quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

OBRIGADA


O NATAL PASSOU E SE APROXIMA O ANO NOVO.

A CIVVIVA agradece aqueles que  ajudaram os cidadãos, em algum modo e como puderam, a viverem melhor. Exemplo:
- a Guarda Municipal e a
- a Policia Militar.

Aqueles, invisiveis, que nunca recebem elogios nem agradecimentos, como os:
- lixeiros,
- garis e

- carteiros.

O trabalho de todas essas pessoas,  mal ou bem, são extremamente necessários, tanto que, quando eles param, o inferno da nossa vida, piora muito mais.... Reclamamos quando eles não aparecem, mas esquecemos deles, TODOS,  quando estão fazendo seu dever.

A CIVVIVA não tem condições de dar um panetone para cada uma dessas pessoas, desses herois anonimos  que cuidam do nosso entorno, do nosso viver melhor, mas os trabalhadores das fotos acima, tiveram esse direito, representando os demais. Eles comparecem, diariamente no nosso bairro, tentando deixa-lo limpo.... enquanto não chegam os desordeiros para fazer algazarra e sujar tudo de novo.

Eles, como nós, alem de desejar BOAS FESTAS A TODOS, esperam também que um pouco de educação seja acrescentada ao dia=a=dia de todos nós.

Desejamos  Boas Festas e agradecemos também a atenção a nós dada por todos os funcionários do MPF, MPE, CIOP, Policia Militar, Guarda Municipal, DPA, Secon, Semob e demais Secretarias municipais que ouvem nossas reclamações nem sempre conseguindo, porém, nos satisfazer.

Aos jornalistas, o nosso agradecimento pela atenção dada as  nossas lutas. A voces também, Boas Festas.

DESCULPEM, MAS A LUTA VAI CONTINUAR.

ATÉ O ANO QUE VEM.


                                    FELIZ ANO NOVO




segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

O PRÓXIMO CARNAVAL....


Esta manhã, fomos convidados para participar de uma reunião da SEGUP, sobre o próximo carnaval.A sala estava cheia de pessoas fardadas e não: deveria ser decidido como seria feito o próximo carnaval. 
As apresentações foram feitas: Guarda Municipal, DPA, Policia Civil, Secon, Semob, Fumbel, Civviva, e Liga carnavalesca da Cidade Velha, além do Cónego da Sé e dos representantes da SEGUP. Cerca de trinta e cinco pessoas.

A palavra foi dada ao representante da Liga, o qual, com estatisticas em mãos, entre outras coisas disse que:
-os moradores da Cidade Velha com mais de 60 anos eram 6% e com mais de 70 eram 5% dando assim a entender  que os outros que moram nesse bairro tombado queriam dançar o carnaval ali...;*
- para fazer o carnaval na Cidade Velha dia 4 de agosto, apresentaram o pedido e as documentações a Fumbel e Iphan, mas que por problemas internos desses orgãos, nada foi feito até dezembro;
  Falou também sobre o que seria feito para defender os prédios históricos;

- a que horas iam começar as atividades (14h) e a que horas iam acabar (18h sabado e 18,30 no domingo);
- mostrou a relação dos blocos com respectivas datas/horário em que passariam pela Cidade Velha dirigindo-se aos ...
-  locais fechados onde irão dançar; **
-  que tinham vários seguranças;
-  que mandaram fazer um mini trio elétrico cujo som saia para cima e não para os lados de modo a não agredir pessoas e coisas e que era mais baixo do que os 'bahianos';
- que iam colocar câmeras e indicaram a localização delas;
- e onde ficariam os banheiros e as ambulancias...
Aproveitaram para dizer  que vendem 'camisetas', não abadás (kkkkkk) para diferenciar do carnaval baiano (kkkkkk).

Muita coisa interessante foi dita, mas quanto ao combate da poluição sonora, aquela efetiva, aquela que ajuda a destruir nosso patrimônio, a quantidade dos decibeis que serão permitidos, nada foi esclarecido... Quando perguntamos a respeito, alguem respondeu que um determinado orgão ia decidir quanto aos decibeis... esperamos para dentro e para fora dos locais onde dançarão.


