Seria salvaguardar nossa memória histórica, ao menos...
Como esses acompanhantes de turistas e/ou estudantes, tem coragem
de trazê-los ou leva-los até o palacete Pinho ou o Porto do Sal? Qual rua utilizam? E no Ver-o-peso, como justificam a altura do asfalto entre o Mercado da Carne e o Solar da Beira?
Se decidirem percorrer a primeira rua de Belém, a Siqueira
Mendes, vão ter que dividir o meio da rua, com os taxis que esperam clientes que descem nos portos
situados por ali... As calçadas são ocupadas de todo jeito: não somente
vendendo comida ou bugigangas, mas é também "estacionamento" de mototaxistas...
Usar a Dr. Assis, na situação em que se encontra, cheia de pedras de liós quebradas, com seus degraus abusivos, e com mercadorias expostas na calçada, ou lixo na parada do onibus.... é impossivel. So mesmo dia de domingo quando passam menos veículos e podem, como no tempo que se usavam os cavalos, andar pelo meio da rua...
Notamos que faz tempo que esses ‘condutores’ de gente para visitar a Cidade Velha, não ousam aparecer, além da praça da Sé, e so se for para fazer barulho e/ou desrespeitar as leis...na área tombada. Aliás, será que nas explicações que dão aquelas pessoas, justificam a situação das calçadas, da sujeira, e de tanto abandono? Ou continuam repetindo o que leram nos livros, sem falar da realidade!!!
Logo após o tombamento da Cidade Velha a Civviva reuniu os moradores interessados ao PAC das Cidades Históricas, com a superintendente do Iphan. Em tal ocasião, ela, a Dorotéa, explicou o que era “tombamento” e comparou com “uma foto da área em questão, feita naquela data, e que deve ser respeitada, daquele momento em diante”. Não precisaria de nenhuma lei a mais, bastaria respeitar o sentido das palavras “salvaguarda, defesa, proteção”, para obter resultados mais satisfatórios dos que vemos.
Antigamente não se podia mexer dentro das casas, agora, em vez, dizem que se pode modificar tudo... Que sentido tem o tombamento, então, com esses resultados???
Na área tombada da Cidade Velha, temos menos de dez prédios
tombados singularmente, o resto, estão autorizando a modifica-los, totalmente dentro e fora. É o caso de perguntar: para que serviu o tombamento de toda essa área, então?
As praças fazem pena. Ha tres anos e meio a do Carmo, foi revitalizada. Hoje tem somente tres postes com lampadas, duas das quais estão piscando ha dias, o dia inteiro. A noite é tudo escuro. Dinheiro jogado fora totalmente: sobraram apenas os buracos dos balizadores roubados.. .Plantas, lampadas e fiações elétricas subterrâneas, roubadas, também, em poucos meses... As estátuas, continuam a desaparecer nas outras praças...Ninguem toma alguma providência que seja, a respeito.
O que sobrou da placa relativa a reinauguração da praça do Carmo em novembro de 2020.A poluição sonora aumentou terrivelmente, com manifestações barulhentas em frente a prédios onde as leis impedem qualquer barulho a menos de 200metros (igreja, colégio, hospital...). Como fazem a merecer um ordenado quem não faz o seu dever cuidando da cidade? E quem organiza esses eventos não teria que conhecer as leis, também???
Tem razão aqueles que querem acabar com esse tombamento... pífio. Pouco a pouco os antigos moradores se vão e sua casa, comprada bem baratinha é revitalizada, adquirindo mais valor... e remodelando, desse modo, seja o bairro que as atividades típicas que ali existiam. Vão fazer um prazer enorme aos arquitetos e aos novos proprietários de casas "velhas".
Chama-se "gentrificação" esse fenomeno, que nada tem a ver com a salvaguarda ou proteção da nossa memória histórica... mas ajuda a beça a aumentar a disparidade e a desigualdade.
...e a Cidade Velha vai virar uma Cidade de Novos Ricos.... começando pela área do Arsenal.
Todos cegos, surdos e mudos a essa realidade,
incluindo os que se acham "cidadãos".
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