Quarta feira de Cinzas. Antigamente era sinal de que o
carnaval tinha acabado. Saiamos as 6 h da manhã do Bancrevea e muitos, voltando para
casa, paravam na igreja da Trindade para
pegar...as cinzas .
Os anos passaram e os costumes foram mudando. Hoje, as marchinhas carnavalescas, o samba, frevo, maracatu,
forró, baião, xaxado deram lugar a ritmos novos nas festas de carnaval. Todos aqueles ritmos que
nasceram nos últimos anos, galgaram os palcos e também, alguns dos cordões de
mascarados que tinham sobrado.
Em muitas cidades vimos o dominio de ritmos diferentes das
marchinhas que estavamos acostumados. O axé, o funk, o brega e até
carimbó ganharam espaço em todo canto. Na Praça da Sé, porém,
tentaram impor nossa memória histórica, ajudados, não pelos urubus que afastam
as telhas de prédios tombados, mas com um gerador ligado durante 10h por dia.
De fato, sem alguma divulgação, a Secult montou um palco e
umas barraquinhas e, do dia 23 ao dia 25 de fevereiro fez trepidar nosso
patrimônio histórico... apesar de reclamações feitas com inisistencia no local, aos organizadores.
Alguem, ou algum órgão tinha decidido transferir para Av. Tamandaré
o ‘pre-carnaval’ evitando assim os ruídos provocados por trios elétricos na
área tombada da Cidade Velha, mesmo tratando-se de ‘entorno’. Isso porém não impediu
a Secult de animar a Praça da Sé no periodo carnavalesco.
Se formos olhar a relação dos bens tombados pela Secult,
pouco ou nada, além das pedras de liós, resulta na Cidade Velha, segundo dados publicados em janeiro de 2015 (http://www.aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php?file=/175047/mod_page/content/12/Listagem%20bens%20Tombados%20Capital%20-%202012.pdf)
Quem sabe seja esse o motivo que leva essa Secretaria a usar
a Praça da Sé para manifestações rumorosas, sem algum respeito pelos prédios
tombados por outros orgãos. Aliás, a poluição sonora é algo totalmente
descartado... juntamente com puxadinhos considerados abusivos.
Como exigir da população o respeito das normas estabelecidas
pelo CONAMA se o desrespeito vem...do alto?
Aconselhamos a leitura dessa nossa nota a respeito de abusos de decibeis, caso alguem queira nos responder... ou se justificar.
https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2020/01/para-que-medir-os-decibeis.html
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