... aqui e no exterior.
Tive a oportunidade de ver o vídeo abaixo e descobrir uma pessoa fora do comum. https://youtu.be/6j67q96hEgM
Trata-se do Sr. Edinelson Castro, que, com sua Casa Memória em Ponta de Pedras, surgida em 1999, tenta resgatar a historia do seu município. Vive na ilha do Marajó, como viveu o Padre Giovanni Gallo seu precursor na defesa da nossa historia e da nossa memória em Sant Cruz do Arari.
Ambos tiveram a ajuda da comunidade... De fato receberam da população objetos de todo tipo para a coleção que ambos tiveram a ideia de fazer. Peças de madeira, de ferro, de cerâmica, de vidro, mas também fotos, quadros e todo tipo de objeto que traga a memória algo do passado.
Ele e seus apoiadores constituíram
uma associação e recentemente estiveram na sede do Iphan apresentando a Casa da
Memória de Ponte de Pedras e suas necessidades. Todas pessoas simples que
abraçaram essa ideia e que com muita fadiga a mantém em pé.
Essa ideia, aqui no interior do Estado, é um exemplo a ser seguido e apoiado pelas instituições. É mais um modo de salvaguardar e defender nossa história, nosso passado.
Isso me trouxe em mente quem divulga, concretamente, nossa cultura musical no mundo inteiro. Não falo dos famosos que cantam em teatros e são pagos muito bem... falo de quem canta na rua, em bares, restaurantes e que no verão se apresentam em praças de cidades que não chegam a ter nem dez mil habitantes, mas que no verão duplicam com os turistas, que não teriam nada para fazer sem esses espetáculos.
As vezes formam grupos e, num onibus,
rodam o interior de países europeus, levando a nossa música, nossos ritmos,
instrumentos e danças diferentes para
longe do Brasil, muitas vezes sem alguma ajuda pública.
Eu mesma participei no inicio deste século, de um festival que falava do Brasil em Bolonha na Italia. Onde arranjar dinheiro para fazer a publicidade, os banners, os convites e... pagar os músicos e cantores. Era um corre-corre. Consegui uma igreja de 1600 no centro de Bolonha e organizei uma mostra fotográfica sobre o Landi... mas quem pagava a reprodução das fotos?
Acabei organizando também o primeiro Círio de Nazaré, na Italia. Isto foi possível porque a família Huhn, da revista Pará +, ofereceu uma imagem da N. Senhora de Nazaré facilitando assim, a procissão. Tres padres italianos que tinham vivido em Belém, rezaram a missa. A cantora Ivete Souza, paraense, hoje residente na Italia e grande difusora do que é nosso, cantou o Lirio Mimoso, ajudada pelas outras três paraenses que estavam la. A emoção foi grande, mas a ajuda monetária de algum órgão publico brasileiro não foi nenhuma.
Hoje, esse festival continua e outros mais são
organizados por brasileiros nas cidades de praia, e os nossos músicos que já
vivem na Italia, dão vida a um série de manifestações sobre nossa cultura, totalmente desconhecidas
e ignoradas por aqui.
O esforço desses ilustres desconhecidos que
“defendem” permanentemente e em algum
modo nossa cultura, nossa história, nossas comidas, aqui, ou la fora, deveria ter um reconhecimento.
2 comentários:
Foi uma experiencia maravilhosa fazer esta participaçao com a Dulce, Parabens pelo artigo e continue divulgando a nossa cultura um forte abraço.
Dulce minha amiga,como Pontapedrense te agradeço a publicação.
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