domingo, 30 de outubro de 2022

HOMENAGENS A LANDI

 Hoje, 20 de outubro, resulta nos documentos do Arcebispado de Bolonha, ser a data do nascimento de Giuseppe Antonio Landi. Parabéns a ele .... e, agradecendo o que fez em Belém,  vamos lembrar o que fizemos em Bolonha para lembra-lo na sua terra.

Em 2003,  no âmbito do Festival Brasileiro de Bolonha organizado pela Associação M.A.M.B.O, fizemos uma primeira homenagem a Landi. Festejamos os 250 anos da sua chegada na Amazonia, ou seja, em Belém.

Ele chegou com outros doze “intelectuais” europeus que faziam parte da Comissão portuguesa que deveria encontrar, uma idêntica, espanhola, para decidir os confins das terras descobertas por Portugal e Espanha na América do Sul. Corria o ano de 1753.

Enquanto esperava os espanhóis, curioso como era, começou a trabalhar, enfeitiçando o meio-irmão do Marques de Pombal, que governava aquela área, que seria a futura Amazonia brasileira. Provou o guaraná e ficou três dias sem dormir, lamentando-se. Comeu frutas, peixes e tudo de novo que encontrou ali. Recolheu pés de tudo o que podia trazer para Belém, e ainda construiu duas igrejas em homenagem a Santana.

Esperaram uns dois anos em Mariuá, hoje Barcelos, e a Comissão espanhola não apareceu, e ao voltarem para Belém,  ele começou a se dedicar a construção de igrejas, mas não somente, e  acabou sendo “nomeado”  pelo rei de Portugal, como arquiteto. Ele fazia parte da comissão como desenhador de mapas.

Para lembrar sua chegada no Brasil, resolvemos  homenagea-lo  com uma mostra, com fotos e objetos que Landi encontrou e fez em Belém. A mostra LANDI: O ARQUITETO NEOCLASSICO DA AMAZONIA, mostrou fotos que Faustino Castro e Ronildo Matsuura nos mandaram de Belém. Outros fotógrafos como Gilmar Jatene, Roberto Menezes  e Ulisses Souza, também  ajudaram a organiza-la.

A mostra foi feita na igreja de S. Bartolomeu e S. Giacomo e continha também objetos indígenas tais como arcos, flechas, tipiti, cuias, cerâmica marajoara incluindo peças do Mestre Cardoso, expostos para demonstrar o que ele encontrou de diferente em Belém.


 Outra homenagem que fiz a Landi, em 2004, foi lembrada por Lucio Flavio publicando a nota abaixo.

“Antes de voltar para Belém, definitivamente, em 2004, decidi deixar uma lembrança na cidade onde nasceu o nosso Landi. Na verdade, essa ideia me veio um ano antes, e comecei pedindo a autorização ao município, para colocar uma placa na casa onde ele nasceu, em Bolonha.

O tempo passava e eu não recebia resposta. Já extenuada voltei a solicitar a licença, inclusive aos proprietários da casa onde Landi nasceu, e eles pediram que eu pintasse a frente da casa, coisa que eu não fiz. Insisti no meu intento dizendo que a placa daria mais valor ao prédio e consegui assim, todas as autorizações para colocá-la.

Quando estava tudo ok, li no jornal que estavam querendo organizar algo de nome Landianas, em Belém. Tentei através do jornal O Liberal entrar em contato com os organizadores, sem algum sucesso.

No meio tempo, Juliana, a filha de Lucio Flavio Pinto, tinha feito um trabalho, por sinal excelente, sobre o Landi, e sugerido algo para dar vida a um Forum Landi. As Landianas mudaram de nome e eu perguntei se podia colocar o nome Forum Landi, que estava nascendo, na placa que estava preparando. A resposta foi “sim” e aproveitei para também homenagear Belém nessa ocasião.

