ONTEM REUNIMOS A CIVVIVA para verficar, junto a Direção, as opiniões a respeito do periodo pre-carnavalesco, apenas terminado.
Primeiramente é necessário lembrar que o pessoal da Liga dos blocos, na reunião em que apresentaram o seu projeto carnavalesco, afirmaram que, os 'idosos', na Cidade Velha, são 7% os de mais de 70 anos e 5% aqueles na faixa de 60 anos. Não discutimos esses dados. Porém... aonde fazem o carnaval proposto?
O carnaval que essa Liga organiza não acontece em 'toda' a Cidade Velha, mas somente na área tombada. Começa na Praça da Sé e termina na Tamandaré. Nesse perimetro a percentagem de moradores idosos aumenta enormemente.Achamos até que passe para 50 a 70%. De fato são raras as casas na área tombada da Cidade Velha, onde não tenha ao menos um idoso, e ontem tivemos a certeza disso, quando inciaram a reclamar, os moradores da Dr. Assis, da Pça da Sé, da Tomazia Perdigão, etc., etc.
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Uma por uma das senhoras presentes citou os problemas que tiveram em casa quando passavam os blocos fazendo barulho. Aquela com o marido com Alzheimer, que chorava; aquela que cuidava de uma senhora com mais de 100 anos, que se debatia na cama; aquela outra, cuja mãe, se desesperava... e assim também quem falava dos problemas com os animais, seja gatos que cães. Outros vizinhos preferiram sair de suas casas naqueles fins de semana, indo para bem longe do bairro.
Lembramos bem o que disse o Coronel Artur da Segup: bastaria um idoso, para ja ter seus direitos garantidos. Isso, porém, não vimos acontecer, pois a poluição sonora neste precarnaval, não foi inferior aos outros anos.
O problema da poluição sonora iniciou quando a Fumbel autorizou vários blocos a 'estacionarem' no entorno de igrejas tombadas, para suas 'concentrações'. Até então, se ouviam somente bandinhas com seguidores mascarados. Nessa época, lutavamos por banheiros quimicos e pela limpeza das praçasn e os blogs da Civviva o demonstram até com fotos.
A partir desse ano, porém, entraram os trios elétricos e carros som a fazer parte de um carnaval que nada tinha a ver com a memoria carnavalesca do paraense, e nem com a salvaguarda do nosso patrimônio histórico.
Ao Coronel Machado
Encaminho abaixo, os nomes dos Blocos que a FUMBEL deu declaração de que o evento "é de interesse para consolidação da expressão cultural do Município de Belém", na condição de serem autorizados pelos demais Órgãos Municipais e Estaduais. Ou seja, não é autorização.
Na oportunidade informamos também, que esses Blocos assinaram termo de compromisso, obedecendo regras somente para a concentração e passagem por algumas ruas da Cidade Velha.Devo lembrar que o FOFÓ DO ELOY, não possui declaração da FUMBEL e exatamente ele que, segundo fomos informados, permanece fazendo barulho na Cidade Velha, especialmente na Praça do Carmo.
Para que qualquer Bloco possa realizar eventos na Cidade Velha, devem apresentar as autoridades da GBEL, PM ou DEMA, todos os documentos necessários como declaração da FUMBEL, e autorização da SEMMA, DPA, SEMOB, IPHAN, DPACH
BLOCOS
PROCESSO 138/14 – BLOCO CARNAVALESCO ELKA
DATA EVENTO: 15/02/2014 – HORARIO 13H AS 18H.
RESPONSAVEL: MANUEL ACÁCIO BASTOS
PROCESSO 222/2014 – BLOCO AMIGOS DO URUBUDATA EVENTO: 22/02/2014 – 14 AS 19HRESPONSAVEL: VICTOR FIOCK DANINPROCESSO 244/2014 – BLOCO CABLOCO MUDERNODATA EVENTO: 23/02/2014 – 13 AS 18HRESPONSAVEL: MARCO ANDRE SISO DE OLIVEIRAPROCESSO 328/2014 – BLOCO FILHOS DE GLANDEDATA EVENTO: 23/02/2014 – 15 AS 18HRESPONSAVEL: CARLOS ALBERTO COSTA SANTOSPROCESSO 340/2014 – BLOCO DO TRIODATA EVENTO: 22/02/2014 – 14 AS 18HRESPONSAVEL: MARCELO AUGUSTO NAZARÉ RODRIGUESTODOS ESTES BLOCOS SÓ IRÃO CONCENTRAR NA PRAÇA DO CARMO E APÓS O HORÁRIO ESTABELECIDO DEVEM DEIXAR A PRAÇA.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO
Ninguém pode gozar de um direito em detrimento de outro direito, também assegurado por lei, e isso a Fumbel esqueceu de verificar, e o caos, nesse ano, so fez aumentar. Nos quatro cantos da Praça do Carmo, carros abriam o bagageiro e poluiam o ambiente com musica que nada tinha a ver com o nosso carnaval, concorrendo entre uns e outros a quem exagerava mais com os decibeis.
