terça-feira, 19 de janeiro de 2021

OBITUÁRIO: ANETE DA COSTA FERREIRA


Sócia da Civviva, esta amiga que vivia em Portugal ha mais de trinta anos, nos deixa orfãos. Fez questão de entrar na nossa associação e, mesmo de longe, ajudava como podia.

 Foi homenageada várias vezes em suas vindas a Belém. Tivemos o prazer de suas visitas quando aqui chegava e nos recebia quando iamos a Lisboa. Colaboramos em algumas ocasiões com sua produção e temos alguns dos livros que publicou.

 O ultimo contato escrito que tivemos com ela foi dia 28 de agosto de 2020, avisava de sua doença e falava sobre sua colaboração com a Para+, aqui de Belém. Tinha enviuvado ha pouco tempo e essa doença acabou levando-a para uma casa de saúde onde evitou todo e qualquer contato com amigos.

 Depois soube que queria voltar a viver aqui em Belém, mas desaconselhei. Começou o silencio. Insistimos por todos os meios de falar diretamente com ela nos ultimos meses, sem algum resultado.

Fica a saudade de uma amizade antiga e o reconhecimento da validade de todo seu trabalho sobre a Amazônia.

Será cremada neste sábado 23 de janeiro, às 14 horas de Portugal. 

                    

                    MISSA DE 7o DIA

 OS ASSOCIADOS DA CIVVIVA COMUNICAM QUE DOMINGO, 24 DE JANEIRO 2021 

SERÁ TRANSMITIDA  AO VIVO PELAS REDES SOCIAIS DA CATEDRAL DE BELÉM, 

AS 9HORAS DA MANHÃ A SANTA MISSA EM INTENÇÃO DA NOSSA AMIGA, JORNALISTA

 E ESCRITORA  PARAENSE, FALECIDA EM LISBOA NO ULTIMO DIA 18.

                     ANETE DA COSTA FERREIRA

http://www.facebook.com/catedraldebelem

https://www.youtube.com/catedraldebelem

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Transcrevemos esta triste noticia do Facebook de Edilson Mota:

Faleceu em Lisboa ANETE DA COSTA FERREIRA, paraense há cerca de 30 anos radicada em Portugal, onde integrou diversas organizações e associações culturais, históricas e literárias.
Dedicou todos os dias da sua vida em terras lusitanas a tratar das coisas e gentes da Amazônia.

Sua grande paixão histórica, a longa e demorada Expedição seiscentista de Pedro Teixeira, pouco conhecida fora da região amazônica e quase restrita a círculos de especialistas, rendeu-lhe livros, muitas publicações e reconhecimentos, inclusive sendo consultora histórica de um importante documentário acerca da viagem e vindo a receber honraria oficial do governo brasileiro, através do Ministério da Educação do Brasil, durante gestão de Aluízio Mercadante.

Desde que nos conhecemos, há mais de 15 anos, cruzamo-nos muitas vezes e, como seria inevitável pela partilha de interesses, nos tornamos amigos, nem sempre concordantes e algumas vezes em inequívocas e distintas posições. Mas sempre a combater nas mesmas trincheiras do cotidiano e da luta por repercutir as vozes do mundo amazônico, através dos mais diversos eventos, publicações, debates e assessorias "ad hoc", como é normal a quem esgrima por causas que se crê imperiosas.

Meus sinceros sentimentos à família e aos amigos de alguém que se dedicou a uma causa superior, desde quando muito poucos faziam-na atravessar fronteiras e divulgá-la à Comunicação Social portuguesa e europeia.

A biblioteca da beirã cidade de Cantanhede, terra de Pedro Teixeira, terá o privilégio de albergar sua pequena, porém significativa e intensamente anotada biblioteca pessoal de História da Amazônia, à excepção de uns dois exemplares que me foram ofertados por sua dona e que serão preservados com respeito e muito carinho. Sua obra continuará na memória dos tempos e de quem com ela privou.

Até sempre, minha cara amiga Anete!

