Tivemos um comentário sobre o argumento tratado nesta nota publicada ontem https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2023/04/verdade-e-memoria-do-para.html cuja relevância consideramos enorme ao ponto de evidenciarmos, aqui também, seu conteúdo.
A autora, Gracy (Maria das Graças Andrade), minha amiga de infância, que dedicou sua vida ao “direito” complementou e esclareceu a importância do Relatório final apresentado pela Comissão da Verdade e Memória do Pará, sobre as “violações de direitos humanos e liberdades no Estado do Pará no período de 1° de abril de 1964 a 5 de outubro de 1988”.
Como fez o Tribunal Russel a partir dos anos 60 do século passado, o trabalho da Comissão, realmente “efetiva o direito de memória, da verdade histórica...”, nos dando condições de promover a “consolidação do Estado Democrático de Direito” no território do nosso Estado.
Ela confirma que, no
caso do Tribunal Russel:
“O tribunal, mesmo não tendo uma validade jurídica, atuou como um
tribunal de consciência popular contra o crime do silêncio".
Muito importante esse
ponto. Todos os crimes contra a Humanidade ou contra um indivíduo, em que se
constata a injustiça ou excessos
antiéticos devem ser revelados e condenados. O silêncio é para os covardes, os injustos, cuja consciência se
encontra corrompida.
Essa matéria,
"crime do silêncio", se sobrepõe às questões ideológicas e religiosas
e já deve ser mais comum do que se pensa. Opor-se à injustiça, ao tempo que
significa um ato de coragem, significa sobretudo um ato de autodefesa e,
certamente, tem sido objeto de teses e inúmeros
livros.
Destaco, aqui, sobre
essa abordagem, o crime cometido contra Jesus Cristo, em que o absolutamente
inocente é condenado à MORTE NA CRUZ sob a liderança farisaica. Todos os seus
apóstolos o abandonaram, com exceção de João, que permaneceu corajosamente ao
lado de Maria.
Esses silêncios injustos sempre existiram na história da humanidade, especialmente contra as minorias que ousam contestar a ordem injusta estabelecida, mas devem continuar a ser duramente combatidos, independentemente de credo, cor, ideologia etc."
Um comentário:
Se não encararmos a verdade , a recorrência das ignomínias contra a humanidade e um povo é inevitável
Angela Sales
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