- A do Eloy Iglesias e Kaveira, com bandinhas e
mascarados, e a
- dos trios elétricos, permitidos a partir do primeiro
governo do prefeito Zenaldo.
No primeiro caso, os problemas que tinhamos eram relativos a limpeza, após as festas; o uso dos muros das casas como mictório; a falta de vigilancia e a dispersão dos carnavalescos apos o fim das festas.
Aqueles em vez, do segundo caso, criaram um verdadeiro inferno relativamrente a defesa do patrimonio.
Entre esses dois filões de folguedos, nasceu e se desenvolveu o bloco Xibé da Galera, criado e mantido por moradores da Cidade Velha que prezam a folia com diversão, paz e segurança. Iniciou, mais ou menos, no período em que nascia a CIVVIVA a qual, ao conhecer suas “intenções” até os premiou: https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2014/04/fotos-da-entrega-do-reconhecimento.html...
A CIVVIVA instituiu o 'reconhecimento Carlos Rocque”,
para homenagear aqueles que defendem,
gratuitamente, em algum modo, o nosso patrimônio cultural, histórico, ambiental,
gastronômico, musical, etc. E, para defender nosso patrimônio durante o carnaval, descobrimos o
Xibé da Galera, bloco carnavalesco da Cidade Velha que há alguns anos se
diverte e ainda aproveitam para defender nossa história.
Eles faziam o carnaval como antigamente, com bandinha e mascarados. Com familias
inteiras fantasiadas, em vez de usar abadás. Usavam até o bloco da limpeza, atrás de
todos, deixando as ruas limpas e, mais do que tudo pedindo, com banners nas
casas históricas, o respeito da nossa memória histórica.
Enquanto isso, crescia a poluição sonora na Cidade Velha. A entrada dos trios elétricos so criou caos e desespero entre a população. Dificil, com tantos apoios que tinham, continuar a manter os costumes carnavalescos da Cidade Velha. Praticamente o Eloy e o Kaveira foram afastados dessa realidade e o Xibé se via em dificuldades para manter suas opções. (https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2018/02/resultados-do-pre-carnaval.html )
A poluição sonora e os abadás tinham entrado com força na Cidade Velha, e até a igreja da Sé participou ao carnaval com um bloco com trio elétrico.
A CIVVIVA, não conseguindo evitar essa realidade, decidiu em 2019, medir a poluição e nisso foi ajudada por alguns intelectuais. A intenção era demonstrar o nvel da poluição e obter providencias a respeito. Os dados sobre a poluição sonora obtidos inclusive pela SEMMA demonstravam que superavam os 100 decibeis enquanto as normas estabeleciam, 50/55 decibeis.
O carnaval saiu da
praça do Carmo e seu entorno e foi para a Tamandaré, que era entorno da área tombada...
e os problemas foram transferidos para ali, mas não resolvidos. As reclamações sobre
os “mijões” e os “ruidos” exagerados, chegavam das ruinhas que desembocavam na
Tamandaré.
E chegou a Covid, e o
carnaval foi praticamente suspenso até agora, mas a Praça do Carmo voltou a tona e
o que tinha sido conquistado, foi ignorado, por exemplo: até os ambulantes de outros bairros
voltaram a ocupar a praça. O direito de
ir e vir, também foi manipulado, pois não abraça a balburdia e a poluição sonora em frente a uma
igreja tombada e totalmente ignorada.
O bloco Xibé da Galera volta a tona com sua proposta de carnaval menos invasivo que o dos outros. Se organiza fora da área tombada, na Tamandaré e, num determinado dia, passeia com alguns foliões pelas ruas da Cidade Velha, com bandinha e mascarados. Desse jeito a trepidação evitada ajuda a salvaguardar aquilo que ainda temos.
Não somente o carnaval e outras festividades causam danos ao patrimônio: a retirada das carretas seria de muita ajuda, também, à defesa da área tombada.
CARNAVAL é alegria, mas ninguém pode gozar de
um direito em detrimento de outro direito... e a poluição sonora, além da trepidação provocada pelo transito, não são consideradas um direito em nenhum lugar do mundo...
muito menos numa área tombada.
É ASSIM TÃO DIFICIL AJUSTAR O CARNAVAL NA CIDADE VELHA?
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