HOJE, 28 DE AGOSTO É A SEGUNDA VEZ, EM UM MêS, QUE O PREFEITO DE BELÉM, VEM VISITAR A CIDADE VELHA. A primeira vez, visitou as Praças e o viram na Praça do Carmo.
Isso é muito bom. Ele chega com seus Secretários sem avisar e as pessoas ficam admiradas; pouco a pouco tomam coragem e se aproximam, e começam a falar dos problemas e sugerir soluções. Chega de supetão, sem que ninguem espere sua chegada, assim consegue ver as coisas como estão na realidade.
Desse jeito foi hoje no Porto do Sal. Ele chegou, entrou, cumprimentou quem trabalhava e foi até a beira do rio. A voz correu entre todos e, aos poucos, as pessoas se aproximaram e começaram a falar. Nós, na porta do Mercado, esperavamos a sua volta, para lhe entregar uns lembretes.
Nos tratou, como sempre, muito gentilmente, e começamos a conversar, até que nossas opiniões divergiram a respeito da 'revitalização' da Cidade Velha, palavra que eu não encontrei em nenhuma lei que fale de patrimônio histórico. Ele guardou os 'lembretes' e continuamos a caminhar e conversar, até que vi uma casa muito bonitinha, com toldos vedes amarrados sobre as portas. Sinalizei o fato e ele chamou o Secretário da Seurb e pediu providências. O mesmo fez com a Secon, a respeito das mercadorias do lado de fora das lojas. Tratava-se da parte externa do Mercado do Sal.
Entramos em um porto e novos pedidos foram feitos. Voltamos para a frente do Mercado e uma senhora, proprietária de um porto veio pedir que asfaltasse uma área externa e assim por diante as pessoas falaram de valas entupidas, de abandono, da luz e da falta de segurança.
Aquela rua do Porto do Sal, é cheia de "portos", um atrás do outro e bem poucos dentro das leis. Comentou que tinha ja feito pedido para a construção de doze (12) portos em Belém para servir as 37 ilhas ao nosso redor... e que faria algumas coisas na Cidade Velha que não seriam do agrado da D. Dulce...
Depois disso, avendo ja feito o nosso dever, nos despedimos e voltamos para casa pensando: 'serão os falados restaurantes da Siqueira Mendes, sem estacionamento, o que não nos agradará? Mas se for, é uma questão de respeito das leis vigentes e não dos quereres da Presidente da Civviva...
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LEMBRETES SOBRE A CIDADE VELHA entregues ao Sr. Prefeito
1 – REVITALIZAÇÃO: as leis não falam de revitalização, mas
de restauro, salvaguarda...
2 – ESTACIONAMENTO: as atividades autorizadas precisam ter
estacionamento para seus clientes , assim
como prevê a normativa em vigor;
3 – GARAGENS: os moradores precisam poder fazer garagens, ou
ter onde estacionar seus veículos.
4- TREPIDAÇÃO: DE NADA ADIANTA PRETENDER O RESTAURO DAS
CASAS SE ESSAS RACHAM E PERDEM SUAS PARTES A CAUSA DO TRANSITO.
5 – TRANSITO – o aumento exagerado do transito no bairro
está provocando seríssimos danos ao patrimônio, principalmente aquele
particular. As carretas deviam ser proibidas no Centro Histórico.
6 – AGUA marron que sai das torneiras é coisa velha que
ninguem conserta. Em vez, aumenta o uso de poços artesianos.
7 - POLUIÇÃO SONORA -
não somente nos locais noturnos, mas também dos carros que estacionam com seu bagageiro aberto, com som altíssimo.
8 – AMUB - gostaríamos de ver esse órgão durante o fim
de semana, a noite, controlando o transito nas ruinhas e os estacionamentos nas
calçadas, fruto de autorizações a locais noturnos sem estacionamento para seus
lientes. Quem dá essas autorizações conhece a norma que exige
estacionamento? Onde está então o do bar
das 11 janelas? Do Açai Biruta? Do
Palafita? E ainda falam de fazer
restaurantes na Siqueira Mendes...
9 –As áreas cobertas
da Siqueira Mendes, atualmente mal utilizadas (e no olho de quem quer fazer uma
atividade pra turista e não para quem paga o IPTU) deviam servir de estacionamento para
moradores e para os locais já existentes
no entorno da Sé e do Carmo, e, mesmo assim, não seriam bastante.
10 – A INSEGURANÇA aumentou depois que a Policia Comunitária
foi desativada. Este tipo de serviço fez
diminuir de 75% os casos de assaltos e furtos na Cidade Velha. A falta de PMs
na instituição, os tirou das bicicletas. De 12 por dia, agora são somente três
PMs, a rodar pelo bairro em bicicleta.
ESTES SÃO OS MAIS GRAVES
PROBLEMAS DO CENTRO HISTÓRICO: TRANSITO,
ESTACIONAMENTO, POLUIÇÃO SONORA E INSEGURANÇA (na Cidade Velha A ÁGUA,
também).