terça-feira, 29 de março de 2011

MONUMENTA: ADEUS AS ILUSÕES

Dia 6 de agosto de 2008, durante duas horas, o Dr. Valinoto técnico da UEP, deu explicações e respondeu as perguntas feitas por moradores de casas antigas da Cidade Velha, bairro mais antigo de Belém. Esclareceu tudo a respeito do financiamento para recuperação de imóveis privados do programa Monumenta. Esse encontro foi promovido pela CiVViva no auditório do Forum Landi e se encontra notícia neste blog.

Os presentes, convencidos de tão interessante proposta, iniciaram os contactos com a FUMBEL. Cinquenta foram os pedidos feitos relativamente ao edital n.1/2008, dos quais, 44 eram de moradores da Cidade Velha.

No Diário Oficial de 22 de Dezembro de 2008 foi publicado, no segundo caderno, a relação dos 49 escolhidos para terem acesso a tal financiamento, assinado pela Dra. Maria Eugenia Coimbra. A todos foi dito que em breve tempo a questão estaria resolvida: que receberiam o dinheiro. Alguns dos interessados, ao ouvir isso, se mudaram de casa para poder dar inicio aos trabalhos.

Os documentos começaram a serem pedidos. O vai e vem nos orgãos públicos também teve início. Os projetos levavam de 4 a 5 meses em cada orgão e depois ainda tinham que ser corrigidos. As despesas aumentavam e o dinheiro não saia.

No primeiro semestre de 2010, aqueles que tinham completado o iter burocrático foram chamados para fazer o depósito da caução para poder ter acesso ao financiamento. Esperaram noticais por um mes, depois começaram a telefonar para perguntar quando ia sair o dinheiro: depois das férias; depois do Círio; depois do Natal e assim chegamos a 2011.

Em janeiro deste ano, dizem os interessados terem recebido confirmação da Dra. Filomena Mata que o dinheiro para o financiamento existia e ia sair. Na semana passada, porém, por telefone (nem por escrito o fizeram) comunicaram que não ia sair mais nada pois não tinham dinheiro. A culpa foi parar na costa da Presidenta Dilma.

Agora, aquelas pessoas que acreditaram no Monumenta e que gastaram dinheiro e tempo, o que devem fazer? O deposito caucionário vai ser devolvido com juros e correção monetária? Quem arca com as outras despesas?

Isso é seriedade? Quem é o responsável disso? De quem é a culpa? ... e os moradores, indignados, para onde devem correr?

Este é um triste exemplo de como cuidar do nosso Patrimonio...

Um comentário:

Waldir Cardoso disse...

O problema é a prefeitura que temos. Ou o prefeito que dá o tom de como devem se comportar os agentes públicos sob seu comando. Lamentável.