Eu fazia parte de uma associação que se dedicava a “explicar” o Brasil em vários modos aos italianos, mesmo se seu nome era M.A.M.B.O.  Me ocupei sozinha do trâmite que tive que enfrentar para chegar até onde queria e saí à procura de quem pagasse essa placa. Encontrei apoio numa organização da Região Emilia Romanha que se ocupava, entre outras coisas, dos seus conterrâneos que   viveram e fizeram sucesso no exterior.


O meu retorno definitivo a Belém estava próximo e essa placa eu tinha que colocar antes de voltar. E o fiz dia seis de junho de 2004. Flavio Nassar, meu hospede, na ocasião, participou do evento e gostou de ver  o neonato Forum Landi na placa. Hoje, porém, a frente da casa está pintada e a placa que colocamos  ficou até mais bonita.




 



quarta-feira, 26 de outubro de 2022

PATRIMÔNIO DE BELÉM: ONTEM...

 

Em 2014 fiz um balanço, indignado, do que era Belém nos primeiros anos de luta da CIVVIVA.  A realidade de então não modificou quase nada e imaginamos que isso aconteceu porque,  a “educação patrimonial” que sugerimos, não aconteceu até hoje.

Mudam os partidos que governam a cidade, mas a “cabeça” é sempre a mesma: atenção ao patrimônio, bem pouca e entrosamento com a cidadania, nenhuma. Por  mais que nossa democracia ja tenha superado a maioridade, a defesa/salvaguarda/proteção do nosso patrimônio ainda não foi assimilada como deveria.

Naquele dia a Cidade Velha não foi minha única preocupação, mas aquela parte tombada da cidade que via de dentro do onibus, sim. De fato comecei dizendo que...

Eu ando a pé ou de ônibus, assim olho com mais calma o entorno por onde passo, não tendo que guiar nenhum veiculo. De ônibus, sentando na frente, tenho a possibilidade de ver do alto o que me passa ao lado o que, nem sempre, porém, resulta em imagens gratificantes.

Nos fundos da Igreja das Mercês tem um semáforo que, por coincidência, fecha sempre quando chega o ônibus onde eu estou. Desde a sede da Paratur, porém, pela Boulevard Castilhos França acompanho o rio, la no fundo, quando aparece entre um galpão e outro da Doca. No semáforo, em vez, viro a cabeça a esquerda e só falto chorar de desespero ao ver, ha mais de um mês, o que fizeram com a Igreja das Mercês...do lado de fora. Pinturas e faixas indicam os horários das missas. Chocante.

Acontece que, do lado de la, a frente da igreja também não foi poupada, e o desespero toma conta de mim. Como é possível um negócio desse? Onde estão com a cabeça, para usar os muros de uma igreja pluricentenária desse jeito?

Entro na Igreja e so falto desmaiar: pintaram de vermelho as lajotas do chão, como se fossem de cimento. Um abuso atrás do outro, como é possivel?

Olho estarrecida tudo quanto e faço várias suposições; tento encontrar motivações para tais atos vandálicos (para mim o são). Quem sabe é uma provocação? Não posso acreditar que o responsável seja ignorante ao ponto de fazer tais intervenções na igreja esquecendo sua historia, sua origem. Será que os donos, ou que tem a cura dela, não sabem que é tombada? Ou é para chamar atenção daquele verdadeiro jardim suspenso amazônico que se desenvolveu nos seu telhado, e que, com certeza está abrindo canais de infiltração como aqueles encontrados na recem-restaurada igreja do Carmo?

O pior é que esse não é o único exemplo, infelizmente. Durante estes dias da nossa maior festa, alguem provou olhar a situação da igreja de Nazaré? Viu o estado dos estuques e de toda a decoração? E como é que permitiram todo aquele aparato tecnológico, telas e led por todo lado e altares novos de gosto duvidoso...enquanto a casa está caindo, praticamente?

Lembrando outros atos que ocorreram este ano com o nosso patrimônio histórico, não tombado, aumenta o meu desgosto. Falta algo. Será  um pouco de fiscalização? Ou falta de interesse? Faltará mão de obra nos órgãos que tem a responsabilidade de cuidar dos prédios que representam a nossa memória histórica? Falta dinheiro???

