domingo, 4 de agosto de 2019

O QUE É ISSO, GENTE?




Vinagre, olio, sal e pimenta, com certeza era o que tinha nas garrafas pet e nas vasilhas que duas mocinhas colocaram em cima dum banco da Pça do Carmo... Uma continuou a ir e vir com objetos e coisas várias que apoiou no chão, a outra, em vez, acendeu um fosforo.

Entrei em casa. Fui pegar o celular para fotografar o que estavam fazendo... Voltei e já tinha uma fumaça que saia debaixo do banco. Uma delas pega uns espetinho e se abaixa. Ali devem ter colocado um fogareiro ou algo similar.


Um som começou a sair de algum lugar, talvez um carro... Mais pra la, embaixo de uma arvore, mesas e cadeiras foram arrumadas e se acomodaram: avós, pais, filhos e netos. De longe chegava  barulho de fogos...


As mocinhas começaram  a ir e vir com espetinhos fumegantes que entregavam aqueles que esperavam sentados ao redor das mesas. A música aumentou. Mudaram o tipo de musica e o vai-e-vem delas continuava...Seja um tipo que o outro, das musicas,  não eram de gosto muito agradavel. Medi os decibéis: 65.


Depois de ter feito três fotos entrei, e na minha cozinha notei que o tempo estava fechando... Passaram mais dez minutos e ... kkkk... começou a chover. Voltei para ver o que acontecia: todos se levantaram das mesas e entraram no bar do canto da D.Bosco com a Praça.

Juro que não pedi ajuda a nenhum santo, mas agradeci pelo chuvisco. Já estava ficando com medo que a musica passasse para 79 decibeis como sempre. As normas estabelecem 50/55 decibeis que, de qualquer jeito, já dá fastidio... 
Uma outra  norma diz que não deveriam ser autorizadas atividades rumorosas a menos de 200 metros de igrejas, escolas, hospitais... Mas será que não era apenas um convescote familiar? (que, de quaquer jeito não é permitido).

QUANDO TUDO PARECIA TRANQUILO AS 19,30, na escadaria da praça umas pessoas começaram a tocar tambor... O numero de ouvintes e cantores começou a aumentar. Fiscalização? Nenhuma. 



Transformar calçadas e praças em: dormitório, estacionamento, campo de futebol, alcova, mictorio e cozinha (mesmo se não é ainda tempo de Cirio), não são previstas nas normas que regem a vida em sociedade. O sentimento de "pertencimento" ou o fato dos individuos pensarem em si mesmos como membros de uma coletivade,  parte integrante de um sistema maior, é inexistente. Vale o direito individual, onde cada um se permite o que bem entende abusando, inclusive da poluição sonora. Neste momento 75 decibeis dentro de casa.



 Se  ninguem educa as pessoas; se nem em casa nem na escola se aprende o que as leis pretendem; se não existe fiscalização, como  pretender que se transformem em cidadãos? Que cuidem da cidade ou respeitem o uso das áreas públicas?
Chamamos o 190. Será que alguem  virá fiscalizar  o que está ocorrendo? Será que eles tem autorização?


No direito de ir e vir, ao menos duas coisas não são permitidas: a poluição sonora e a ambiental, mas... não é o que se vê na área tombada. Para determinados usos os espaços devem ter equipamentos e instalações bem diferentes daqueles previstos para uma praça. A falta de banheiros quimicos, neste momento os leva a urinar na porta das casas e nos carros estacionados.

A incivilidade das pessoas é surpreendente. Vários são os usos que já deram às praças e calçadas da cidade, apesar do Código de Postura e de tantos Guardas, Policiais e fiscais das várias Secretarias Municipais, que  nem sempre encontramos quando é necessario. A tarde, um carro parou, abriu o bau e exibiu sua musica altissima. Conseguimos que desligassem, e agora chegam os batuqueiros...


Se não fosse perigoso podiamos  fazer um vídeo para mandar para o Iphan de Brasilia, usar na semana do patrimonio, para que saibam que existe este uso também das praças tombadas, o que inclui poluição sonora em abundancia. 

                       A FALTA DE FISCALIZAÇÃO, É EVIDENTE QUE 

                                           FAVORECE TAIS ABUSOS 

PS- Até as 23,30 h não tinha aparecido ninguem para impor respeito na Praça.