PS.: Sabe, Anete, farás muita falta... Mana, o meu olhar para o outro lado do Tejo era, invariavelmente, pensar em ti, em onde estaria a tua casa e nos teus motivos de não voltar à Lisboa, onde vivias intensamente, mesmo com o avançar dos anos. Tua disposição para fazer e acontecer será invejável sempre. Já viraram anedota as tuas tentativas frustradas de falar comigo por telefone, mesmo sendo tu quem, por princípio, passou anos até comprar o primeiro telemóvel. Mas será mesmo o teu "Oi, Motta!" sonoro, bem disposto, qualquer que fosse a situação, o gesto que jamais esquecerei. Anete, até hoje, não comecei a usar a agenda de 2020 que me deste... por que será, não é?!

Foto: Profª. Adelina Amorim, Embaixador
Lauro Moreira
e jornalista Anete Costa Ferreira. Simpósio em comemoração dos 400 anos de Belém (12/jan/2016), organizado por Anete Costa Ferreira, no Salão Nobre do Palácio Foz, Lisboa.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

NOVIDADES NAS IGREJAS DO CARMO


Desde que começaram a falar do fechamento do Colégio do Carmo que as missas cantadas começaram a ser ouvidas até fora da igreja do Carmo. O movimento de veículos dos fies aumentava dia a dia. Os sinos começaram a tocar suas cem badaladas as 6, 9, 12, 15 e 18h.

Ontem durante a missa dominical, porém, todos os fiéis notaram, maravilhados e surpresos, as mudanças nas igrejas, quero dizer, inclusive na Ordem Terceira, onde, aliás, a intervenção foi muito maior.

A mudança do altar mor foi um choque para todos os presentes, que no fim da missa, andavam de um lado para o outro, admirados.



A  informação dada diz que foi o pessoal do Sementes do Verbo que mudou todas as imagens de lugar. Todas foram mudadas de lugar em ambas as igrejas.  Desceram o trono com a Imagem de N. Sra. do Carmo da Capela e está faltando a Capa do Santo.




Todos se perguntam o por que dessas mudanças, e, principalmente, se é uma coisa normal e possível numa igreja tombada.  Será que as mudanças foram por razões estéticas, somente?

Quem tem um vínculo religioso com essa igreja gostaria de ter respostas a respeito.

PS: alguns fieis se lembram quando retiraram imagens da igreja da Sé para levarem para a de StoAlexandre/Museu de Arte Sacra. Quando o Paroco notou, se aborreceu e impediu que continuassem.

Como valem as lembranças...BASTA SE INFORMAREM.


terça-feira, 12 de janeiro de 2021

PARABÉNS CIVVIVA

 


Em janeiro de 2007, no dia do aniversário de Belém, a Associação de Moradores da Cidade Velha iniciava suas atividades. Foi um incêndio no Beco do Carmo seguido de um encontro na Fumbel que nos levou a pensar em algo para  defender  nosso bairro.

Corria o mês de novembro de 2006 quando, a noite, em frente ao bar do S. Salomão começamos a recolher as assinaturas de quem estava de acordo com essa ideia. Depois começamos a pensar como seria o Estatuto e as ajudas começavam a aparecer.

No dia do registro da Associação no cartório, descobrimos quanto isso ia nos custar, mas  nenhuma das pessoas contatadas, incluindo as que tinham assinado a lista dos aderentes, se negou a colaborar. Padre Genaro, diretor do Colégio do Carmo, foi um deles, assim como alguns comerciantes da praça, além dos moradores do bairro e alguns de seus frequentadores.

