Passando pelo terreno a esquerda
da entrada do Portal da Amazonia situado depois do
acesso existente ao Hospital Naval, vimos em meados deste ano, por algum tempo, várias maquinas grandes, inclusive do tipo movimento terra, de terraplanagem, trabalhando.
Até o fim do mês de junho, tínhamos
notado algumas placas com indicações relativas a Prefeitura mas sem dizer que obra seria. Soubemos também que após o inicio da
construção naquela área, a marca da SEURB tinha sido apagada nas placas. Mais uns dias se passaram e até a placa da Prefeitura desapareceu.
No inicio de julho,
passando novamente pelo Portal da Amazonia deparamos com uma construção no
terreno já em avançado estado. Procuramos informações a respeito e descobrimos ser
um “Atacadão”.
Tal tipo de atividade não
nos pareceu ser possivel no entorno de uma área tombada e de um Hospital, começamos então a denunciar nas nossas paginas na internet e vimos
crescer a olhos vistos as estruturas de
ferro de tal construção. Em pouco tempo, após o inicio dos trabalhos, a obra
já tinha provocado estragos na pavimentação do Portal da Amazônia.
Tratando-se de um Atacadão, com certeza esse problema iria piorar com
o aumento do fluxo de carros e até de caminhões. Nossa preocupação
aumentou. Não achamos justo estragar uma área criada para o lazer da população,
com criação de atividades que vão disturbar, não somente as pessoas e o meio
ambiente com aumento da poluição, mas, a proximidade de um hospital também constituía
um problema... e a visão do rio???
Continuamos a procurar noticias e fomos informados que, no zoneamento de
Belém, a área em questão está localizada numa Zona de Interesse Paisagístico
e resulta não ter nem esgotamento sanitário. Corriam vozes, inclusive, que o ESTUDO DE IMPACTO tinha sido
aprovada sem respeitar o PLANO DIRETOR... Achamos melhor aprofundar a questão.
Recorremos a OAB pedindo
ajuda e a noticia de fato se transformou
assim em um inquerito civil no Ministerio Publico Estadual. O objeto da ação, em origem, era apurar possíveis irregularidades na concessão do licenciamento para a
construção do imóvel de uso de comercio atacadista...
A resposta da SEMMA à Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, Patrimônio
Cultural... sobre a regularidade da
construção foi considerada insuficiente, assim, quanto a regularidade de tal empreendimento em matéria ambiental e
o pedido de providencias quanto a legalidade
e a continuidade da obra. a Promotoria
em questão continuaria a fazer suas apreciações, no entanto foi encaminhada copia da referida noticia de fato a estas
Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimonio Público e da Moralidade Administrativa
para apurar possiveis atos de improbidade administrativa no licenciamento do
empreendimento.
Em data 24
de agosto de 2018, Antonio Lopes Mauricio, 2º Promotor de Justiça de Defesa do
Patrimonio Público e da Moralidade Administrativa de Belém, em exercício, assina
o ato em que resolve recomendar ao Municipio de Belém, a SEURB e a SEMMA, sob pena de improbidade administrativa..:
1-
A INTERDIÇÃO E EMBARGO da construção da empresa ATACADÃO DISTRIBUIÇãO
COMERCIO E INDUSTRIA S.A.A com paralisação das obras por completo, com a fixação de auto de interdição, até a
necessária regularização das licenças, uma vez que a documentação apresentada
pela SEMMA apresenta inconsistências de todos os tipos, além de estarem
ausentes diversos documentos exigidos para o início da construção de um
empreendimento de tal porte;
2- A INSTAURAÇÃO de procedimentos necessários para apurar
a responsabilidade de quem deu causa as irregularidades acima apontadas...
A mídia deu noticias e assim
soubemos que : “Na última quinta-feira,
30, o Ministério Público do Estado do Pará e o Ministério Público Federal
encaminharam recomendação conjunta à Secretaria Municipal de Meio Ambiente
(Semma), para que providencie o cancelamento das licenças prévia e de
instalação e o consequente embargo da obra de construção do empreendimento
atacadista, em razão de irregularidades encontradas na expedição das licenças
ambientais, o que deve consolidar a complexa situação da edificação.”
A Prefeitura de Belém, tentando se defender, explicou que todas as licenças concedidas ao
empreendimento atacadista, localizado às proximidades do Hospital Naval, foram
expedidas dentro da legalidade e de forma responsável, mas, segundo a
Prefeitura, a empresa descumpriu o que determinavam os documentos e extrapolou
os limites de altura aprovados nos projetos apresentados. “Em razão deste
descumprimento, a Prefeitura de Belém já entrou com embargo administrativo e
entrará, junto com o Ministério Público, com um embargo judicial à obra.
VAMOS AGUARDAR OS RESULTADOS.
VAMOS AGUARDAR OS RESULTADOS.
Em corsivo lê-se o ato do MPE e as noticias dadas
pela ORM / Notícias / Região
Metropolitana
César Perrari / o Liberal
Um comentário:
Temos que ficar atentos e vigilantes, pois nessa obra não tem santo.
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