Não vemos resultado das denuncias que foram feitas de estacionamentos que nascem onde tinha alguma casa antiga, e que foi derrubada num fim de semana ou durante o carnaval... Trepidamos pelo que poderá acontecer com o Palacete Bolonha quando concluírem o que estão fazendo no seu entorno. Não vemos diminuir o numero de carretas que trafegam pela área tombada, fazendo assim trepidar prédios públicos e privados. Quem nos garante que a Celpa (1) vai tirar aqueles horrendos medidores de energia que instalou na Cidade Velha? Por outro lado, vemos aumentar, em vez, o numero de casas antigas pintadas com cores fortes que nada tem a ver com nossas lembranças. Enfim....

Lendo as leis, porém, sentimos que os legisladores das tres esferas de governo, tentaram salvar nossa memória, usando palavras claras como: salvaguardar, preservar, conservar, proteger, recuperar, etc., e isso, feito através de "vigilância, tombamento, desapropriação e de outras formas de acautelamento e preservação".

Em nenhuma lei encontramos palavras como "revitalização" ou "embelezamento" pois a idéia principal era salvar a nossa memória, aquela real, não uma inventada, mais bonita ou colorida, como vemos agora acontecer até nas igrejas.

O que está acontecendo em Belém? O que leva a essa situação? Insisto com as perguntas: na opinião de vocês, será falta de vontade? desinteresse pela nossa história? falta de dinheiro? falta de conhecimento das leis? ou de que mais? Enfim, o que deve ser feito para que não desapareça o que sobrou da nossa história?

Todo ano, muitos paraenses vão para a Europa, não somente olhar vitrines, fazer compras ou estudar, mas ver também o "Velho Mundo" com seus palácios, igrejas, praças e quanto mais sobrou de séculos de história. Por que nós não podemos deixar nada para nossos netos e, quem sabe, algum turista, verem? Sabemos que ao turista que vem para cá interessa a nossa floresta e não bebidas da terra deles, tipo cerveja, bebidas na beira de calçadas que, aliás, deveriam ser dos ´pedestres'.

Como vai chegar aos 400 anos de Belém o que sobrou do nosso Patrimônio Histórico se nada for feito, rapidamente?

Belém, 25 de Outubro de 2014 

Dulce Rosa de Bacelar Rocque

(Colaboração e fotos do arquiteto Sérgio Lobato)


(1) Consegimos, depois de muita luta, que a Celpa retirasse aqueles "olhões" da  área tombada da Cidade Velha.


sábado, 15 de outubro de 2022

PASSOU O CÍRIO, MAS FICOU A POLUIÇÃO SONORA

 

E´ passou-se, já, uma semana do primeiro Círio depois da Pandemia. Foi estimado em dois milhões e meio o número de pessoas que participaram da procissão... É muita gente pagando promessas atrasadas.

Somando todas as romarias que ainda hoje estão fazendo, imaginamos ter superado os três milhões de romeiros a pé, em bicicleta, moto, barcas e navios..., com queima de fogos, inclusive (ainda que haja uma lei estadual proibindo uso de fogos com estampido...).

A área tombada da Cidade Velha, centro maior das atividades religiosas e lúdicas , “sofreu” mudanças, no seu uso, mas a poluição não diminuiu. O trajeto do Auto do Círio, mudou. Ainda bem. De fato não teve seu início, como antes da pandemia, na frente da Igreja do Carmo, tombada, e passou para a frente da Casa das 11 Janelas... Dali saiu em direção aos prédios mais antigos tombados em Belém:

- Igreja da Sé – 03/01/1941 -  IPHAN

-  Igreja de Sto. Alexandre -  03/01/1941 -  IPHAN

-  Solar do Barão de Guajará – 23/05/1950 - IPHAN

-  Palácio Lauro Sodré (Palácio do Governo Estadual) - 20/08/1974 - IPHAN

- Palácio Antonio Lemos (Palacete Azul) –07/07/1942 - IPHAN  

Este ano, para gáudio de quem defende o patrimônio histórico, a Praça do Carmo se salvou dos abusos de quem arvora-se o direito de não proibir a poluição sonora em área tombada. Se salvou da trepidação provocada pelos fogos, tambores e demais fontes de ruído/barulho, durante os festejos do Cirio.

