sábado, 27 de abril de 2013

MAS QUE RUA É ESSA?




Tem um monte de coisas importantes com que se preocupar, não é? E vou perder tempo com as placas de rua?”
Normalmente isso é dito por quem não se importa com nada. Tem outras pessoas, em vez, que não deixam passar nada desapercebido, por que acham que é de gota em gota que se enche o copo e deixando de lado as pequenas coisas é que se acostuma a ‘não ser cidadão’, é  que acabamos nos tornando cúmplices  de uma série de malfeitorias na cidade .

Uns meses atrás, notamos, ao ler a Lei Ordinária N.º 7806,    30 DE JULHO DE 1996. Delimita as áreas que compõem os Bairros de Belém e dá outras providências,  que algo estava errado  na delimitação de alguns bairros. Levantamos o problema, porém, somente da Cidade Velha. Saiu até no jornal, mas o jornalista que tinha acolhido nossa denuncia, teve que pedir desculpas,  tirando-nos a razão, porque algum letrado lhe disse que não era verdade.... A lei continua ai para ser examinada e verificado o erro por nós levantado.

Cabe lembrar aqui que, durante a ultima campanha eleitoral convidamos para uma  Conversa, os pré-candidatos a Prefeito de Belém. Foi no dia 27 de junho de 2012. Cinco foram os candidatos que se apresentaram, entre eles o atual Prefeito. O argumento a ser discutido se resumia nas seguintes perguntas:
1 - Como proteger, defender e preservar o Patrimônio Cultural de Belém?
2 - Qual a sua proposta de políticas públicas para o centro histórico de Belém?

Na ocasião foram levantados pela sociedade civil, problemas relativos aos seguintes argumentos:
- RONALDO SILVA, músico, pesquisador, sociólogo e um dos fundadores do Arraial do Pavulagem, de forma envolvente, nos falou sobre Cultura Popular e a Utilização do Espaço Público;
- CLEBER CASTRO
, Professor do IFPa, lembrou de modo claro A importância do turismo patrimonial para a cidade de Belém
- ROSE NORAT
arquiteta e professora, com evidente conhecimento falou sobre a necessidade  de resolver questão da reabilitação das áreas centrais e das políticas habitacionais para prédios históricos
  DULCE ROSA  ROCQUEeconomista e presidente da Civviva, através do exame, principalmente, do Código de Postura demonstrou o costume local da inaplicação das leis em vigor.

Ao concluir minha intervenção pedi ao futuro vencedor das eleições, o seguinte:
- que fosse  feito, logo após a posse do vencedor,  a regulamentação do PDU, do Código de Postura e demais leis que necessitavam de tal ato para poderem ser aplicadas;
- que fosse feito um ‘curso de atualização’ imediatamente após a emissão de tais atos, aos funcionários que trabalhavam com as leis em questão;
- que fossem colocadas placas nas ruas com seus respectivos códigos postais e possivelmente quem eram as pessoas ou o que significavam aquelas datas;
- que a sinalização das ruas, segundo o Código do Transito também fosse feita;
- que, principalmente as praças da Cidade Velha, não fossem usadas para concentração de blocos carnavalescos....

Pois bem, devemos admitir que, nos casos acima, até que fomos ouvidos. Aliás, fizeram até mais do que pedimos, em alguns casos, mas...a pressa nem sempre é boa conselheira.

Neste momento queremos falar somente das placas de rua. Em meados de fevereiro acordamos uma bela manhã e vimos a Praça do Carmo com sua nova placa. Tinha voltado a ter nome...e basta.

Ao sair, notamos que outras ruas também estavam com placas. Aquelas vermelhas tinham sido substituídas pelas novas: azuis. Infelizmente, em vários notaram também os erros: de escritura, de localização, indicação de bairro errada e assim por diante.... e a falta daquele numero (CEP) que é obrigatório  por nas cartas para identificar a localização da rua no bairro.


Começaram então a chegar noticias de “erros crassos”, diziam nossos com-cidadãos, que, caso tivessem sido feitos anteriormente, não foram consertados...  
- no canto da 16 de Novembro com a Praça Felipe Patroni, o órgão público que ali se encontra tem no seu muro duas placas: 16 de Novembro e Desembragador Ignacio Guilhon. Qual é a justa? Como permitir isso?
- A travessa Felix Rocque (escrita sem o “c”) está sinalizada sendo no bairro da Campina;
- a placa da Praça de Batista Campos no lado da Mundurucus, resulta encontrar-se no bairro do Jurunas;
- e a Antonio Ervedosa  (não é Everdosa?)
 - etc., etc., etc.,

Esta nota deve se acolhida como uma critica construtiva. Só pedimos mais atenção a quem está trabalhando com intenção de melhorar a nossa cidade.
Queriamos, e continuamos querendo, colaborar... mesmo 'perdendo tempo com coisas pequenas'.


Dulce Rosa de Bacelar Rocque
Presidente Civviva

Um comentário:

Miguel disse...

ATENÇÃO: Arquitetos, urbanistas, preservacionistas= ESTÃO TENTANDO FECHAR MAIS UMA JANELA PARA O RIO....NA CIDADE VELHA....TRAVESSA FÉLIX ROQUE(antiga Travessa da Vigia) COM O RIO......e depois reclamam de nossa cidade e dos governos !

....quem ama, cuida !....pior quando as autoridades,
sabedoras, não agem !?