Os blocos autorizados a entrar na área tombada serão 17, dos quais somente tres ou quatros são do bairro, o que nos faz pensar que o desinteresse pela salvaguarda do nosso patrimônio não é somente de quem mora na Cidade Velha.


Esse 'desinteresse' pela nosso patrimônio e pela memoria do nosso carnaval começou quando autorizaram 14 blocos com trios elétricos e abadás, transformando a Praça do Carmo numa imitação da orla de Salvador. Quase não se ouvia musica carnavalesca. Nos quatro cantos da praça, automoveis com seus baus abertos tocavam, cada um, um ritmo diferente...e altissimo. O caos era impossivel descrever.


Clarissimo ficou, que não tinham vindo até ali defender o nosso patrimônio ou relembrar nosso carnaval. Blocos com mascarados e bandinhas, praticamente, somente o do Eloy e o do Kaveira. A incivilidade abundava em todos os sentidos. Não se tratava somente de poluição sonora: desrespeito com a propriedade alheia se verificava em todas as ruas. Os blogs da Civviva registraram o que acontecia então.

Os moradores da praça começaram a passar o fim de semana longe das suas residencias.

De qualquer jeito, foi dado um grande passo a frente, hoje, na tentativa de não agredir, como nos ultimos anos,  o nosso patrimônio, mas quanto a nossa memória histórica...não foi colocada em discussão.como gostariamos. 


O representante do DPA foi bem claro ao lembrar que, o não respeito do que foi combinado, ia ser punido: quem desrespeitasse o que tinha sido decidido, não teriam uma segunda oportunidade. Pediram esclarecimentos sobre o 'mini trio elétrico" e se foi colaudado: a Liga ficou de apresentar toda a documentação.


Ficou clara a necessidade de propagar as informações relativas a retirada de veiculos do meio fio, nas ruas por onde passarão os blocos, nos fins de semana desse pre-carnaval. A Liga promete que tomaria providências a respeito.


Concluindo, o Coronel Artur decidiu unificar o horário de encerramento das concentrações: seja sábado que domingo será as 18,30 horas e, quanto ao percentual de 'velhos' no bairro, disse que 'bastaria a existencia de um somente para que  seus direitos tivessem que ser garantidos'... e deu por encerrada a reunião.


Um próximo encontro vai ser feito entre os técnicos dos orgãos públicos e os carnavalescos da Liga para verificarem as instalações e o que mais for necessário para que tudo corra bem.


A proposta feita não é o ideal, restam ainda algumas dúvidas e receios, mas não ouvimos uma pergunta ou sugestão sequer, por parte de quem deve, por lei, salvaguardar, proteger, defender e preservar nosso patrimônio histórico. Vamos esperar o resultado dessa proposta para voltar ao argumento.


Para defender nosso Patrimônio Histórico, uma outra reunião deveria ser feita, mas bem antes do carnaval e com pessoas interessadas principalmente na defesa do patrimônio.

Agradecemos a Segup pelo convite, parabenizamos pelo modo de conduzir a reunião  e pela disponibilidade de sempre.


QUE TENHAMOS BONS RESULTADOS: BOM TRABALHO.

* A estatística se baseava no bairro inteiro, mas o carnaval querem fazer so na área tombada. Seria mais honesto se  a estatística fosse feita na área interessada, para vermos se essa quantidade de 'velhos' permaneceria assim tão baixa.
** Não foram relacionados os 'locais fechados" onde dançarão, o certo é que, os mais conhecidos,  de "área fechada" tem bem pouca, portanto a poluição sonora como será debelada...abaixando o volume das bandas???
*** Quem garante que atras do Palacete Pinho NÃO VAI TER  POLUIÇÃO ?