No combate a poluição sonora, temos normas nacionais que estabelecem o máximo de 50 a 55 decibéis em Belém, mas se alguém controlar, como no carnaval, o Auto do Círio supera muitas vezes os 100 decibéis. O organizador desse desfile, não sabe que existe um limite para os ruídos? Não há quem controle o respeito das leis entre os responsáveis do grupo? Alguém o isenta de salvaguardar o patrimônio?

Segundo quanto previsto pela Constituição do Estado do Pará, dentre outras atribuições da Policia Militar, prevê no seu "art.198.V- a proteção do patrimônio histórico, artístico, turístico e cultural. "

A  lei n. 8769/2010, em vez, estabelece para a Guarda Municipal de Belém, no art. 1º: “... competência institucional da segurança urbana municipal e atribuições de proteger sua população, guarda e proteção dos parques, praças, jardins e demais logradouros públicos ou próprios municipais, localizados em área territorial do Município..."

Alguém, acima desses dois órgãos, deve arvorar-se o direito de não exigir o respeito das normas relativas a defesa do nosso patrimônio histórico, quanto a poluição sonora. Esquece, porém que, no dia seguinte, outras fontes de “barulho”, continuarão a agredir esses prédios tombados; que as carretas continuarão a passar; que os noivos continuarão a soltar foguetes ao saírem da igreja após os casamento; que festas de santos, além do Cirio, continuarão a homenagear com fogos barulhentos por todo o período de festejos; que trios elétricos em frente a ALEPA, e portanto no entorno de ao menos três prédios tombados, continuarão defendendo os direitos dos cidadãos com ruídos de todo tipo, sem esquecer o que acontece quando tem jogo entre o Remo e Paysandú...

 A frase “é so um dia”  usada para defender a presença ruidosa do Auto do Círio, mas até do Arraial do Pavulagem ou de blocos carnavalescos, é a cabal demonstração de quanto não se conhece a realidade desse pedaço tão cobiçado de área tombada. Ademais, no texto das leis não há nenhuma indicação de que elas possam ser desobedecidas, se for "somente por um dia". A poluição produzida pelo Auto do Círio no dia da sua apresentação se soma ao que acontece nos outros dias do ano, servindo assim de ajuda para destruir o que ainda temos de antigo e relevante para salvaguardar...

O Círio já aconteceu e os bares e outros locais noturnos aproveitaram para  reabrir com toda força, e parece até com direitos novos quanto a poluição... A DEMA, o DPA e a SEMMA, de que modo ajudam na luta contra a poluição sonora? Qual delas tem competência para verificar a altura dos decibéis? Qual delas fornece o Alvará para bares reproduzirem música sem pretender o respeito de todas as normas? 

Independentemente do Círio, as normas vigentes dizem que "A administração impedirá, por contrário à tranquilidade da população a instalação... em locais distando menos de 200m de hospital, templo , escola..."  Por que essa distancia não é exigida na expedição dos Alvarás concedidos a bares perto de igrejas e hospitais, por exemplo? Qual daqueles orgãos acima citados tem a obrigação de verificar bares e restaurantes, sem sonorização dos ambientes, cujos ruídos se juntam aos outros para perturbar os cidadãos que moram no entorno? Quem os isenta dessa obrigação e da aplicação das sanções previstas para quem não respeita as leis?

É o caso de lembrar que, na cura do nosso patrimônio “é imprescindível muita seriedade e responsabilidade na tomada de decisões envolvendo a gestão dos bens culturais, sob pena de cometimento de ato de improbidade administrativa, passível de graves sanções nos termos da Lei n° 8.429/92, que exige dos agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia estrita observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos (art. 4º). 

 Se somarmos todas as modalidades de ruídos que acontecem na área tombada, chegaremos, no minimo a trezentos dias de abusos... por ano, sem que se note alguma providência relativamente a defesa e proteção do nosso patrimônio, publico ou privado... E de quem mora no entorno.

