segunda-feira, 14 de maio de 2018

CEMITÉRIOS E OUTROS PATRIMôNIOS


De vez em quando ouvimos falar de cemiterios; de conserto; de revitalização; de restauro, mas, de concreto nada vemos acontecer. Ameaçam e...esquecem de fazer.

 Na Cidade Velha não temos cemitérios. Aliás, temos, em pratica, um enorme cemitério de casas, prédios, praças, calçadas que de nada diferem da situação de nossos dois principais cemitérios.

O prédio da foto abaixo, onde uma familia de portugueses, Seu Antonio, Dona Maria e filhos, explorava uma moenda de cana de açucar no século passado encontra-se do lado do Museu do Estado do Pará e da Alepa. Pior, está na ilharga da Prefeitura, na Tomazia Perdigão...



.. e ninguem faz nada.

 Se entrarmos na Felix Rocque, na calçada  oposta aquela  da Alepa, um floresta ocupou um prédio e os outros, não é que estão melhores... Continuando o passeio, vamos ver outros cadáveres nessa área tombada...

A praça conhecida como D. Pedo II, em frente a uma das entradas da Prefeitura, ja tem um mi ni bosque la em cima da estátua, enquanto embaixo podemos ver até roupa a quarar ao sol...

 Nos nossos cemiterios o que vemos, em vez? O mais velho, da Soledad, praticamente cheio de escombros... O outro, em vez, segue o mesmo caminho.

 Na foto abaixo vemos uma homenagem a uma familia cujo ultimo  sepultamento foi em 1891, portanto a construção deve ser ainda mais antiga. Já inclinou 40 cm desde o ultimo dia de finados. Vai cair com certeza, com todas essas chuvas.


E esta mangueira está do lado da sepultura acima. Se cair vai levar consigo tudo o que tem ao redor...


Alguns jazigos estão abertos a causa da queda de duas arvores, recentemente.

Aqui entre nós: se não cuidam das mangueiras que estão nas ruas, frente aos nossos olhos, imaginem se vão se preocupar com as que estão nos cemitérios.

SE   AS MANGUEIRAS  SÃO TOMBADAS COMO A CIDADE VELHA E AS CALÇADAS DE LIÓS...VÃO CAIR, COMO AS OUTRAS, ACOMPANHANDO O QUE SUCEDE COM O RESTO DO NOSSO PATRIMÔNIO. 

E não vamos falar da poluição sonora na porta da ALEPA, a qual provoca queda de estucos do MEP e  aquela dos fogos de artificio após os casamento na Igreja da Sé, que quebra vidros de cristaleiras e vidraças...


PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: MAS TEM AINDA ALGUM ORGÃO PÚBLICO QUE RECEBE VERBAS PARA CUIDAR DO NOSSO PATRIMÔNIO HISTÓRICO????


PS: este é um pequeno exemplo do que vemos por ai...

Obrigada P.F. inclusive pelas fotos.

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