domingo, 28 de março de 2021

PANDEMIA: LEMBRETE AOS VACINADOS

 


        CAMPANHA DE ESCLARECIMENTO

           A QUEM JA ESTÁ VACINADO 

              

Precisamos lembrar que vacinados também se infectam e transmitem.

As pessoas cultivam noções equivocadas do que seja uma vacina.

E isso é fator que também aumenta o risco.

Vacina não é escudo.

É instrumento de ação coletiva para conter a circulação do virus.

Mas se as pessoas vacinadas relaxarem, se aglomerarem, arriscam de pegar e transmitir. 

Mesmo tendo menores chances de adoecerem gravemente, as pessoas ja vacinadas podem 

adoecer e, de todo modo, transmitir e contribuir para o surgimento de novas variantes.


Os tres niveis de  governo bem que poderiam 

fazer campanhas esclarecendo tais possibilidades.






quinta-feira, 18 de março de 2021

PAULO CHAVES POR OSWALDO COIMBRA

Tem opiniões e opiniões. Algumas, porém, com exemplos concretos e visiveis.

Paulo deu motivo para tantos tipos de opiniões...

PAULO CHAVES

Na ocasião, eu estava responsável por um grande projeto de pesquisa sobre Cinema na Amazônia, desenvolvido para o CNPq. Por isto tive de entrevistar Déa Castro, então, nomeada por Paulo Chaves, no comando da Secretário Estadual de Cultura, diretora do Museu de Arte Sacra. Ela havia colaborado na produção de Um Dia Qualquer, de Líbero Luxardo. Seu marido, Hélio Castro, foi o protagonista do filme. Déa, do alto de seu cargo, havia elaborado uma visão do desenlace da crise surgida entre Paulo Chaves e parte do clero de Belém revoltado contra a transformação da Igreja de Santo Alexandre em parte de um museu - o que ela dirigia. Ao final da entrevista, ela contou como tinha sido contornada aquela crise:
"Numa reunião com Paulo Chaves, ele me disse: - Me entendo facilmente com o padre, secretário do arcebispo, porque ele gosta das duas coisas de que eu gosto: dinheiro e mulher".

Déa não teria porque inventar esta história que, do meu ponto de vista, retrata aspectos relevantes do perfil de Paulo Chaves. Não estou revelando somente agora o que ela contou. Já havia relatado isto, antes, em rede social, quando Paulo podia se manifestar a respeito. E quando ele queria, se manifestava, como eu bem sabia. Porque houve momentos, durante o longo reinado dele no principal órgão da cultura do Pará. em que reagiu, em entrevistas, às críticas feitas por mim, como jornalista, dizendo que eu "não gostava dele". O motivo que alegava: ele havia aceito um parecer polêmico, com desdobramento na Justiça, graças ao qual foi vetado pela SECULT a publicação de um de dois dos meus livros apresentados ao órgão. Era a visão dele àquilo que, depois, escrevi sobre a imensa concentração de dinheiro público feita por ele em algumas pouquíssimas obras de restauração no acervo arquitetônico de Belém, composto de mais de 2.000 imóveis, enquanto a maior parte deste patrimônio maravilhoso se deteriorava.

Uma decisão dele foi particularmente escandalosa: a de mandar derrubar o muro do Forte do Castelo, de mais de 150 anos, sem levar em conta as opiniões contrárias dos técnicos dos institutos de preservação do Pará.

É possível vislumbrar algum mérito nas gestões de Paulo Chaves? É. Na minha opinião, ele demonstrou o imenso potencial para o desenvolvimento do turismo cultural do Pará, com consequente geração de empregos, existente quando o Estado cuida bem de seu patrimônio histórico. Mas fez isto com espírito extremamente elitista, grande dose de vaidade - basta lembrar que ele renomeou obras seculares restauradas para parecerem realizações dele (o cais do porto, virou Estação das Docas, o Hospital Militar, Casa das Onze Janelas, o antigo convento, Polo Joalheiro etc). E, o que é pior, espalhando desconfiança e ressentimentos - dos quais tinha consciência, tanto que atribuía a mim este sentimento - quanto à correção ética de algumas das suas decisões e atitudes.