A administração desta nossa  democracia deve lembrar que é fundamental o respeito das leis... por todos, o ano inteiro.


sábado, 1 de outubro de 2022

CONSULTA PÚBLICA

 

COM ESTE CONVITE, ENTREGUE A MÃO NA PRAÇA DO CARMO E SEUS ARREDORES, FOMOS AVISADOS DE UMA CONSULTA PÚBLICA SOBRE A "NOVA SEDE DO PROMABEN". 


Perguntamos a pessoa que distribuia os convites de que se tratava, pois o depliant nada explicava a respeito ,  e respondeu que era sobre a revitalização/conserto, da ex sede d FUMBEL, na praça da Sé.

Com a sala cheia de funcioários do orgão e alguns moradores, o Coordenador Geral do Promaben, Rodrigo Rodrigues deu inicio a sua apresentação. Logo notamos que na fotografia do prédio da ex Fumbel, ainda se viam as grades nas portas-janelas. Perguntamos se estavam sendo restauradas, visto que ha meses não estão mais la. Resposta: foram roubadas... Não entendemos porque não usaram uma foto mais recente para demonstrar que a  situação do prédio era  esta:


 Explicou então o que ia ser feito com o investimento  R$ 2 milhões, do BID. Tratando-se de prédio situado em area tombada, se propõem de recuperar as linhas e cores originais da edificação; revitalizar as fachadas e a cobertura; reformar paredes e pisos  nos dois pavimentos do prédio de 620 metros quadrados situado na Praça Caetano Brandão ...

Aliás, o endereço do prédio usado por ocasião do protocolo do projeto no IPHAN, foi "Dr. Assis", isso causou problemas para encontra-lo nos arquivos, pois aquela rua se chama Padre Champagnat.  Problema resolvido no dia seguinte.

Quando o palestrante falou que seria a sede do PROMABEN, do público vozes pediam que ali fosse colocada a Policia Militar... Bem que ele tentou explicar, mas tinha gente que insistia dizendo que nem museus queriam ali. Ele, em vez,  insistia dizendo que o projeto era da Prefeitura e que não podia se empenhar com competencia de outros orgãos...  isso seria decidido no momento justo, e que não era ainda aquele.

Pouco a pouco descobrimos também que as telhas a serem usadas seriam as de barro, como as que usamos tradicionalmente e que ja são difíceis de encontra-las a venda.  Por que não as que geram energia solar? Resposta: o IPHAN não permite em area tombada... Ao que a Superintendente do IPHAN, ali presente, negou tal informação dizendo que até a igreja da Sé ja tinha sido autorizada a usa-las...

Ao falar de estacionamento descobrimos que não providenciaram ainda... Na verdade,  somente o prédio em si era em exame, mas, para a aprovação do projeto seria muito oportuno o inserimento de um estacionamento... afinal de contas a salvaguarda, defesa e proteção da área onde se encontra, exige esse detalhe, não de pouco conto... e esse bom exemplo deve partir, próprio da administração pública.

Resultado, na nossa opinião o encontro foi interessante, mas seria o caso de refazer essa consulta, pois parece que o projeto, para poder ser discutido, precisa ser completado/regularizado, fornecendo tudo o que é previsto nas normas além do que é considerado util para a defesa da NOSSA MEMÓRIA HISTÓRICA. Afinal o objetivo da Consulta é receber contribuições sobre o assunto em pauta.  

A gestão democrática por meio da participação dos cidadãos e associações representativas (LOMB art.2, II; art. 108.II, art.116.VII) significa, inclusive, levar em consideração os problemas e soluções propostas por quem vive na área em discussão.  O confronto ajuda todos a melhorar as ideias.

Somos da opinião que a Consulta Pública, nao é somente a apresentação de algo "proforma", mas, principalmente,  incentivar a participação dos cidadãos que, com propostas uteis, poderão  ajudar a administração pública a melhorar o uso do territorio e a definição do que será o projeto final em exame em tais ocasiões.