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Tributo a Sebastião Tapajós
Dos maiores concertistas
Que pelo mundo passou
Foi grande violonista
Meu Rio Mar testemunhou
Nasceu a bordo dum barco
Na canção se tornou marco
A Amazônia ele amou
O maior violonista
Que a Amazônia produziu
Era um perfeccionista
Isso a terra toda viu
Tocou por todo este mundo
Sem esquecer um segundo
O lugar donde saiu
Onde Fernando Pessoa
Versejou pra além do mar
Da lusitana Lisboa
Tapajós foi se formar
Dali saiu talentoso
Para se tornar famoso
Por tudo quanto é lugar
Quem arpeja uma Viola
Sabe do que vou falar
Pois eu sei que tocarola
Como quem a se encantar
Com as águas amazônicas
E as correntes tapajônicas
Num belíssimo encontrar
Sebastião arpejando
Seu instrumento de tocar
Como quem se admirando
Com o encontro no Rio Mar
Parecia ser a plena
Poesia santarena
Vendo o boto a bailar
Ver Sebastião tocando
Dava para imaginar
Cada dedo seu bailando
Numa corda a vibrar
Em original macete
Pertinho do cavalete
Num sonho de harmonizar
Num estilo fabuloso
O Mestre Sebastião
Era aquele primoroso
De saber extrair canção
Da mais alta qualidade
Com aquela sonoridade
No beirar da perfeição
Às vezes, se apresentando
Dava pelas vibrações
Parecer estar tocando
Três ou quatro violões
Pois foi um violonista
De lembrar malabarista
Dando brilho às canções
Onde a musicalidade
Do Lendário Waldemar
É um canto de saudade
Sempre a nos emocionar
Tapajós viu os lampejos
Dos poéticos arpejos
De quem nasceu pra brilhar
Quem lançou várias centenas
De LPs e de CDs
Pelas águas santarenas
Como um bom paraensês
Digo que ele foi, no fundo
Maior tocador do mundo
Juramento a vocês
Quem amava suas raízes
Do santareno torrão
Aqui e em vários países
Recebeu premiação
Pela amazonidade
E internacionalidade
Dos tons do seu Violão
Após sua carreira longa
Pelos palcos mundiais
Lá da terra Mocoronga
Ruma os cantos eternais
De maneira desconforme
Deixa uma saudade enorme
Como tantos imortais
Jetro Cabano Fagundes
03/10/2021
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