Um dia terá de ser revisto, por exemplo, como ele tratou o jovem arquiteto Daniel Campbell - já falecido, cujo nome foi dado pela Faculdade de Arquitetura da UFPa a seu auditório - quando Daniel ganhou o concurso com o projeto que deveria ter sido executado na recuperação dos Cais do Porto de Belém.

Por fim um lembrete para quem acha que Paulo Chaves, como agente público, não pode ser julgado, depois de morto. Se esta impossibilidade, de fato existisse, tornaria inviável a existência da História, como área de estudos e de registro do passado da Humanidade.

O que, obviamente, ninguém pode fazer é entrar no âmbito da vida particular de outra pessoa, esteja ela viva ou morta.

Da minha parte, como jornalista-pesquisador que dedicou duas décadas à recuperação da memória dos construtores de Belém, não tenho nenhuma dificuldade em repetir aqui e agora o que disse e escrevi enquanto nas mãos de Paulo Chaves esteve entregue a distribuição na área da Cultura dos recursos gerados pelos impostos pagos pelos paraenses.



(Ilustração: A Igreja de Santa Alexandre, construída pelos jesuítas, a partir dos anos de 1600, perdeu suas funções religiosas, por decisão de Paulo Chaves, para se tornar anexo do Museu de Arte Sacra, como passou a ser chamado todo o conjunto monumental religioso do qual ainda faz parte o antigo Palácio do Arcebispo)

OSWALDO COIMBRA é jornalista, escritor e pesquisador.

quarta-feira, 17 de março de 2021

PAULO CHAVES POR PEDRO GALVÃO

 Recebi do amigo Anastacio Trindade ...

UM ARTIGO DO PEDRO GALVÃO SOBRE O PAULO CHAVES. 

ESTÁ COMIGO DESDE  2019

É O QUE PENSO:

Pare e pense

Poetas, seresteiros, namorados, correi. É chegada a hora de parar pra pensar.

Tomara que este apelo sensibilize os artistas, compositores, atores, dramaturgos,  pintores e ativistas culturais que estão à frente – ou atrás – do movimento que exige a cabeça do Secretário de Cultura, Paulo Chaves Fernandes. A tirar pelas declarações à imprensa e nas redes sociais, esse é o item número um da sua pauta de reivindicações.

É uma forma de peitar o Governador Simão Jatene. Isso é intransigência, irmãozinhos. Será que é a maneira mais inteligente de negociar com um governante que, nos tempos da Lunik 9 de Gilberto Gil, foi também compositor e seresteiro?

A participação e a ação política são desejáveis e necessárias. Delas nascem os avanços e as mudanças. E o mesmo poderá acontecer agora, se as interferências político-partidárias, as questiúnculas pessoais e os pequenos ódios provincianos não atrapalharem.

Quais os argumentos dos desafetos de Paulo Chaves? Dizem que ele está há vinte anos na Secult sem nunca democratizar o acesso à arte e à cultura. E que seus projetos são elitistas, excludentes, megalomaníacos, personalistas. Menos, pessoal. São 14 anos. Com uma interrupção  de quatro, sobre a qual nem é bom falar. E seus projetos, se me permitem a opinião, não são nem elitistas nem etc.  

Mas vamos por partes. Primeiro a cabeça, que é o que a turma está exigindo.

Deveriam ser sete. Porque sete são as cabeças que tocam a política cultural do governo do Estado: Alex Fiúza de Melo, Secretário de Promoção Social,  e, subordinados a ele, o Paulo, na Secult, Nilson Chaves , no Centur,  Ney Messias, na Secom, Adelaide Oliveira, na Funtelpa,  Dina Oliveira, na Fundação Curro Velho, Fábio Souza no IAP, Paulo José Campos de Melo na Fundação Carlos Gomes. O diacho é que a turma só quer a cabeça do Paulo. Então vamos lá.