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

"Casa Ferro de Engomar" e a necessidade de transparência


O abandono de nosso patrimônio histórico não é somente na Cidade Velha. Em outras áreas, tombadas ou não, vemos  prédios históricos em estado de abandono e  nunca sabemos a situação legal de tais peças que fazem parte da nossa memória.
Notamos estes dias que estão mexendo no prédio da Fabrica de Guaraná Soberano. Não sabemos se é vandalismo, roubo ou restauro. Não vimos nenhuma placa. Agora este outro...

É o caso de relembrar, pois está para fazer aniversário, o que aconteceu com um prédio situado na praça Coaracy Nunes, mais conhecida como Ferro de Engomar. Eu o tinha visitado no ano anterior e avisado o MPE...que não encontrou o endereço, porém. Aqui uma nota a respeito, do dia 29 de janeiro de 2012:
http://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com.br/2012/01/desgraca-anunciada.html

A noticia se espalhou pelo Brasil e de Minas Gerais recebemos e publicamos dia 14 de fevereiro a nota de Artur Vitor Ianini:http://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com.br/2012/02/carta-aberta-sobre-nosso-patrimonio.html
Ele nos dizia:" O palacete Victor Maria da Silva foi comprado há poucos anos, por uma empresa (Esplanada), cujos novos donos sabiam do valor artístico e cultural do prédio,(devido ao Processo de Tombamento da SECULT), mas, infelizmente, eles são empresários sem vínculo e interesse com a nossa História, e foram insensíveis à arte e a beleza desse monumento."
Não sabemos se a Secult ja concluiu o processo de tombamento.

Dia 22 de fevereiro daquele ano, escrevemos aos Exmos. Srs. Procuradores:
-Dr. José Augusto T. Potiguar                             c.c - Dra. Dorotéa Lima
-Dr. Alan R. Mansur Silva                                          Superint. IPHAN
-Dr. Benedito Wilson Correa de Sá                         - Dr. Carlos Amílcar
-Dr. Newton Gurjão das Chagas                                 Presidente da Fumbel,
-Dr. Raimundo Morais                                              - Dr. Paulo Chaves
                                                                                      Secr. de Cultura do Estado
http://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com.br/2012/02/vigilania-civil-sobre-nosso-patrimonio.html

Logo recebemos noticias do processo e  o publicamos no dia 23 de fevereiro:
https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com.br/2012/02/processo-casa-ferro-de-engomar.html

Oficialmente, nada mais soubemos, mas, sobre a multa que lhe cominaram, fomos informados em 2015  que nunca tinha sido paga...
Este ano alguem nos comunicou:  Visualizei o processo na página da justiça federal, segundo a qual, o processo foi remetido para a Comarca de Sobral-CE e encontra-se parado desde 2015. Enquanto isso a destruição do Palacete continua." ...e  ninguem faz nada?

Hoje, passando pela Presidente Pernambuco, notamos algo diferente. As janelas estavam pintadas...e nos pareceram diferentes.

Não somente precisamos de TRANSPARÊNCIA, mas de FISCALIZAÇÃO também.

AS DENUNCIAS SÃO FEITAS E NINGUEM SABE  COMO ACABAM OS PROCESSOS OU AS PROVIDÊNCIAS POR ACASO TOMADAS. Não seria o caso de fazer publicidade dos resultados obtidos? DE DAR ALGUMA RESPOSTA AO MENOS NOS PRÓPRIOS SITES?

A FUMBEL e o IPHAN, não tem obrigações a respeito? E o MPE??? Será somente falta de mão de obra?

Estas notas que publicamos aqui não servem como informação a esses orgãos? Temos que ir la protocolar??? As mails com nome dos servidores públicos para que servem? Não podem ser usadas para receberem e  tomarem providencias sobre o argumento?

A  Dra. Dorotea, ex Superintendente do IPHAN, costumava responder imediatamente. Sentimos falta desse tipo de civilidade.


terça-feira, 5 de dezembro de 2017

FABRICA DE GUARANÁ SOBERANO


A proposito de perda do nosso patrimônio histórico: algo ficou registrado.

