do nosso patrimônio foram ouvidos? Será que o cronograma orçamentário e financeiro do Estado ja prevê tal despesa?

Nos recebemos a resposta da Secult dia 8 de agosto, ou seja, menos de tres meses atras.  Parece que o "momento oportuno" chegou, mas, é oportuno o local escolhido? Que seriedade demonstram ao tombar prédios que depois são usados sem tanto critério?

Esperamos que alguem pense nisso em tempo e esclareça essas dúvidas....

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

ESTA PORTA ERA DE BRONZE


 Patrimônio histórico...... poço sem fundo de mazelas. Desta vez, fora da Cidade Velha.

Esta manhã fomos informados pelo Dr. Sebastião Godinho de mais um tratamento absurdo dado ao nosso patrimonio historico.

Esta é uma das portas da Igreja de Nazaré...Era de bronze.



Que tristeza constatar fatos como este:  pintaram com tinta preta todas as tres portas de bronze

Esse fato deploravel vem se somar a outros, realizados sempre nessa Basilica. Poucos meses atrás falamos de  outro fato penoso:  os aparelhos eletrônicos que instalaram nas colunas da Igreja de Nazaré.  

Outras vezes  ja tivemos oportunidade de chamar a atenção sobre o modo ‘ignorante’, como tratam nosso patrimônio histórico . Além desses acima citados, temos as pinturas nas paredes da igreja das Merces convidando para as missas. Também denunciamos a pintura de dourado do  Busto do Barão do Rio Branco (http://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com.br/2012/03/pintaram-o-barao-de-quem-e-culpa.html)

Outros fatos graves de menosprezo  para com nossa memória histórica podem ser lembrados relendo estas notas:
- Igreja da Sta Casa de Misericordia

Essas notas escritas entre 2012 e 2014, falam de fatos que se desenvolveram anos antes, vários portanto são os governos culpados de tal situação....e não somente eles, mas, também, todos aqueles cidadãos que, segundo a Constituição, deveriam cuidar desse patrimônio.

Aquela meia duzia de cidadãos que se reconhece no artigo da nossa Constituição e lutam para modificar essa situação se vêem de mãos atadas diante de tanto desinteresse, inclusivo de seus pares, pagos ou não para defender nosso patrimônio.

Ambos os nossos blogs denunciam essa realidade, esses fatos deploráveis, e não vemos nada mais que um aumento de tanta  incúria. Ontem escrevemos algo que vale hoje também: "Estamos atravessando um periodo (desde que derrubamos a ditadura) de perda de valores, de foco e de seriedade.  Qualquer argumento que você use para defender sua posição, se não está ancorada numa lei, num país civil, não iria para frente. Aqui, em vez, serve para destruir ...."


ESTAMOS FALANDO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DESPREZADO HA ANOS, DAQUELA BELÉM QUE VAI FAZER 400 ANOS.... 

 ottobre 2012 Quando a porta era de bronze
ULRAJE - Uma das três portas debronze da basílica-santuário de Nazaré. São belas concepções artísticas devidas a Metalúrgica Abramo Eberle S.A, do Rio Grande do Sul, e que agora, foram bezuntadas de preto (!), em homenagem, certamente, a nossa ignorância artística. As duas portas laterais foram inaguradas em março de 1960, a central, maior, um pouco antes e, ao que me consta, nunca foram aviltadas dessa forma. O negócio é pintar. Pintar mármore, bronze e tudo o mais. Abaixo o azinhavre! E a arte ? Ao diabo com a Arte, ora bolas. (Cartão postal da minha coleção).
                       
Fotos do Dr. Sebastião Godinho

domingo, 13 de setembro de 2015

Posse do Conselho Curador do FUNPATRI


Em data 25 de Setembro de 2014 foi publicado no Diário Oficial o Decreto N.80.768 – PMB, de 11 de Setembro de 2014 que nomeia os membros Titulares do Conselho Curador do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural do Município de Belém.

A posse dos membros do Conselho Curador do Funpatri,  aconteceu um ano depois, em data 26 de agosto, u.p.,  em presença do Sr. Prefeito de Belém e dos seguintes membros: Maria Lucilene Rebelo Pinho, Maria Dorotea de Lima, Heliana da Silva Jatene,  Fabio Lucio Souza da Costa, Edna Maria de Lacerda  Maria Dorotea de Lima, Heliana da Silva Jatene,  Fabio Lucio Souza da Costa, Edna Maria de Lacerda Rocha,  Dulce Rosa de Bacelar Rocque e Miguel Takao Chikaoka. Ausentes o representante do MINC e  da Sociedade Civil.

Na primeira reunião do Conselho em data  02 de setembro u.p.,  foi  proposto pela  Sra. Heliana Jatene o nome do Sr. Fabio Lucio da Costa, representante do setor privado, qual presidente, que foi aceito imediatamente pelos presentes.

Para a próxima reunião, dia 17 de setembro, será examinado o  art.  5 da Lei Ordinária n. 8295, d 30 de dezembro de 2003, o qual estabelece que “Os recursos  vinculados ao fundo Monumenta Belém serão aplicados, mediante decisão do Conselho Curador, na preservação e conservação das  áreas públicas, edificações e monumentos submetidos à intervenção do Projeto Ver-Belém.”

Foi considerado necessário tomar conhecimento do que estabelece o Projeto Ver-Belém e assim decidir a possível modificação da lei acima citada. Também,  foi levantado o problema da necessidade de instituir ‘membros substitutos’ para o caso de ausência do membro efetivo, não previsto na lei em vigor. 

Na próxima reunião também deverá ser proposto um esboço de ‘regime interno‘ do Conselho e por este motivo foi pedido cópia de regimentos de outros Conselhos do Patrimonio.


Interessante lembrar que o Gestor do Fundo Monumenta Belém, deverá submeter até o dia 30 de outubro ao Conselho Curador, o programa anual e plurienal de aplicação dos recursos em questão,  discriminando as aplicações previstas na  área do projeto.