domingo, 2 de abril de 2023

Um pouco de educação ambiental

 INTRODUÇÃO ...

Sabemos que a situação do nosso meio ambiente não é das melhores. Diariamente recebemos notícias péssimas sobre esse argumento e, em vez de melhorar, a tendência até agora parece piorar.

Ao fazer determinadas escolhas, precisaríamos colocar na balança, o bem e o mal que essas opções podem trazer para o meio ambiente, principalmente quando há possibilidades de escolha.

O que deve vir primeiro? A preservação do meio ambiente ou os costumes antigos?  Depois, seria necessário ter pensado também, ao tomar  certas decisões, na educação ambiental.

O impacto do aumento do uso do absorvente higiênico foi estudado ?  Não teria sido melhor considerar voltar com o uso das toalhinhas de tecido?  Ou ao menos incentiva-los onde não se tem condição, nenhuma, de  destruir esses residuos...

Sejam homens que mulheres, na faixa etária de 50 anos ou mais, hoje, devem saber que, quando eles nasceram as mulheres usavam toalhinhas, no período menstrual. Nos anos 60 do século passado o uso do absorvente se generalizou, para muitas, mas não todas.

Naquela época os bebês também usavam fraldas de pano, de tecido de algodão, bem macio. Fraldas descartáveis para recém nascidos não existiam, e somente surgiram nos anos 70. E também nem toda a população tinha condições de comprá-los para os filhos.

Por cerca de 40 anos de sua vida a mulher menstrua, e usa absorventes; e esse consumo pode gerar cerca de 130 kg de resíduos sólidos "per capita". Por ano uma mulher chega a descartar cerca de 3 kg desse resíduo, que leva cerca de 400 anos para se decompor, pois a sua composição é basicamente de plástico.

Ao consumo feminino, devemos acrescentar aquele dos bebês e dos idosos (absorventes geriátricos).

Esse lixo tem dois destinos: meio ambiente e aterros sanitários. Quantos aterros tínhamos em Belém para receber tais resíduos? Em 2020 resultava que toda a região Norte tinha 390 lixões, dos quais 134 deles se encontravam no estado do Pará....em quais condições, porém????

O que fazem com seu lixo os ribeirinhos, os indígenas, assim como outros moradores de áreas fora das cidades? Queimam ou jogam nos rios, como vimos fazer na ilha do Combú, até o ano passado, quando alguem exigiu mais controles no meio ambiente.

Quem vive em Marituba, há anos luta contra os inconvenientes de um “lixão” eufemisticamente chamado de "aterro sanitário", que tem causado sérios danos ambientais, e comprometimento da saúde das comunidades vizinhas. Até agora, não vemos soluções satisfatórias para os cidadãos que vivem no entorno.

Entrando no particular, no Brasil resulta não existir reciclagem de absorventes. E há 2.900 lixões distribuídos em pouco mais de 2.800 dos 5.568 municipios existentes no Brasil. Os aterros controlados se encontram em apenas 1.254 desses municípios.... E o ambiente como fica? Quanto desse lixo vai para os rios?

Existe no Reino Unido uma usina de reciclagem especializada que transforma os absorventes em madeira sintética ou telhas plásticas. No Brasil, timidamente, vemos uma tentativa de Reciclagem de Fraldas e Absorventes, sem muitas informações concretas.

Que sugestões receberão os novos usuários de absorventes, para o descarte do produto usado? Hoje sabemos onde vão parar... 

Aqui entra a necessidade da educação ambiental, e de adoção pelo poder público de estratégias honestas e sustentáveis para o processamento de todos os resíduos sólidos. Nos próximos anos, que destino terão os absorventes descartados?

Para ajudar a não aumentar a poluição do nosso meio ambiente, ninguem pensou em voltar às toalhinhas? A proposta suscita polêmicas, mas fica aqui como  um necessário tema para reflexão para, quem sabe, falarem na COP 30 disso também. 

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Fonte de  algumas informações:  

https://www.reciclasampa.com.br/artigo/entenda-o-impacto-ambiental-dos-absorventes-intimos

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