Será elitista uma cabeça que, na Secult, editou 39 CDs de música popular paraense e 9 de música erudita, mas também paraense? Trabalhos de artistas como Verequete, Nego Nelson, Waldemar Henrique, o pessoal do Carimbó de Marapanim, Paulo André, Pardal, Waldemar Seresteiro, Lucinha Bastos e os chorões do Bar do Gilson, Mestre Catiá, Sebastião Tapajós,  Antonio Carlos Maranhão, Choro Paraense, Charme do Choro, Andréa Pinheiro e Galo Preto, Salomão Habib, o CD duplo Pontos de Santo, Altino Pimenta, Wilson Fonseca e muitos outros.  

Será excludente uma cabeça que realiza a Feira Panamazônica do Livro, levando milhares de pessoas todo ano ao Hangar, que também idealizou e construiu, colocando a população em contato com escritores e artistas, em shows e eventos? Que realizou Arrastões Culturais em Bragança, Paragominas e Soure? Que editou sessenta e tantos livros e álbuns importantes para a nossa cultura e a nossa história (como o lindo “Belém da Saudade”, a “História do Carnaval  Paraense”, do Alfredo Oliveira, livros sobre cordões de pássaros e sobre Dalcídio, Francisco Paulo Mendes e Benedito Nunes)?  

 Julgue você mesmo. Paulo realizou obras como a primeira grande restauração do Ver-o-Peso, criou a Feira do Açaí e abriu a ladeira do Castelo.  A restauração do mercado de São Braz. A reinvenção da Praça da República, em 1985, que ficou mais bonita do que jamais fora. Restaurou a Praça Batista Campos, o Largo de Palácio, o Largo da Sé com a Casa das Onze Janelas, a igreja de Santo Alexandre (mais bela do que nunca), o Museu de Arte Sacra e o Forte do Presépio. Pensou e construiu a Estação das Docas e o Mangal das Garças, hoje inseparáveis da vida da cidade. E quanto ao teatro? 1) Na Estação, construiu o Teatro Maria Sylvia Nunes, mais um anfiteatro e o Palco Móvel onde artistas se exibem todo dia. 2) Devolveu à cidade, restaurado, o Teatro Waldemar Henrique, que antes era agência bancária e de turismo. 3) Fez o Parque da Residência e nele construiu o teatrinho e a Estação Gasômetro. 4)  Realizou a minuciosa restauração do Theatro da Paz, com toda a sua destinação para óperas e concertos, mas também para teatro e outras artes cênicas.

Será que tudo isso é megalomania? Então, que venha mais!

Depois de Landi e Antonio Lemos, creio que ninguém fez tanto pelo patrimônio arquitetônico, urbano e cultural desta cidade. Não é estranho que seja justamente essa cabeça que o movimento quer? Querem a cabeça. Deveriam querer um corpus, um corpo de idéias e projetos que ajudem a tornar mais bonita, rica, generosa e criativa a nossa cena cultural.

E aí, nesse momento, tenho certeza de que Simão Jatene jamais se negará a pegar seu violão para atravessar a noite cantando e pensando, com toda essa turma talentosa, até o raiar do dia em que vamos caminhar abraçados. Como os irmãos devem caminhar.

                                                            XXXXXXXXXXXXXX

Pedro Galvão é publicitário e, de vez em quando, comete os seus poemas.









terça-feira, 16 de março de 2021

O LOCKDOWN E A NECESSIDADE DE FISCALIZAÇÃO

 

Começou na semana passada a presença constante da PM a partir das 21h, na Praça do Carmo fazendo respeitar as normas para evitar aglomerações. Sem a presença deles, o anfiteatro continuava sendo usado como campo de futebol, com público, inclusive. Todos sem máscara, até os skatistas que por ali apareciam.

As igrejas, presentes em tres praças da área tombada, também devem ser fruto de fiscalização, para o bem, seja dos religiosos que dos credentes.

Hoje, inicio do lockdown, durante o dia inteiro vimos, regularmente, a presença d Policia Militar, seja com viaturas,  motos, ou a cavalo, controlar o respeito do lockdown na Cidade Velha. Isso era necessário, senão continuariam, todos, a ignorar as decisões do Governo do Estado, visando reduzir os casos de Covid-19 na região.











