A CIVVIVA,
em suas lutas em defesa do patrimônio histórico, tem contatos com servidores
públicos seja municipais, estaduais que federais. Descobrimos certas
discrepâncias entre esses órgãos que, não somente prejudicam o patrimônio, mas
os cidadãos também.
Vamos dar
alguns exemplos:
- O Supremo
Tribunal Federal (STF) decidiu que o servidor público deve receber, pelo menos,
o valor de um salário mínimo mensalmente, atualmente de R$ 1.212,00. Essa
remuneração mínima independe da quantidade de horas trabalhadas. O servidor tem
direito a ganhar essa quantia ainda que cumpra carga horária menor.(AGOSTO
2022)
- Ontem
ouvimos que o presidente desse STF vai chegar a receber R$46.000,00 por
mês....., com direito a efeito cascata, que beneficiará outras categorias de
servidores públicos, com certeza.
- No âmbito
dos governos estaduais, porém, há pessoas com boa formação acadêmica,
selecionados por concurso público, que por exemplo, recebem agora R$3.000,00
mensais, para fazer parte de uma Orquestra Sinfônica estadual.
- No
município há trabalhadores com baixos salários desatualizados há anos, alguns
abaixo do salário mínimo .
Esse fato, o
da remuneração entre esses três níveis de governo, fomenta uma injustiça que
não vemos ninguém levar em consideração, visto que todos são cidadãos
brasileiros, e merecem equidade de tratamento, respeitadas com senso de justiça
as peculiaridades de formação acadêmica.
O
comportamento nos vários campos de trabalho, durante a COVID, é outro absurdo.
Alguns concursos públicos nacionais, permitem que sejam candidatos mesmo se residem em cidades de outro estado. Porém, o
servidor público aprovado pode assumir um cargo em Belém, mesmo morando no
Amapá, Paraná, Acre, ou Rio Grande do
Sul...????
Segundo o
que tivemos conhecimento recentemente "tendo filho menor de 2 anos, por
determinação da PGR, é permitido que a servidora resida na sua cidade de origem
em decorrência da pandemia de COVID.” (2022)
Desse jeito,
alguém que foi aprovado num concurso em Belém, pode continuar morando na sua
casa em outro estado, por exemplo... Assumiu, mas as tarefas de sua
competência, como são tratadas, afinal? E o respeito aos cidadãos que
demandam os serviços, e às vezes têm urgência? Se isso é possível, por que
ainda não designaram outro servidor público para substituí-la?
Quem tem
filho e trabalha numa orquestra, será que tem essa facilitação? Porque tantas
vantagens injustificadas garantidas em lei a certas categorias de servidores
públicos e a outros não? Seria justo e constitucional o próprio poder público
fomentar a injustiça social em nome de uma suposta e injusta tradição? Essa
situação teria relação com o nível de civilidade da sociedade brasileira? Não
seria o tempo de nos livrarmos do atraso civilizatório?
Comparando essas discrepâncias, se nota quanto é desrespeitoso o tratamento das várias categorias de trabalhadores. Além do fato que, não prejudica somente o cidadão que trabalha, quiçá insatisfeito, mas também aquele cidadão que necessita e espera a resolução de suas demandas.
Como criar garantias sociais que mitiguen essas desigualdades... e que nos devolvam a confiança ...
Como desejar, honestamente, Feliz Natal, a esses (e outros) cidadãos desrespeitados?
4 comentários:
POrque será q nao aparecem os comentarios...
Será tem hacker de novo por ai?
Verdade, distinta amiga e guerreira do Bom Combate, Dulce Rocque. Não aparece nenhum vereador para apresentar algum projeto na Câmara Municipal de Belém para corrigir tais anomalias e injustiças contra o servidor público municipal.
São tantas as injustiças e mau funcionamento nos órgãos municipais que nem sei por onde começar e o que criticar. Talvez não seja um Tá Selado que resolva isso, mas um senso de responsabilidade administrativa que garanta o funcionamento correto e regular dos conselhos municipais, paras começar. E, também, a maturidade do eleitor para eleger vereadores que defendam os interesses da cidadania. De resto, no varejo, só acontecem casuísmos frustrantes.
Tomara que a nova gestão de Lula implemente um programa nacional e permanente de alfabetização política, para que seja minimizada a chance de o povo, sem consciência política, continuar votando, elegendo pessoas que não atendem as demandas do interesse coletivo.
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