Quando iniciamos a usar este blog, colocamos as cartas que escrevemos à Governadora ANA JULIA CAREPA, ao Prefeito DUCIOMAR GOMES COSTA, á Câmara de Vereadores, e as respectivas respostas. Abria o blog uma CARTA ABERTA DA CIDADE VELHA-CIDADE VIVA, com uma relação dos problemas que teríamos que enfrentar. https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2007/10/carta-aberta-da-cidade-velha-cidade.html

Em março de 2008 recebemos a visita do Comandante da Policia Militar, Hilton Benigno, para discutir ações concretas para o bairro. Em outubro entregamos quatro “bicicletas azuis da Civviva” para a PM garantir segurança aos moradores...e foi um sucesso. Muitos moradores participaram da compra das bicicletas e até Padre Gonçalo da igreja da Sé ofereceu uma delas. Nossos contatos com a PM continuaram com o Major Camarão, Monteiro, Barra, Garcia e outros, por alguns anos.

Em maio começamos a preparar a Oficina Escola de Escritores, iniciativa do nosso Laboratório de Democracia Urbana, e, do Grupo de Memória e Interdisciplinaridade, da Faculdade de Engenharia Civil, da UFPA. A oficina, ministrada pelo jornalista e escritor Oswaldo Coimbra, tinha como objetivo um livro de resgate da memória da Cidade Velha, que foi lançado no aniversário da Civviva em 2008. Outro sucesso.


Depois foi a Celpa a encher nossas ruas com absurdos “olhões”. Esta luta durou anos, pois somente em março de 2020 foi retirado o ultimo deles. Em todas essas lutas tívemos apoio e colaboração de outras organizações cidadãs.

A agua barrenta que saia das torneiras levou muitos moradores a providenciarem um “poço” no seu quintal e nós, a escrever a Cosanpa. As roupas brancas mudavam de cor..

Os problemas, porém, continuavam a aumentar, então, na campanha eleitoral para a prefeitura de Belém em 2012 decidimos conversar com os candidatos. Na sede do Conselho de Contabilidade do Estado do Pará realizamos  nossa Conversa com os pré-candidatos a Prefeito de Belém. 

Além dos candidatos que compareceram, tivemos a colaboração de RONALDO SILVA, do Arraial do Pavulagem que falou sobre Cultura Popular e a Utilização do Espaço Público; CLEBER CASTRO, Professor do IFPa, lembrou da A importância do turismo patrimonial para a cidade de Belém;  ROSE NORAT, arquiteta e professora, falou sobre a necessidade  de resolver a questão da reabilitação das áreas centrais e das políticas habitacionais para prédios históricose  a Presidente da Civviva, através do exame do Código de Postura e com exemplos, tentou demonstrar como eram inaplicadas as leis em vigor. https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2012/06/o-nosso-exercicio-de-cidadania.html.

Com o novo governo, o carnaval começou a ocupar um lugar de destaque negativo na Cidade Velha, acostumada que era com as bandinhas do Eloy e do Kaveira.  Chegaram os trios elétricos e um tipo de prepotência que não estávamos acostumados a ver nem durante o  carnaval. Até as músicas nada tinham a ver com o periodo carnavalesco. A poluição sonora tomou conta das ruas e, pouco a pouco, a PM deixou de nos convidar para as reuniões que decidiam como seria o carnaval. Quem defendia os moradores em tais ocasiões???

Com o passar dos anos outros problemas tivemos que enfrentar, como a tentativa de fechamento da trav, Felix Rocque, e o uso daquela construção inacabada e abandonada pelos Bechara Mattar, na entrada da Cidade Velha. O gabarito estabelecido para a Cidade Velha entrava em discussão, aliás, em ... desatenção. 

No meio tempo A Cidade Velha e a Campina tinham sido tombadas e para nós era um motivo a mais para  lutar contra a poluição sonora que invadiu o bairro. O Arraial do  Pavulagem tinha deixado de trazer seus arrastões reconhecendo os problemas que criava nessa área tombada... o  Auto do Cirio, em vez, aumentava os decibéis em frente das principais igrejas e prédios tombados que encontrava em seu percurso...esquecendo o respeito as leis e ao nosso patrimônio. Soubemos que com eles “é proibido proibir”...!!! Que ensinamentos...