 



A conscientização do povo relativamente as medidas obrigatórias são determinantes para um bom resultado.  A população precisa entender a gravidade desse virus. Mesmo com tanta gente morrendo ainda tem aqueles que não acreditam, e contrariando as normas so prejudicam as tentativas  de freiar a pandemia.

Se não forem fiscalizadas tods as atividades, em todos os bairros, infelizmente, não teremos o resultado esperado. A restrição na circulação de pessoas e o funcionamento apenas dos serviços considerados essenciais, são medidas extremas, mas necessários a fim disso.

Não é de todo dia, ver o anfiteatro da Praça do Carmo, livre de jogadores de futebol.... e portas e cancelos não serem alvo de boladas. A fiscalização  deve, durante o período de lockdown, ser severa e permanente em todos os locais dos vários bairros, principalmente a causa da defesa da nossa saúde. 

É necessário que o descumprimento das normas seja penalizado a fim de educar, todos, ao respeito de tão necessária providência. 

Na nossa realidade as sanções se tornam obrigatórias, como metodo educativo

 A Policia Militar está fazendo o seu dever.

 Que continui assim a fiscalização do respeito das leis.

 A responsabilidade é de todos.... vamos colaborar.

       Mais de  280.000 mortos é uma coisa absurda.


segunda-feira, 1 de março de 2021

DIREITO DE RESPOSTA...


Tomamos conhecimento, no ano passado, de que tinha sido criado em Porto Alegre (RS), em 10 de outubro de 2019, o Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro, o qual deveria reunir entidades da sociedade civil para fomentar a mobilização contra ataques promovidos contra o IPHAN e o Patrimônio Cultural Brasileiro.

Depois, lemos uma nota do prof. Antonio Augusto Arantes Neto que, no âmbito de tal Fórum, discursava sobre o “conjunto de instrumentos jurídicos, além das normas administrativas dele derivadas, formam um regime complexo de governança cuja implementação não apenas requer do gestor conhecimento especializado como, mais do que outros, repousa no princípio de participação, tanto do Conselho Consultivo do órgão, quanto das comunidades, cujos referenciais de pertencimento se pretenda fortalecer.” Com essa nota ele exigia um alinhamento a esses princípios. Alguns estados aderiram.

O Pará, enviou uma carta, sem assinatura nem referência a alguma entidade local em particular, apresentando “demandas e contribuições aos candidatos à prefeitura de Belém para o mandato 2021/2024, solicitando o compromisso, caso eleito, de considerar e atender às nossas reivindicações pela preservação e valorização dos bens culturais materiais e imateriais, e ambientais do município, manifestando a disposição deste Fórum ao diálogo.” 

Esta Associação, também disposta ao diálogo, através de seus blogs enfrentou alguns problemas da área tombada da Cidade Velha com os candidatos a Prefeito. Morando na área tombada,  os problemas são sentidos na pele e se tornam mais oprimentes e faceis de elencar, e assim fizemos:

https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2020/10/continuam-chegando-artigos-e-fotos.html

https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2020/09/3-para-os-candidatos-levarem-em.html

https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2018/10/e-mais-barulho.html  (11.09.2020)

https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2020/09/2-atencao-senhores-candidato.html

https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2020/09/1-atencao-senhores-candidatos.html

Achamos que chegou o momento de ter respostas a respeito dos problemas colocados seja por nós, que por quem escreveu em nome do mencionado Fórum.

Há poucos dias, esta Associação enviou ao Prefeito eleito Dr. Edmilson Rodrigues, algumas PROPOSTAS PARA A ÁREA TOMBADA DA CIDADE VELHA. A intenção foi aproveitar as sugestões e orientações dadas pela Lei Orgânica do Município (30/03/1990), nos seus artigos 108 e 116, onde insistem em estimular e sugerir a participação da comunidade no processo de planejamento do desenvolvimento urbano.

Tal participação deveria ser assegurada em todas as etapas do processo de planejamento da cidade, através de suas  organizações  representativas.

               
PS: não existem sanções, porém, para quem não respeita a LOMB.