Domingo antes do Cirio, vimos desde cedo movimento na Praça do Carmo. Uma tenda
foi montada no meio da praça, virada para a Siqueira Mendes (!!!) e do outro
lado da praça, cadeiras e mesas ocupavam a parte que dava para a D. Bosco.
Ia ter farra em frente a igreja feita pelo Landi,
tombada, e situada em frente ao fórum que nasceu para defender a revitalização do
Centro Histórico de Belém.
Pouco movimento
antes do almoço e o vai-e-vem de alguns pais com crianças, enquanto faziam as
provas do som... Do outro lado chegavam os cliente para o almoço, no bar do
canto da D. Bosco...
La pelas 16 horas, ou pouco mais, começou o embate. Ambos os locais começaram a tocar: contemporaneamente e sem respeitar os decibéis previstos pela CONAMA: UM SUPERANDO OS 60 dcb E O OUTRO CHEGANDO AOS 90dcb.
As casas começaram a tremer. Não adiantou fechar as janelas, a trepidação se sentia do mesmo jeito...E chegou a hora da missa...e nada mudou. O inferno não podia ser diferente do que estava acontecendo.
A pergunta que fazemos é: quem autorizou
não notou que estavam ambos na mesma praça em frente a uma igreja tombada? Se
esqueceram que o Código de Postura sugere uma distancia superior a 200 metros
de hospital, templo, colégio, por contrário à tranquilidade da população, e a
NBR 10.152 estipula 50/55dcb naquele setor da cidade?
No chão começamos a reparar pedaços do peitoril da janela da sala.
E chegou a semana
do Cirio e o desrespeito as leis continuaram com o ensaio e a apresentação do
Auto do Cirio... A pedido dos romeiros, que não conhecem as normas e a
aceitação, por parte de quem ignora as leis, os danos ao patrimônio privado vieram a
tona. Aumentaram as rachaduras
O Auto do Cirio também foi fundado para ajudar na revitalização do Centro Histórico de Belém... mas desse modo? Será que não sabem que paralelamente aos danos criados com essas manifestações "culturais" também temos durante o resto do ano: - as carreta enormes e pesadas que passam pela area tombada; - as reivindicações dos trabalhadores através de trios eléticos em frente a ALEPA, que se encontra do lado de outra obra do Landi, hoje chamada Museu do Estado; aos fogos de artificio que, apesar da lei que os proibe, continuam a ser usados quando tem RE/PA, ou festas religiosas...nas igrejas do Landi.
Os danos que resultam de tais abusos, serão pagos por quem aceitou o pedido dos romeiros? ou pelos romeiros atendidos por tal pessoa?
Francamente, quem eles pensam que devem respeitar as leis nesta nossa democracia? Quem paga os danos aos proprietários privados
de bens danificados e provocados por tais superficialidades dos órgãos
públicos autorizando o que a lei não permite?
Isso não acontece somente no periodo do Cirio, dura o ano inteiro, com menos intensidade mas sempre desrespeitando as leis e provocando danos a terceiros... provocados por gente que se diz DEMOCRATA.
HA TEMPOS SUGERIMOS A INCLUSÃO, AGORA ATÉ PARA PROFESSORES, DE CURSOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, PATRIMONIAL E DO TRANSITO.... o motivo é claro: desconhecimento do DIREITO, das leis em vigor, seja por quem autoriza tais eventos, seja por professores ou outras pessoas menos preparadas para interferir no governo da cidade.
... não estamos na França, gente...
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