Caro Ramos,
Estamos diante de mais um elemento da praga urbana que açoita e afoga a nossa tão querida cidade de Belém.
Sou contrário a quaisquer construções no local que não restabeleçam o padrão arquitetônico antigo, primeiro. Depois sou contrário a qualquer estrutura que contribua para o congestionamento local e que traga mais caos à mobilidade e qualidade de vida da Cidade Velha.
Belém ainda tem jeito! Penso que temos que instar o poder público, apoiados pelos (infelizmente, tristes) políticos de nossa terra para aprovarmos leis, urgentes, que impeçam que o mesmo aprove projetos que tragam transtornos para a cidade em todos os seus aspectos.
Chega de grandes condomínios em áreas e ruas de intenso tráfego ou estreitas, corredores; basta de aprovação de templos, igrejas, super mercados com saídas em esquinas, de forma dupla "em cima de semáforos", de hospitais sem estacionamentos nem acostamentos exclusivos, de clínicas, laboratórios, escolas, cemitérios etc. Chega de entradas de cegonhas com carros novos sem eliminação dos carros velhos, usados! Chega de abertura de concessionárias de venda de veículos até que se tenha um sistema de transporte coletivo de qualidade, barato e eficiente! Não permitamos mais construções de torres no Reduto e adjacências!
É evidente até ao mais leigo em assuntos urbanos que o BRT já nasce fadado ao fracasso, tenho certeza que não funcionará, o nosso povo não foi nem será educado para utilizá-lo, nem a cidade está estruturada para recebê. A cidade de Belém está se ruralizando, ou melho dizendo, as políticas “vermelhas” a ruralizou, num anti-movimento ao curso da história de uma cidade pós-motores e velocidade. Lembremo-nos da ação criminosa, que contrariou todas as normas da boa ergonomia da comunicação visual – a troca das cores das placas indicativas das ruas de Belém!
É uma agressão à vista, como dizem os italianos, pugno nell'occhio, por exemplo, as defensas da Avenida Almirante Barroso que deveria ser a nossa Avenida Paraense!! O triste, agora quase desértico logradouro, mais parece uma cidade de beira de estrada (dita de primeira), claro, de terceiro mundo. Uma rua que deveria ser o cartão postal de Belém é palco de experimentos de técnicos exógenos, projetos caros em que só ganham Prefeitos, Secretários e empreiteiros.
Digam-me: Quem pagará pelo desperdício do projeto paisagístico da SEMA? Plantaram e depois arrancaram. Quem pagará pela destruição da ciclovia, pelos recursos desperdiçados, pelos custos das grades metálicas, e agora pelos blocos pré-moldados de concreto? Quem será responsabilizado para devolver os recursos gastos para com sinalização horizontal em azul para a pseudo segregação dos ônibus aplicada na avenida citada antes das demolições para o BRT, no período eleitoral? Onde irão parar os restos de demolição? E a pintura de vermelho para alaranjado (sabe- se lá a que custo)?!
O metrô em Belém é imprescindível, crucial, premente, ele deve ser subterrâneo uma caixa no subsolo. Permitindo o escoamento com conforto para o povo até o centro. Somente assim poderemos pensar em ciclovias e arbonizações, qualidade de vida, turismo, geração de ocupação e renda, etc...
O Pará tem riquezas de onde poderá tirar os recursos!
Desde que eles não deságuem nos bolsos dos políticos e dos empreiteiros corrompidos pelo poder público...
É o que penso SMJ.
Apoio e parabenizo a iniciativa Prof. Ramos, chega de desmandos, planos equivocados, roubalheira em nossa cidade. Todos tem que sair da posição de macacos budistas diante de mais esse mal e tentarmos reverter os demais.
Edison Farias
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