Vinagre, olio, sal e pimenta, com
certeza era o que tinha nas garrafas pet e nas vasilhas que duas mocinhas
colocaram em cima dum banco da Pça do Carmo... Uma continuou a ir e vir com
objetos e coisas várias que apoiou no chão, a outra, em vez, acendeu um fosforo.
Entrei em casa. Fui pegar o celular
para fotografar o que estavam fazendo... Voltei e já tinha uma fumaça que saia
debaixo do banco. Uma delas pega uns espetinho e se abaixa. Ali devem ter
colocado um fogareiro ou algo similar.
Um som começou a sair de algum lugar,
talvez um carro... Mais pra la, embaixo de uma arvore, mesas e cadeiras foram
arrumadas e se acomodaram: avós, pais, filhos e netos. De longe chegava barulho de fogos...
As mocinhas começaram a ir e vir com espetinhos fumegantes que
entregavam aqueles que esperavam sentados ao redor das mesas. A música
aumentou. Mudaram o tipo de musica e o vai-e-vem delas continuava...Seja um
tipo que o outro, das musicas, não eram de gosto muito agradavel. Medi os decibéis: 65.
Depois de ter feito três fotos
entrei, e na minha cozinha notei que o tempo estava fechando... Passaram mais
dez minutos e ... kkkk... começou a chover. Voltei para ver o que acontecia: todos se levantaram das mesas e
entraram no bar do canto da D.Bosco com a Praça.
Juro que não pedi ajuda a nenhum
santo, mas agradeci pelo chuvisco. Já estava ficando com medo que a musica passasse
para 79 decibeis como sempre. As normas estabelecem 50/55 decibeis
que, de qualquer jeito, já dá fastidio...
Uma outra norma diz que não deveriam ser autorizadas atividades rumorosas a menos de 200 metros de igrejas, escolas, hospitais... Mas será que não era apenas um convescote familiar? (que, de quaquer jeito não é permitido).
QUANDO TUDO PARECIA TRANQUILO AS 19,30, na escadaria da praça umas pessoas começaram a tocar tambor... O numero de ouvintes e cantores começou a aumentar. Fiscalização? Nenhuma.
Transformar calçadas e praças em: dormitório, estacionamento, campo de
futebol, alcova, mictorio e cozinha (mesmo se não é ainda tempo de Cirio), não são previstas nas normas que regem a vida em sociedade. O sentimento de "pertencimento" ou o fato dos individuos pensarem em si mesmos como membros de uma coletivade, parte integrante de um sistema maior, é inexistente. Vale o direito individual, onde cada um se permite o que bem entende abusando, inclusive da poluição sonora. Neste momento 75 decibeis dentro de casa.
Se ninguem educa as pessoas; se nem em casa nem na escola se aprende o que as leis pretendem; se não existe fiscalização, como pretender que se transformem em cidadãos? Que cuidem da cidade ou respeitem o uso das áreas públicas?
Chamamos o 190. Será que alguem virá fiscalizar o que está ocorrendo? Será que eles tem autorização?
Chamamos o 190. Será que alguem virá fiscalizar o que está ocorrendo? Será que eles tem autorização?
No direito de ir e vir, ao menos duas coisas não são permitidas: a poluição sonora e a ambiental, mas... não é o que se vê na área tombada. Para determinados usos os espaços devem ter equipamentos e instalações bem diferentes daqueles previstos para uma praça. A falta de banheiros quimicos, neste momento os leva a urinar na porta das casas e nos carros estacionados.
A incivilidade das pessoas é surpreendente. Vários são os usos que já deram às praças e calçadas da cidade, apesar do Código de Postura e de tantos Guardas, Policiais e fiscais das várias Secretarias Municipais, que nem sempre encontramos quando é necessario. A tarde, um carro parou, abriu o bau e exibiu sua musica altissima. Conseguimos que desligassem, e agora chegam os batuqueiros...
Se não fosse perigoso podiamos fazer um vídeo para mandar para o Iphan de Brasilia, usar na semana do patrimonio, para que saibam que existe este uso também das praças tombadas, o que inclui poluição sonora em abundancia.
A FALTA DE FISCALIZAÇÃO, É EVIDENTE QUE
FAVORECE TAIS ABUSOS
PS- Até as 23,30 h não tinha aparecido ninguem para impor respeito na Praça.
Um comentário:
Pic nic urbano
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