Hoje, 20 de outubro, resulta nos documentos do Arcebispado de Bolonha, ser a data do nascimento de Giuseppe Antonio Landi. Parabéns a ele .... e, agradecendo o que fez em Belém, vamos lembrar o que fizemos em Bolonha para lembra-lo na sua terra.
Em 2003, no âmbito do Festival Brasileiro de Bolonha
organizado pela Associação M.A.M.B.O, fizemos uma primeira homenagem a Landi.
Festejamos os 250 anos da sua chegada na Amazonia, ou seja, em Belém.
Ele chegou com
outros doze “intelectuais” europeus que faziam parte da Comissão portuguesa que
deveria encontrar, uma idêntica, espanhola, para decidir os confins das terras
descobertas por Portugal e Espanha na América do Sul. Corria o ano de 1753.
Enquanto
esperava os espanhóis, curioso como era, começou a trabalhar, enfeitiçando o
meio-irmão do Marques de Pombal, que governava aquela área, que seria a futura
Amazonia brasileira. Provou o guaraná e ficou três dias sem dormir,
lamentando-se. Comeu frutas, peixes e tudo de novo que encontrou ali. Recolheu
pés de tudo o que podia trazer para Belém, e ainda construiu duas igrejas em
homenagem a Santana.
Esperaram
uns dois anos em Mariuá, hoje Barcelos, e a Comissão espanhola não apareceu, e
ao voltarem para Belém, ele começou a se
dedicar a construção de igrejas, mas não somente, e acabou sendo “nomeado” pelo rei de Portugal, como arquiteto. Ele fazia parte da comissão como desenhador de mapas.
Para lembrar
sua chegada no Brasil, resolvemos homenagea-lo
com uma mostra, com fotos e objetos que
Landi encontrou e fez em Belém. A mostra LANDI: O ARQUITETO NEOCLASSICO DA
AMAZONIA, mostrou fotos que Faustino Castro e Ronildo Matsuura nos mandaram de
Belém. Outros fotógrafos como Gilmar Jatene, Roberto Menezes e Ulisses Souza, também ajudaram a organiza-la.
A mostra foi feita na igreja de S. Bartolomeu e S. Giacomo e continha também objetos indígenas tais como arcos, flechas, tipiti, cuias, cerâmica marajoara incluindo peças do Mestre Cardoso, expostos para demonstrar o que ele encontrou de diferente em Belém.
Outra homenagem que fiz a Landi, em 2004, foi lembrada por Lucio Flavio publicando a nota abaixo.
“Antes de voltar para Belém, definitivamente, em
2004, decidi deixar uma lembrança na cidade onde nasceu o nosso Landi. Na
verdade, essa ideia me veio um ano antes, e comecei pedindo a autorização
ao município, para colocar uma placa na casa onde ele nasceu, em Bolonha.
O tempo passava e eu não recebia resposta. Já extenuada voltei a solicitar a licença, inclusive aos proprietários da casa onde Landi nasceu, e eles pediram que eu pintasse a frente da casa, coisa que eu não fiz. Insisti no meu intento dizendo que a placa daria mais valor ao prédio e consegui assim, todas as autorizações para colocá-la.
Quando estava tudo ok, li no jornal que estavam querendo organizar algo de nome Landianas, em Belém. Tentei através do jornal O Liberal entrar em contato com os organizadores, sem algum sucesso.
No meio tempo, Juliana, a filha de Lucio Flavio Pinto, tinha feito um trabalho, por sinal excelente, sobre o Landi, e sugerido algo para dar vida a um Forum Landi. As Landianas mudaram de nome e eu perguntei se podia colocar o nome Forum Landi, que estava nascendo, na placa que estava preparando. A resposta foi “sim” e aproveitei para também homenagear Belém nessa ocasião.
Eu fazia parte de uma associação que se dedicava a “explicar” o Brasil em vários modos aos italianos, mesmo se seu nome era M.A.M.B.O. Me ocupei sozinha do trâmite que tive que enfrentar para chegar até onde queria e saí à procura de quem pagasse essa placa. Encontrei apoio numa organização da Região Emilia Romanha que se ocupava, entre outras coisas, dos seus conterrâneos que viveram e fizeram sucesso no exterior.
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