quinta-feira, 3 de agosto de 2023

MULHERES AMAZÔNIDAS...


VAMOS DESCOBRI-LAS.

ACABEI DE CONHECER, virtualmente, Patricia Maria Alves de Melo, através da leitura de algo que escreveu sobre o período de Landi lá para as bandas do Perú... na segunda metade do século XVIII. Mas não fala nele, mas de 2 "fujões" que trabalhavam na comissão espanhola nos anos 80 de 1700.

ESTA SENHORA É AMAZÔNIDA e possui mestrado e doutorado em História (UFF/RJ) e Pós-Doutorado (UNICAMP) e resulta ser  Professor Titular do Departamento de História da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Lendo seu curriculo lates, descobri o quanto conhece os problemas de negros e índios, na Amazonia....além dos problemas relativos ao Uti Possidete na época Pombalina.

Me admirei de descobrir tantas coisas sobre a comissão espanhola, que então, devia encontrar aquela portuguesa, e decidir o tamanho das terras brasileiras a serem divididas esses dois países. Eu imaginei que o encontro dessas duas comissões tivesse acabado na época da morte de Landi no finzinho do século XVIII.  Acabei descobrindo esta frase  sobre outra pessoa que "... del Marañón continuou em Mainas até 1804 quando, finalmente, foi dissolvida pela Coroa espanhola".

Ela é também vice-líder do grupo de pesquisa História Indígena e da Escravidão Africana na Amazônia (HINDIA), pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Política, Instituições e Práticas Sociais - POLIS e membro da Rede de HistoriadorXs NegrXs...

Será que todo esse seu conhecimento sobre nossa história e sobre as populações amazônicas está sendo aproveitado, atualmente?  A juventude teria muito a aprender com ela para poder, depois, ocupar lugares nos órgãos públicos que tratam, hoje,  da nossa realidade e do nosso passado.

Temos tanta gente titulada e conhecedora inclusive da nossa história, que está alijada dos lugares onde se tomam decisões. O saber das pessoas parece não interessar ao poder público. A quantidade de teses de mestrado e doutorado, que jazem em armários sem algum uso, é até uma ofensa para quem tanto pesquisou... Ao indicarem pessoas  a postos de comando, notamos que o saber delas bem pouco interessa, mesmo,  ao poder público,  em sua quase totalidade, pois se resumem a indicações políticas, infelizmente. O conhecimento dos cidadãos raramente é levado em consideração.

Tanta despesa nas universidades para formar quadros competentes ... Será que, além de serem professores, não podiam ajudar a governar melhor nosso país,  evitando a repetição de erros, e colocando em prática todo o seu conhecimento? Quantas outras mulheres, como a Dra. Patricia Alves de Melo, existem no Brasil que usufruíram de bolsas de estudo para crescerem intelectualmente, mas cujos conhecimentos nem sempre são utilizados pela nação.

Será que neste periodo de discussões sobre a Amazônia, quantas  "letradas" ajudarão a reescrever a história do Brasil, aliás, da Amazônia? Mesmo aquelas sem titulos de estudo, tem muito a oferecer... e quantos aproveitam de todo esse capital?


Um comentário:

Anônimo disse...

Quanta verdade. Nosso país seria outro se a ocupação dos cargos públicos, fossem por mérito e capacidade de gestão e não por retribuição por ajuda em campanhas ou filiações políticas.