Sim, a Cidade Velha é
a Alma Mater de Belém e, sem nenhuma
dúvida, festejaremos seu nascimento no
próximo mês de janeiro. Portanto, em 2016 ela também faz 400 anos.
Para comemorar essa
data, a Civviva pensou
em traduzir o que restou do seu
patrimônio arquitetônico, através de alguns de seus azulejos e, assim sendo, uma
série de camisetas foram idealizadas. Para isso fomos ajudados por alguns
fotógrafos que nos honram com seus... favores:
Celso Roberto Abreu e Marcos André Costa. Com seu “trabalho” eles
ajudam a salvar e salvaguardar nossa
memória histórica, e nós agradecemos.
A primeira camiseta contém os azulejos da Travessa Tomazia
Perdigão, única mulher a dar nome a uma rua na Cidade Velha. Ela foi mãe de dois vereadores de Belém, no
tempo da Cabanagem. Uma familia que teve sua origem na casa mais bonita e antiga dessa pequena rua, adotou esta ideia.
A segunda camiseta é para lembrar alguns dos prédios mais
bonitos e importantes do bairro situados nas ruas que deram origem ao núcleo
inicial de Belém: Palacete Pinho na Dr. Assis, Instituto Histórico e
Geográfico do Pará na rua de Aveiro, a antiga sede
da fábrica do Guaraná Soberano, situada
na primeira rua aberta na “ilha Pará”, a rua do Norte, hoje Siqueira Mendes e o Seminário da Dr. Assis. Suas fachadas, bem conservadas,
lembram um período áureo vivido por Belém entre os séculos XIX e inicio do XX. Foi adotada pelos comerciantes da Pça do Carmo.
A terceira retrata os azulejos de casas pequenas, mas tipicamente nossas. São casas
simples, de porta com uma ou duas janelas, as vezes são lojas, que estão aí marcando presença, como os outros prédios, na nossa história. Não
podíamos deixar de lado, portanto, a Dr. Malcher, a Cametá, a ex
Cintra e a Marques de Pombal, com seus azulejos, nem sempre antigos,
mas mantendo um costume que está se perdendo. Comerciantes destas ruas a estão adotando.
Cada rua, cada prédio,
cada azulejo, por mais simples que sejam, não somente trazem e guardam
lembranças, historias e casos que lemos
ou ouvimos contar, mas são
principalmente, a nossa memória. Essa lembrança deve ser para nós como o Coliseu é para os italianos, uma fase da
nossa vida que sobrou, em algum modo, para que nossos netos tomem conhecimento
de como foi o nosso passado.
Com essa homenagem tentamos sustentar a
necessidade de salvaguardar
ao menos parte da memória desses 400 anos de vida do nosso querido
bairro e da nossa maltratada Belém.
Um comentário:
Excelente Dulce. Finalmente uma notícia a ser comemorada, vinda da nossa Cidade Velha, da nossa maltratada Belém. Abraços, Antonio Soares
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