segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

OUTROS EXEMPLOS...

                          QUALIDADE DE VIDA EM BOLONHA (ITALIA)

 Mais um vez Bolonha ganha o titulo de “melhor” em QUALIDADE DE VIDA.

Quando eu cheguei em Bolonha, em 1975, ela já era conhecida na Europa como a melhor cidade para se viver, porque “A MISURA DELL’UOMO”. Agora, é a quinta vitória em poucos anos que a capital da Região Emilia Romanha, excelsa em riqueza e demografia, tenta agora se transformar num asset estratégico nas ciências, através das pesquisas cientificas.

BOLOGNA PRIMA IN ITALIA PER QUALITÀ DI VITA pela 5° vez  em 33 edições.

👍 https://www.ilsole24ore.com/art/bologna-citta-rifugio-premiata-istruzione-servizi-e-innovazione-AEeSyMNC

POR QUE FALAR DESSA CIDADE QUE NASCE COMO FELSINA, BONONIA E É MAIS ANTGA DO QUE ROMA, UMA CIDADE QUE ATRAVESSOU A IDADE DO FERRO, A CIVILIZAÇÃO ETRUSCA, A ERA ROMANA... E SEJA PARA OS TURISTAS E ATÉ PARA OS  ITALIANOS É QUASE UMA DESCONHECIDA.  EM VEZ...

É a receita secular sintetizada nos três apelativos “dotta, grassa e rossa” que explicam o por que Bolonha conquista, pela quinta vez em 33 edições o primeiro lugar na classificação geral das províncias italianas pela melhor qualidade de vida.” Tal primazia já tinha acontecido nos anos 2000, 2004, 2011 e 2020.

Em novembro foi inaugurado o Leonardo, o quarto computador mais potente do mundo, mas “o segredo de Bolonha é a certeza de um alto nível de bem-estar social e cultural, garantido por uma pequena cidade, se medida pelos seus 400 mil habitantes, mas aberta para o mundo porque encruzilhada”  desde seu inicio, aumentando com o nascimento da religião católica...

Bolonha é “dotta” (culta): de fato, ocupa muitas vezes o primeiro lugar nas classificações relativas a Demografia, saúde e sociedade, em virtude do record de diplomas e láureas entre pessoas de idade de 25 a 39 anos, e o terceiro lugar (depois de Roma e Trieste) quanto a duração dos cursos. Uma tradição que iniciou na mais antiga universidade do mundo ocidental, a chamada AlmaMater (fundada em 1088) que alimenta, há quase um milenio, a economia do conhecimento.”


“Bolonha é “grassa” (gorda) segundo um epiteto de Pellegrino Artusi, chef culinário do século XIX, pela opulência de seus pratos onde se lê prosperidade da economia: a cidade cercada de torres é segunda somente depois de Belluno pela “riqueza e consumos”, é sexta pelo número de aposentados por idade e nona pelos investimentos em requalificação energética”.

Bolonha é “rossa” (vermelha) por causa da cor dos seus 63 km de pórticos declarados patrimônio da Unesco e pela quantidade de gente de esquerda ... Hoje é a primeira pela participação eleitoral (73,9%), já que na Italia o voto não é obrigatório; segunda pela alta taxa de ocupação (74,8%); terceira pela expansão da banda larga. 

A segurança é o problema. No meio de dezenas de indicadores como o reconhecimento pela Unesco com cidade da música, pelo bien vivre, temos a nota destoante relativa a “Justiça e segurança” pois é a categoria em que Bolonha está no 95°  lugar e no 104° relativamente ao índice de criminalidade.

A universidade continua a aumentar o número de estudantes estrangeiros. Este ano amentou de +4%  enquanto outros institutos perderam estudantes. É também o refúgio dos “sem tetos” do sul da Italia e para quem precisa de tratamento médico. Desde 2016 parece ser a locomotiva, não somente relativamente a ocupação, salários e riqueza, mas pela contratação sindical e a redistribuição graças ao trabalho de antecipação das mudanças nas fábricas quanto a  gestão e distribuição da cadeia de aprovisionamento. Em Bolonha o numero de trabalhadores com contrato de segundo nível, supera 61% contra os 20% da media italiana.


Desde o inicio do século que Bolonha se coloca entre as primeiras dez províncias quanto ao crescimento do PIB. Sua indústria de transformação vale um quarto do PIB bolonhês, a força mais importante do tecido econômico e social está na diversificação setorial e  na capacidade de criar filas que deixam a tradição e hibridam atividades manufatureiras e terciárias, o saber artesão e os valores da cooperação. Ali, quase 1/3 das empresas são artesãs e cerca de 16% dos trabalhadores de Bolonha, são do mundo das cooperativas.


Um outro problema se prospeta porém: O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO. Na província de Bolonha temos 200 idosos para cada 100 crianças. Na Bolonha capital, em vez esse numero sobe para 210. Como será a demanda e oferta de trabalho,  daqui a alguns anos? Nisso se baseia a ideia de transformação da “ilha feliz” bolonhesa no asset estratégico para o desenvolvimento tecnológico e cientifico da Itália: existem todos os ingredientes.


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