REPETIMOS nossa opinião: Se compete ao Município “promover a proteção do patrimônio histórico" a nota acima não tinha algum sentido. Pior ainda se lembrarmos que "Compete à Fundação Cultural do Município de Belém a implementação da política de proteção e valorização do Patrimônio Histórico Cultural "
Cada ano que passava mais aumentavam os blocos abaianados, e os problemas não diminuiam. Outros moradores começaram a reclamar e unir forças para mudar essa realidade. Até a Igreja entrou na luta, este ano.
Ficou claro que o nosso patrimônio é que tinha que ser defendido e não os interesses privados ou de locais noturnos que se encontram nesta área, que, alias, são os únicos a tirarem vantagem desta situação.
Assim sendo, visto que estamos em área tombada; que devemos salvaguardar, defender, proteger nosso patrimônio... por que não defender também o carnaval? O "nosso" carnaval; aquele com bandinha e mascarados? aqueles blocos que não poluindo o ambiente, não provocam trepidação nem preocupações a quem tem idosos e animais em casa.
Os esforços feitos para melhorar esse carnaval não deram resultado, na opinião de muitos moradores. Os dados sobre a poluição sonora obtidos através de celular, não são aceitos pelos orgãos publicos. A SEMMA, porém, até hoje não forneceu os relatórios resultantes da fiscalização sobre o respeito da legislação sobre a poluição, para podermos confirmar o que dizem muitos cidadãos.
Sugerimos portanto que, em futuro, somente aquele tipo de blocos que defendem a nossa tradição carnavalesca tenham acesso a área tombada, e que se dirijam para outras áreas aqueles que usam sons eletro-eletrônicos e abadás.
Sugerimos portanto que, em futuro, somente aquele tipo de blocos que defendem a nossa tradição carnavalesca tenham acesso a área tombada, e que se dirijam para outras áreas aqueles que usam sons eletro-eletrônicos e abadás.
A Praça Valdemar Henrique seria uma ótima opção para estes ultimos blocos, pois não tem vizinhos, nem igrejas tombadas e ainda oferece espaços para estacionamento... o certo é que a área tombada e seus moradores não podem continuar a serem maltratados por pessoas que ignoram, com seu comportamento incivil, todas as leis que falam de patrimônio...e de gente idosa.
2 comentários:
Deve ser levado em consideração a Av. Marechal Hermes, no entorno do porto da cidade. Afinal, se o local se prestou para que todas as escolas de samba desfilassem, com todas as suas baterias e carros som móvel e as caixas de som fixas ao longo da avenida, interferiram no sossego público, nem no trânsito de veículos e/ou pessoas. Serviu também para acomodar os vendedores ambulantes móveis com bebidas diversas e os fixos com venda de alimentos variados.
Com pequenos ajustes no lay out do comércio, tudo de acordo com os órgãos fiscalizadores da saúde pública da cidade e dos órgãos da segurança pública, tão eficientes na cobrança de taxas dos blocos, escolas de samba, sem oferecer nada em troca no âmbito de suas finalidades sem qualquer providência que visasse o bem estar e a segurança do cidadão comum que se deslocou para esse local em busca do lazer carnavalesco.
A credibilidade das instituições públicas que gerenciam o carnaval está abalada. Na mesa das decisões é pactuado um número de providências que serão tomadas, contudo a quando da realização do evento, os responsáveis não se fazem presentes e os abusos retomam o seu lugar tradicional com a certeza ou informação de que não serão molestados. Isso precisa ter um fim não só na Cidade Velha, mas também nos demais locais da cidade e distritos que recebem grande concentração de pessoas, vândalos, trombadinhas, descuidistas, e principalmente contra aqueles que atentam contra o pudor público com práticas sexuais a céu aberto.
*NÃO INTERFERIRAM NO SOSSEGO PÚBLICO
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