...e o Auto do Cirio também.
Na audiencia da OAB, a representante de um orgão
publico me disse que são “obrigados a autorizar o Auto do Círio, sem
restrições”... Tal afirmação, imediatamente nos preocupou.
O reconhecimento pelo IPHAN como patrimonio imaterial so eleva o valor do Auto do Cirio, o qual não deve dar motivos para criticas a causa de desrespeito de qualquer lei. A consequencia dessa possibilidade, atinge seja os idosos, os animais e até a natureza, para
não falar do patrimônio histórico. Para fazer cultura é próprio necessário tanto barulho?
Lemos na internet sobre poluição sonora, que:
“A expressão lei do silêncio faz referência a diversas leis
federais, estaduais ou municipais que estabelecem restrições objetivas para a geração de ruídos durante dia e noite,
em especial no caso de bares e casas noturnas.”, mas não somente.
Dizem também que: “Sons
em volume elevado são danosos à saúde humana e animais.”e nós acrescentamos, aos
prédios, tombados ou não, também. Aliás, a internet
coloca a disposição de quem quer se
informar, mal ou bem, um monte de material sobre poluição e trepidação. As Instituições religiosas e as de ensino e educação tem
acesso a muito mais coisas a respeito, mas que utilizo fazem disso? Quais
exemplos concretos vemos dessa leitura?
Ao menos respeitar os
decibéis previstos nas normas nacionais (50 decibeis) ou aquelas municipais,
não atualizadas (70), mas superar os 115 decibeis em frente ou ao lado dos nossos
principais prédios históricos, o que quer demonstrar ? Em 2017, ao sair da Praça do Carmo, o Auto do Cirio superava os decibeis dos trios elétricos carnavalescos.
Por tras do Auto do
Cirio temos um órgão que, estatutariamente, ha tres funções básicas:
ensino, pesquisa e extensão. Com certeza sabem não serem os únicos que, uma
vez por ano, poluem a área tombada, fazendo trepidar os prédios públicos e
particulares, mesmo se com um espetaculo muto bonito. A eles devem ser
acrescentados, atualmente, quem organiza os casamentos oferecendo como
serviço o lançamento, também, de fogos, e os trios elétricos das manifestações em frente a Alepa. Todos superando de muito os decibeis estabelecidos pelas normas em vigor.
Um ano tem mais de
cinquenta semanas e na Cidade Velha temos quatro igrejas muito procuradas.
Digamos que nem todos os casórios façam essa ação danosa ao nosso patrimônio
que vai, porém, se unir aos fogos das festas dos santos comandados, as
manifestações em frente a Alepa, aos batedores de tambor diuturnos, ao
carnaval, etc, etc, etc, Se descobre desse modo que são pouquíssimos os dias, talvez em
julho, de silencio total.
As várias transladações da N.Sra. de Nazaré acompanhadas de fogos rumorosos e buzinas, de um hospital, para um Tribunal; de um colégio para um Banco; de uma escola para um Ministério durante os dias que precedem o Cirio, ajudam enormemente a aumentar a poluição... em toda a cidade. Parece até que ja estamos surdos, pelo que se vê.
As várias transladações da N.Sra. de Nazaré acompanhadas de fogos rumorosos e buzinas, de um hospital, para um Tribunal; de um colégio para um Banco; de uma escola para um Ministério durante os dias que precedem o Cirio, ajudam enormemente a aumentar a poluição... em toda a cidade. Parece até que ja estamos surdos, pelo que se vê.
Esse raciocínio é so
para demonstrar que não “É SO UM DIA NO ANO” que fazem trepidar nosso patrimônio histórico. Devemos somar todas essas ações para nos aproximarmos da realidade. Na
verdade é absolutamente falsa essa frase, pois fazemos parte de uma sociedade a
qual, concretamente, demonstra bem pouco interesse em educar e fazer respeitar, seriamente, as leis e o proximo:
seja o meio ambiente, que as pessoas.... haja visto que tem quem pode até ser
autorizado a não respeitar as leis.
Diariamente vemos o
desrespeito das normas que falam de “silencio”, de “rumores”, de ‘trepidação’,
de “poluição” e so vimos suspenderem o uso dos trios elétricos durante o ultimo
carnaval... Transporta-lo porém para a Tamandaré, com os trios elétricos,
vocês acham que é a solução ideal? Estão sempre no entorno de uma área tombada.
Com certeza os tempos
mudaram, mas os autos de origem
medieval continuam a satirizar os poderosos e os religiosos que se preocupam
apenas com questões materiais. Eles ja tinham, seja a finalidade de divertir, de moralizar ou de
difundir a fé cristã mas também , com as farsas, falar do cotidiano. No caso de Belém, o Auto do Cirio dá uma atenção especial para o que é nosso seja quanto as etnias que quanto as religiões, principalmente, mas não so. As críticas à sociedade são benvindas, mas seria melhor que tudo acontecesse, sem poluição de algum jeito.
Naquela época, usavam tambores, apitos,
flautas...hoje, se não fizerem um barulho enorme, parece que não é cultura.
Esse é o ponto...e o problema para a defesa do nosso patrimonio histórico e...dos nossos
ouvidos. Em algum modo a valorização e preservação do nosso patrimonio historico cultural, deve ser feita no respeito das normas em vigor. Seria uma opção educativa fazer isso, principalmente como exemplo aos alunos.
O Arraial do Pavulagem, também defende nossa
cultura, e, ainda bem, não usa trios elétricos, e, além de tambores, usa instrumentos locais,
nossos. A trepidação é bem inferior aquela provocada pelos trios elétricos,
mas, também precisam de espaço...e a área tombada é desaconselhável.
Em ambos os casos temos uma boa
quantidade de seguidores que, SEJA DE DIA QUE DE NOITE, não respeitam nenhum tipo de
propriedade: sejam automoveis estacionados no seu caminho, que muros e portas
de prédios públicos ou particulares que são transformados em mictório.
Atras da antiga SNAPP,
tem uma área enorme, sem vizinhos. Um tempo era chamada Pça Kennedy, hoje Praça Waldemar Henrique....não podiam ir para la seja o Auto do Círio
que o Arraial do Pavulagem? Os danos as
pessoas e as coisas seriam muito menores... isso, caso queiram continuar a desrespeitar
as leis e superar os decibéis.
A CIDADE VELHA MERECE TODO O NOSSO RESPEITO, COMO AS LEIS TAMBÉM.
A AGREGAÇÃO DE VALORES HISTÓRICOS NÃO NECESSITA DE TODA ESSA POLUIÇãO SONORA QUE VEMOS ACONTECER.
A CIDADE VELHA MERECE TODO O NOSSO RESPEITO, COMO AS LEIS TAMBÉM.
A AGREGAÇÃO DE VALORES HISTÓRICOS NÃO NECESSITA DE TODA ESSA POLUIÇãO SONORA QUE VEMOS ACONTECER.
É MAIS QUE HORA DE TOMAR UMA DECISÃO COERENTE E
COMEÇAREM A RESPEITAR AS LEIS, AS PESSOAS, OS ANIMAIS O AMBIENTE... E O
PATRIMÔNIO, SENÃO QUE TIPO DE INSTITUIÇÕES EDUCATIVAS SERIAM?
O METRO TEM CEM CENTIMETROS....PARA TODOS, NÃO SOMENTE PARA OS CARNAVALESCOS.
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