Em 2008 a Associação Cidade Velha Cidade Viva organizou juntamente com o jornalista Osvaldo Coimbra, uma Oficina Escola de Escritores que resultou na publicação de um livro  sobre o primeiro bairro de Belém. (http://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com.br/2008/12/o-livro-est-saindo.html).

Em tal  livro temos um artigo escrito por Walter Luiz Jardim Rodrigues,  "OS ENCANTOS DO SOBRADO SOBERANO", onde  ele nos fala da antiga  sede da fábrica de Guaraná  Soberano, toda de azulejos, situada na Cidade Velha.


Num determinado ponto de seu conto Walter escreve "… O rio Guamá aos fundos a exalar lembranças de antepassados aventureiros enquanto um crepuscular, resignado vento lasso lambia o calçamento em calcário de lioz da estreita e aportuguesada Rua Norte à Freguesia da Sé. As luminárias aguardavam mais uma arejada noite a fim de exercerem suas funções. E, de repente, a imagem daquele soberano sobrado datado do final do século XVIII. Suas medidas: 2.200m², fixado em um lote regular de aproximadamente 14 m de largura e imensa profundidade a fazer limite com o rio Guamá, uma imponente construção que se aproveita de cada milímetro do terreno, alinhando-se, impecavelmente, à via pública.

Propriedade primária de Engenheiro Olympio Leite Chermont, filho de Antônio Lacerda, o Barão e Visconde de Arary, o prédio é composto de três etapas distintas: a parte frontal, com fachada à Siqueira Mendes; a parte posterior, com fachada ao rio Guamá e a ala central, responsável pela união das duas citadas partes. A fachada principal desfila pomposa em um neoclassicismo que, apesar de tardio em Belém, fora bastante expressivo devido aos exorbitantes lucros obtidos pela borracha no mercado internacional. Inúmeros retoques foram feitos nessa fachada sem que esta perdesse sua configuração original, embora em maior escala tenhamos hoje o ecletismo. Já a fachada posterior, nos inspira sonhos de mil e uma noites com suas linhas rígidas e portas e janelas com vãos em arcos abatidos lanceolados. Observável influência mouristica."

Ele continua descrevendo em detalhes, essa que era uma das tantas fabricas de guaraná que existiam em Belém no inicio do século passado. Dela tinhamos esta visão, e  no medalhão liamos 
“FABRICA SOBERANA HILARIO FERREIRA & CIA., LTDA”.

 "No ano de 2007, Hilário Ferreira fora homenageado pela Assembléia Legislativa do Estado com o título “Cidadão do Pará Pós-mortem” em reconhecimento ao importante papel que exerceu a indústria local."  Conclui, Walter o seu artigo.


Essa a visão geral da fábrica em 2008.  Podemos notar, entre a primeira e a ultima porta duas águias de ferro, são as luminárias que enfeitavam a frente da fábrica e que desapareceram este ano. 


Sobraram apenas os buracos de apoio a tal enfeite.


Recentemente notamos a falta de todas as vidraças das janelas do andar superior.


Enfim, pouco a pouco vemos desaparecer, da fachada do prédio, suas partes mais importantes.

Até quando os azulejos serão respeitados?
Não existe nenhuma placa indicando trabalhos em ato.

Tal prédio não resulta tombado individualmente, mas é tombado em ambito municipal e federal. No caso do municipio pela categoria e de Preservação arquitetonica integral. O tombamento do Centro Historico por área inclui os bens que o integram, mas mesmo assim não vemos tomarem providencias. 

Historicamente falando, "...a importância dessa indústria para o Estado, tanto no aspecto social, econômico, cultural. é inquestionável."

VER TANTO  DESLEIXE OU DESINTERESSE PELA SALVAGUARDA DO NOSSO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DEIXA TODOS INSATISFEITOS COM ESSE TIPO DE GESTÃO.


PS: Caso estejam consertando a fachada, não é prevista uma placa informativa da autorização dos orgãos competentes?