...e por ai fomos, pisando em muitos pés com seus calos.  Aí, a questão do gabarito do entorno da área tombada volta a tona, com autorizações irregulares na área do Portal da Amazonia. Em 2019 o  Atacadão vira motivo de discussões e denuncias...até conseguirmos, ja em 2020, com a ajuda do IPHAN, que colocassem os balizadores na Praça do Carmo para  evitar que clientes dos locais da Siqueira Mendes, com seus carros caros, estacionassem no seu anfiteatro. Tentativas de furto de tais balizadores, porém, ja começam a ser denunciadas,  apesar das câmaras do CIOP existentes na Siqueira Mendes.

Nossas lutas são notadas.  A LEI Nº 9368 DE 23 DE ABRIL DE 2018  nos reconheceu ser de UTILIDADE PÚBLICA PARA O MUNICIPIO DE BELÉM. Uma surpresa agradável. Valeu deputada Marinor Brito. Agradecemos.

Neste aniversário da Civviva estamos, porém,  todos os moradores da praça do Carmo,  irritados, indignados e admirados com o que estão fazendo na praça que custou quase um milhão e meio para ser requalificada. Desportistas incivis estragam o entorno do anfiteatro e, apesar de todos nós termos tentado ter uma vigilância permanente, continuamos a ver enxames de mal educados destruírem algo que é de todos nós. Será que também com eles “é proibido proibir”?

Sabiamos que não seria coisa fácil defender a Cidade Velhamas não sabíamos que a luta não seria somente com os administradores pelo respeito das leis e dos cidadãos. Descobrir e ter que lutar  até com gente letrada que parece provar prazer em destruir bens públicos e/ou desobedecer as leis,  não é nada consolador.


...e desse modo, demonstrando o nosso  amor por Belém, através de lutas,  se passaram os primeiros quinze anos de vida da CIVVIVA.

domingo, 10 de janeiro de 2021

O USO DAS ESTRUTURAS PÚBLICAS

Esse é um bom tema para tratar num espaço público com todos os interessados: ou seja, COM QUEM NOS GOVERNA e com os órgãos de vigilância do território do Municipio de Belém.

Na verdade queríamos falar sobre equipamentos urbanos comunitários tipo as praças.

A nossa experiência é com a Praça do Carmo, a única praça da área tombada da Cidade Velha que tem mais de um par de moradores. Contando as crianças é capaz de nem serem vinte pessoas, as quais, porém, estão chateadas e indignadas com o “abandono” deste logradouro, após sua requalificação.

Todos sabemos que custou quase um milhão e meio (*) essa sua requalificação e que ficamos a espera da sua reabertura de março a novembro de 2020. Ninguem foi convidado, porém, nem para sua inauguração, nem para discutir as mudanças que fizeram...

Uma bela manhã, ou seja, no dia seguinte ao da retirarada do tapume, vimos chegar a banda da Guarda Municipal e umas vinte pessoas (no máximo), e finalmente, a praça ser inaugurada. Ninguém nem sabia de nada, nem da igreja, nem do Colégio do Carmo; tampouco, os moradores. Tanto foi assim, que o Padre se aproximou do busto  de D. Bosco no momento de sua inauguração, e  ninguém lhe deu a menor confiança. Se afastou da área e deixou-os rezaram sozinhos.. Então, o padre voltou para o Colégio, ... perplexo.

Não imaginávamos tanta rapidez para fazer a inauguração, pois, no dia anterior, tinham retirado todas as plantinhas dos canteiros, e amanheceram o dia  colocando outras. Enquanto faziam os discursos da inauguração, se via os jardineiros, agachados a trocar as plantinhas dos canteiros mais distantes.

Não se passaram ainda dois meses da inauguração, mas o matinho cresceu tranquilamente nos canteiros. Como removê-lo do meio das plantinhas já pisoteadas pelos jogadores de futebol e os recolhedores de manga? A máquina que os jardineiros usavam não evitava as plantinhas. Assim, três dos jardineiros agacharam-se e tiraram o matinho à mão. Depois, retiraram as plantas mortas e replantaram espaçadamente algumas das sobreviventes.











