Passaram-se vinte anos da morte de Carlos Alberto Rocque, o 'jornalista da história'. Esta sua ultima entrevista. http://www.youtube.com/watch?v=gJyQ42e236M
Em 2014 esta Associação resolveu reconhecer, em vida, o esforço cidadão daqueles que, em algum modo, cuidam ou se lembram do nosso Patrimônio Histórico...sem alguma obrigação, por mera consciência civil.
Uma homenagem a Carlos Rocque se fazia necessária por sua contribuição à história do Pará, sem ter, para tanto, vínculo acadêmico, fato esse que será levado em consideração na escolha dos futuros agraciados com tal reconhecimento.
O nome de Carlos Rocque a esse 'reconhecimento', foi escolhido por ter tido seu trabalho snobado por aqueles que podiam fazer mais pela cultura do Pará, mas que, não produzindo nada, preferiram, ignora-lo, em vez.
Cair no esquecimento, depois de tantas coisas que fez para embelezar Belém, e para defender nossa memória histórica, é a triste realidade que vimos repetir-se durante a recente reinauguração do monumento a Cabanagem.
Tiramos o chapéu portanto para o senhor Linomar Bahia pela lembrança deste triste momento. No seu artigo Em nome dos 'pais', lembra o "...comportamento típico da natureza humana, manifestado, principalmente, nas atividades políticas e nos ambientes institucionais, onde os "pais" de avanços costumam ser rapidamente esquecidos e suas obras apropriadas pelos oportunistas de qualquer oportunidade."
Mais adiante constata que "Na recente reinauguração do Monumento à Cabanagem, no Entroncamento, foi solenemente esquecido o criador, jornalista e historiador Carlos Rocque, um visionário e cultor do amor a Belém e ao Estado e na reverência, como a ali prestada, aos vultos da batalha responsável por ter sido o Pará o último a aderir à República, por isso estrela isolada sobre a faixa da bandeira nacional. Foi o "pai" da obra, traçada por Oscar Niemeyer, pouco mais que um rascunho, sem custo, nunca vista pelo autor, que se dizia riscado para se livrar do Rocque.
"Carlos Rocque, aliás, também tem sido vítima do esquecimento em todas a oportunidades da celebração das festividades Nazarenas, como "pai" que foi do "Círio Fluvial", quando presidente da "Paratur", nascido de uma conversa de que participei, sobre ampliar a programação das festividades, na mesa que Rocque mantinha cativa, no bar ao lado do residencial "Ipiranga", onde ele morava. Foi alertado da reação dos eternos discordantes, alguns indignados por não terem a ideia, por isso prontos a todo tipo de insulto, inclusive ser "maluco".
Esse esquecimento não para por ai. Outra obra totalmente abandonada é a homenagem feita a Magalhães Barata, em S. Braz. O museu do Cirio, em vez mudou para um lugar bem estreito, longe da igreja de Nazaré onde se encontrava.
Linomar Bahia, colmou, gentilmente, a triste lacuna ou total falta de atenção com seu artigo, e nós agradecemos profundamente.
Aqui, na integra o que escreveu.
https://www.oliberal.com/colunas/linomar-baia/em-nome-dos-pais-1.227154
Linomar Bahia, colmou, gentilmente, a triste lacuna ou total falta de atenção com seu artigo, e nós agradecemos profundamente.
Aqui, na integra o que escreveu.
https://www.oliberal.com/colunas/linomar-baia/em-nome-dos-pais-1.227154
Um comentário:
Eu não sabia que havia tido uma reinauguração do Monumento da Cabanagem.
Esse esquecimento é resultado da falta de memória. É uma terrível falta de consideração por quem teve participação efetiva na vida histórica da Cidade. Lamentável!
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