segunda-feira, 3 de abril de 2023

“O silêncio é para os covardes”


Tivemos um  comentário sobre o argumento tratado nesta nota publicada ontem   https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2023/04/verdade-e-memoria-do-para.html  cuja relevância consideramos enorme ao ponto de evidenciarmos, aqui também, seu conteúdo.

A autora, Gracy (Maria das Graças Andrade), minha amiga de infância, que dedicou sua vida ao “direito” complementou e esclareceu a importância do Relatório final apresentado  pela Comissão da Verdade e Memória do Pará, sobre as “violações  de direitos humanos e liberdades no Estado do Pará no período de  1° de abril de 1964 a 5 de outubro de 1988”.

Como fez o Tribunal Russel a partir dos anos 60 do século passado,  o trabalho da Comissão, realmente   “efetiva o direito de memória, da verdade histórica...”, nos dando condições de  promover a  “consolidação do Estado Democrático de Direito” no território do nosso Estado.

Ela confirma que, no caso do Tribunal Russel:

O tribunal, mesmo não tendo uma validade jurídica, atuou como um tribunal de consciência popular contra o crime do silêncio".

Muito importante esse ponto. Todos os crimes contra a Humanidade ou contra um indivíduo, em que se constata a injustiça ou excessos  antiéticos devem ser revelados e condenados. O silêncio é para os covardes, os injustos, cuja consciência se encontra corrompida.

Essa matéria, "crime do silêncio", se sobrepõe às questões ideológicas e religiosas e já deve ser mais comum do que se pensa. Opor-se à injustiça, ao tempo que significa um ato de coragem, significa sobretudo um ato de autodefesa e, certamente, tem sido objeto de teses e inúmeros  livros.

Destaco, aqui, sobre essa abordagem, o crime cometido contra Jesus Cristo, em que o absolutamente inocente é condenado à MORTE NA CRUZ sob a liderança farisaica. Todos os seus apóstolos o abandonaram, com exceção de João, que permaneceu corajosamente ao lado de Maria.

Esses silêncios injustos sempre existiram na história da humanidade, especialmente contra as minorias que ousam contestar a ordem injusta estabelecida, mas devem continuar a ser duramente combatidos, independentemente de credo, cor, ideologia etc."


Um comentário:

Anônimo disse...

Se não encararmos a verdade , a recorrência das ignomínias contra a humanidade e um povo é inevitável
Angela Sales