Paralelamente a tudo isso, nos informaram, também, que já estão tentando remover dois balizadores da praça, pela rua Siqueira Mendes. À tardinha, uma criança também tentava retirar, forçando e empurrando de um lado para outro, um dos balizadores do canto da rua Joaquim Távora, perto daqueles que os adultos já tinham mexido.  

Enquanto esses atos predatórios aconteciam no entorno do anfiteatro, dentro dele os skatistas e patinadores  aproveitavam para danificar os cantos dos degraus e da alvenaria que contorna os canteiros. A cêra que passavam já tinha escurecido, não somente os degraus,... e os cantos quebrados eram evidentes em todo o entorno do anfiteatro.











Os estragos causados pelo uso indevido desses e outros equipamentos, são o fruto, não somente da ausência de educação patrimonial e de vigilância permanente, mas também da falta de quadras poliesportivas, campo de futebol, e pista de "skate", que afugentem essa galera das praças ... ao menos daquelas tombadas. 

A Guarda Municipal apareceu algumas vezes, cerca de 9h da manhã, ocasião em que normalmente, os delinquentes dormem. Os agentes da GMB estacionaram suas motos em área proibida e ficaram conversando por uma meia hora, e depois foram embora. Não voltaram, porém, quando havia pessoas na praça. 

A Policia Militar, costuma estacionar sua viatura na rua Siqueira Mendes ou Joaquim Távora, e os policiais parecem nem notar que estão jogando futebol numa praça tombada, não adequada para essa função. Daí, recentemente, à noite, após a ocorrência de uma situação ameaçadora, a polícia foi chamada. Os policiais chegaram e agiram: o jogo de bola parou, mas  no dia seguinte os jogadores voltaram a delinquir, e ninguém apareceu para reprimir as depredações nas casas dos moradores e nos veículos estacionados ao redor da praça.Talvez até nem seja função deles cuidar disso...porém, de quem é?

Após esse fato tivemos um encontro com um preposto do Comando da PM, e sugerimos que em vez de estacionarem por horas, fizessem rondas regulares, e que tomassem então as devidas providências, caso necessário (jogo de futebol, skates e patinadores  que  costumam depredar, por exemplo). De nada adianta esses policiais ficarem parados em horários em que não costuma haver movimento de pessoas circulando na praça.

A cada dia todos os moradores ficam mais indignados com essa pouca atenção dada a Praça do Carmo. Não tem havido uma regularidade diária, nem permanente de rondas policiais. De nada adianta falar com skatistas, patinadores  ou jogadores de futebol: eles se comportam como  donos da praça, ostentando prepotência típica de quem é acostumado a delinquir.

Mesmo sabendo da falta de educação de expressiva parte da população belenense, não foi instalada nenhuma placa avisando para ”NÃO PISAR NA GRAMA”. Daí, todos pisam, caminham, e até posam para fotos, correm para recolher mangas ou para apanhar as bolas dos jogos de futebol, tudo sobre os canteiros e gramados feitos outro dia.

Em outros lugares do mundo, o dinheiro gasto com equipamentos de uso público são mais controlados, por segurança, evitando que os menos educados  estraguem os trabalhos feitos nos ambientes públicos. Várias são as praças públicas, porém, que possuem uma ou mais  placas dizendo o que é e o que não é permitido em seu interior e no fim indica a Lei correspondente!

Bem que sugerimos algo assim, mas nos ignoraram. Porém, se tivessem seguido as indicações das leis em vigor que falam de colaboração da comunidade através de suas organizações representativas (lei Organica do Municipio art. 108 item II) teria sido bem diferente...até com as plantas.

A existência de duas câmaras da CIOP nos dois cantos da Siqueira Mendes, em frente a praça do Carmo, se funcionassem,  poderiam até terem sentido estarem ali,  pois seriam de ajuda para descobrir os malfeitores do patrimônio, caso algum orgão tenha interesse em descobri-los e até, quem sabe...faze-los pagar os danos que fazem ao patrimônioJa serviria para confirmar ou não as tentativas de roubo dos balizadores do canto da praça com a Joaquim Tavora, bem em frente a tal câmera.

