O ano começou com várias obras públicas, a maior
parte delas em praças e prédios do nosso Patrimônio Histórico. A origem dessa atenção por parte do governo ao
nosso patrimônio começa em 1995. Sobre esse argumento escrevemos algo em 2016:
Ministerio da Cultura e o PAC das Cidades Históricas
Anos atras, o governo nacional decidiu olhar com mais atenção para o nosso patrimônio histórico. Inicia assim, em 1995 uma discussão a respeito do que e como fazer isso.
Em 2001
O Monumeta nasce, praticamente, nesse periodo, quando o Ministério da Cultura - MinC e a direção do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID deram início aos encontros para viabilizar um programa de preservação do patrimônio cultural do país, levando em consideração, principalmente sítios e conjuntos urbanos.
Em 1998 entra a UNESCO através de acordos e, em 2000 incia, efetivamente, o programa Monumenta. Governava o Presidente Fernando Henrique Cardoso. Os problemas vem a tona , porém, ao tentar traçar as Diretrizes de ação pois os entraves burocráticos eram enormes; não existiam normas de preservação; os pareceres dados, muitos deles arbitrários e morosos, geravam intervenções irregulares causando danos aos monumentos.
...
Nasce o ideario
da cidade-instrumento na história da conceituação das áreas urbanas
de valor histórico-cultural agregado.
Era o nascimento também do projeto MONUMENTA e em 2006 é nomeado
o Presidente do IPHAN como Coordenador Nacional do Programa.
O Monumenta agraciou apenas sete proprietários de casas, em Belém. Alguns deles tinham acabado de compra-las na área tombada pela Prefeitura, os outros candidatos, por serem somente herdeiros, não tiveram direito. https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2016/05/o-ministerio-da-cultura-e-o-pac-das.html
Em 2009, nasce o Programa de Aceleração do
Crescimento –PAC-Cidades Históricas com o intuito
de revitalizar as Cidades Históricas brasileiras através de investimentos federais e ações
que envolveriam as três esferas de governo (municipal, estadual e federal).A
intenção era articular
políticas públicas envolvendo questões sociais, culturais, econômicas, educacionais e de turismo.
http://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2013/08/pac-das-cidades-historicas.html
No meio tempo o Ministério da Cultura despareceu e esse projeto ficou pairando sabe la por onde. Até o IPHAN sofreu mudanças...
De repente, depois de quase dez anos, 2020 inicia com essa surpresa. O que vemos acontecer hoje em Belém, é uma consequencia do PAC, mas as placas que vemos nessas obras, nada dizem a respeito. Qual é o objetivo dessas placas? Não deveriam informar os cidadãos que os serviços realizados naquele local possuem responsaveis tecnicos e profissionais legalmente habilitados? Somente as obras de privados tem essa obrigação informativa?
Tratando-se de um obra pública: cadê o nome da empresa que ganhou a concorrência pública? Cadê os dados relativos ao documento que aprovou aquela obra? Quais outros órgãos fazem parte dessa empreitada? Os seis meses ja passaram...
A requalificação indicada, o que trata exatamente? O valor da despesa se refere, concretamente, a quê? Nova drenagem das águas pluviais? Troca do pavimento? Vão mexer no paisagismo? Só pinta-las e lavar os monumentos? Vão restaurar algo, também? Qual a Secretaria Municipal responsavel por cada obra? É mais de uma secretaria? Qual a origem do dinheiro que estão gastando nessas obras?
O que concretamente a Prefeitura propõe fazer nessas quatro praças históricas, hoje muradas, para justificarem essa despesa que anunciam?
QUANTO CUSTARAM ESSAS PLACAS PARA NOS INFORMAREM SOMENTE O PREÇO DA OBRA?
A LEI DA TRANSPARÊNCIA DÁ ALGUMA INDICAÇÃO A RESPEITO?
O CREA ESTÁ SATISFEITO COM ELAS?
Um comentário:
Muito bem observado. Essas placas estão raquíticas de informações. Devem estar fora da lei. Boa oportunidade para ciosos promotores públicos.
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