Com a Pandemia em
giro e o bloqueio/confinamento em Belém e entorno, fica difícil seguir os trabalhos de
REQUALIFICAÇÃO DAS PRAÇAS da área tombada que tiveram inicio em fevereiro... menos a da Praça do Carmo que seguiremos de perto...
Este ultimo mês vimos os trabalhos avançarem:
- acabaram de quebrar o piso/assoalho da praça;
- levantarem o piso do anfiteatro;
- subiram a ponto de deixarem somente quatro degraus.
Mais alguns dias de trabalhos e chegou um caaminhão com terra e o veiculo com o
concreto para cobrir, inclusive, os ‘buracos’ arqueológicos. Depois pararam por
uma semana e quando voltaram, semana passada, vimos chegarem o que pensamos ser
os “ladrilhos”.
As 8h da manhã vimos uma carreta estacionada na trav. D.
Bosco. Dentro viamos algumas embalagens. Retiraram algumas delas com um veiculo menor e depois a carreta se
mudou para a frente da igreja, tombada, do Carmo e continuaram a descarregar. Alguns operários na
área de trabalho, ajudavam. Isso durou a manhã inteira.
Um senhor de cabelos brancos, que imaginamos ser o responsável
pela obra, seguiu o descarregamento e até filmava o trator que trazia as
embalagens para a area em conserto. Ele deve saber que está numa área tombada,
o que não deve saber é que caminhões com mais de 4 toneladas, não deveriam
entram no centro habitado... caso a lei de 1996 que assim determinava, não tenha sido
ab-rogada.
Examinando as normas, notamos, porém, que em 2011 o Prefeito Duciomar assinou o Decreto n. 66.368/2011 reestabelecendo horários de entrada e circulação de veiculos no perímetro urbano de Belém. Diversamente da Lei 7.792/1996 onde o Prefeito Gueiros proibia a circulação de transporte de cargas superior a 4 toneladas, o decreto do Dudu fala de tamanho “...ACIMA DE 14 METROS...” e estabelecia horários DAS 6 HORAS ATÉ AS 21H DE SEGUNDA A SEXTA FEIRA....e cria CORREDORES. Mas continuamos a ver as carretas chegarem de manhã cedo... O que vige, então?
No art. 5 faz algumas isenções a: serviços de utilidade pública, de interesse público de emergência, de urgência e/ou veículos militares . O transporte de azulejos ou afins não nos parece entrar nessa relação, mas é o que vemos em várias ocasiões.
Em outubro de 2013, com Oficio n. 2147/2013-SCDS/SEMOB, fomos
informados da criação de ‘estacionamentos’
para carga e descarga para caminhões de pequeno porte.. Aonde, não descobrimos. O que vemos
porém, são carretas com mais de vinte pneus estacionadas na trav. D. Bosco.
Não sabemos quais dessas normas estão em vigor o certo é que 'carretas' deveriam ser totalmente proibidas na Cidade Velha se queremos defender esse nosso patrimonio histórico. Esse é um detalhe relativo a abusos em área tombada. As câmeras da CIOP podem certificar essa realidade.
Voltando aos trabalhos... Esta semana poucos operários na obra. Ouvimos barulho para a banda da Joaquim Távora, mas vemos que os ‘pacotões’ descarregados semana passada, continuam fechados. A área do anfiteatro continua parada.
Os tres vãos arqueológicos ja foram cobertos. A escadaria se reduziu a quatro degraus...
O ‘bloqueio’ em ato em Belém será que não deve servir para esses trabalhadores, também? Vemos porém que o trabalho, mesmo se com poucos operarios, está continuando, ao menos na praça do Carmo.
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