Evitar a depredação e a destruição dos equipamentos urbanos comunitários não pode ser so competência da Guarda Municipal. Alguem  mais pode ter esse dever, compartilhado e cada dia que passa maior é a necessidade de tomar providencias a respeito.

Além do mais,  ignorar a possibilidade da participação comunitaria no processo de planejamento do desenvolvimento urbano municipal (art. 118, ítem VII), causa mais danos do que se pensa. Se o poder público fosse fiel cumpridor e efetivo fiscalizador do que determina a Constituição Federal, as leis estaduais e municipais relativamente a educação ambiental, do trânsito e a patrimonial, o resguardo do patrimônio público, e o convívio social harmônico seriam facilitados.

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* O preço dessa ‘revitalização’ (que passou a se chamar requalificação) deu um salto enorme, passando de R$ 501.305,32 em 2015 para  R$ 1.364.588,43 em 2020.


domingo, 3 de janeiro de 2021

BEM-VINDO 2021

 

Chegou um novo ano e o recebemos  com tantas esperanças. A primeira de todas é relativa a saúde de todo nós.  Que as vacinas, todas, dêem bons resultados e nós possamos voltar  a nos abraçar; a sair sem medo de adoecer;  a festejar aniversários e nascimentos; a ir trabalhar, ir para as praias, cinemas e restaurantes, sem máscara... Enfim voltar a uma vida normal.

Começamos o ano também com uma nova equipe na Prefeitura,  a qual parbenizamos. Do Prefeito e seus colaboradores esperamos o que Belém merece: atenção, carinho e... tanta presença nos bairros.

Os cidadãos esperam resultados:

- que nos dêem prazer de viver aqui, independentemente do bairro em que moramos ou por onde transitamos;

- que nesses bairros a Guarda Municipal de Belém, esteja presente, diuturnamente, ao menos nas praças, e cumprindo efetivamente suas atribuições em todos os horários;

- que, quem cuida do transito atente  por onde passam as carretas e outros veiculos muito pesados, que tantos danos causam ao patrimônio histórico e cultural;

- que, aqueles que devem reprimir a poluição sonora, apliquem as leis não somente aos carnavalescos, mas ao pessoal do Auto do Cirio, aos cidadãos, e as  entidades públicas que fazem festas nas portas de edificações tombadas, também;

- que os trios elétricos e outras fontes de sons poluidores e de vibrações excessivas sejam  proibidos de transitar em frente a Alepa a qual está muito próxima do MEP,   no Palácio Lauro Sodré, uma das  mais expressivas obras de  Landi, e que tem sido muito afetado por essas agressões há décadas;

- que, ao menos nas portas das igrejas tombadas seja proibido o uso de fogos de artificio barulhentos, na saída de noivos, após o casamento, e em outros eventos;

- que os 50/55 decibeis previstos pela NBR 10.152  da ABNT, sejam aplicados, sem nemhuma exceção, o ano inteiro, ao menos na área tombada;

- que a Orla de Belém, e principalmente, a da Cidade Velha, não seja usada, abusada e deturpada, somente para enriquecer alguns, mas para o usufruto coletivo e bem estar de todos os cidadãos.

Sabemos que tantos outros problemas e necessidades tem o nosso povo, e o Prefeito e seus Secretários terão que estar atentos  para resolver em toda Belém, mas, nós da Cidade Velhaesperamos tanto que, o sentido das palavrassalvaguarda, defesa, proteção, preservação, conservação” usadas nas leis, relativamente ao nosso patrimônio, voltem a ser reais e consequentes.

Temos certeza também que o Poder Público Municipal, promoverá e estimulará, finalmente,  a participação da comunidade no governo da cidade através de suas organizações representativas ( art.108 Lei Orgânica do Municipio de 30/03/1990).

        Queremos também que 2021 nos devolva o prazer de                                                       ser Amazonidas.                              


                     SAÚDE E BOM TRABALHO A TODOS.

                                      FELIZ ANO NOVO