Ontem assistimos o primeiro DIALOGO SOBRE PATRIMÔNIO com o novo presidente do Iphan, Leandro Grass. Cerca de dez pessoas do público, aliás numerosissimo, tiveram direito a palavrra, Pena que em dois minutos, bem pouco se pode dizer.
Nós, iludidos, levamos uma relação sobre os problemas que temos com o patrimonio na Cidade Velha. Mal apenas acenamos dois deles e entregamos ao presidente os outros para ler... Falamos sobre:
- a existencia de herdeiros, que, não sendo proprietários a nada tem direito e
- a poluição sonora, fazendo rir o publico com os fogos que as noivas soltam em frente a igrejas tombadas, quando acaba a ceremonia do casamento.
Não deu nem tempo de usar o termo "trepidação" para justificar nossa luta contra a poluição, assim muitos sairam pensando que defendiamos o nosso sono, apenas, e não as contruções trepidantes.
Aproveitamos agora para dizer algo mais que não tivemos tempo de dizer ontem
Há alguns anos, insistimos na necessidade de modificar o currículo escolar, acrescentando “educação ambiental, patrimonial e do transito”. Desse modo a formação do cidadão seria mais completa e, possivelmente, a cura da cidade seria mais respeitosa...
Tocamos nesse argumento pela primeira vez em setembro de 2011 quando publicamos, aqui neste blog, esta nota "DE QUE MODO O CIDADÃO PODE CONTRIBUIR PARA A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL ?"
Tivemos um comentário a respeito, com sugestões que reproduzimos abaixo. A autora inclui uma poesia sobre a obra de Landi, que agradecemos e sugerimos a leitura, novamente.
PATRICIA VENTURA, a nossa leitora escreveu:
Sabemos dessa verdade, mas o povo paraense padece
com profundas crateras na educação, o ideal seria trabalhar a educação
ambiental na educação de base formal e não formal, quem sabe, nas escolas,
através das artes, literatura, talvez, com poesias que ressaltem o valor
histórico dos logradouros da cidade e suas belezas, numa tentativa de proteção
e preservação dos mesmo para o fomento da atividade turística...
27 de setembro de 2011 às 13:23
PATRICIA VENTURA e sua homenagem a...
ANTÔNIO JOSÉ LANDI
Da Bolonha para o Brasil,
Veio para a Expedição,
Arquiteto e desenhador hábil,
Contribuir na fundação.
Suas obras se misturam,
Entre o Barroco e o Neoclássico,
Em Belém ainda perduram,
Fazendo a história do espaço.
Como obras memoráveis,
São João, Mercês e Sé,
Patrimônios formidáveis,
Que enriquecem a fé.
Se o projeto realizou,
A então Belém portuguesa,
Correndo aprovou,
Conferindo singela beleza.
Sendo sempre interrompidas,
As obras da Catedral,
O Landi tomou a partida,
E logo chegou ao final.
Na Belém Barroca,
O Landi fez a história,
Toda gratidão é pouca,
A quem nos deu memória.
Muito foi abandonado,
Ficando as obras ao descaso,
O pensamento tem mudado,
Por conta de um turismo ao acaso.
Ressentida pelo abandono,
Está a Igreja do Carmo,
E como ela a Capela Pombo,
E como fica o Tombo no caso?
Da cúpula octogonal,
De o frontão triangular,
O pináculo piramidal,
Que vieram para ficar.
E na história com tantas riquezas
O que resta é agradecer,
Ao homem que nos deu as belezas,
Que hoje podemos ver.
(Autor: Patrícia Ventura).
Livro: Frases, Versos e Poesias...Um brinde à vida. À venda na livraria Rosa
dos Ventos ao lado da Panf. Hollywood na Almirante Barroso.
27 de setembro de 2011
Um comentário:
Gostei da poesia. Pena que não deu tempo para defender as ciclorrotas no Centro Histórico, que contribuem para a redução das vibrações, por ser para bicicletas e por limitar a velocidade a 30km/h.
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