terça-feira, 19 de maio de 2020

A REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA DO CARMO


Com  a Pandemia em giro e o bloqueio/confinamento em Belém e entorno, fica difícil seguir os trabalhos de REQUALIFICAÇÃO DAS PRAÇAS da área tombada que tiveram inicio em fevereiro... menos a da Praça do Carmo que seguiremos de perto...

Este ultimo mês vimos os trabalhos avançarem:
- acabaram de quebrar o piso/assoalho da praça;
- levantarem o piso do anfiteatro;
- subiram a ponto de deixarem somente quatro degraus.









Mais alguns dias de trabalhos e chegou um caaminhão com terra e o veiculo com o concreto para cobrir, inclusive, os ‘buracos’ arqueológicos. Depois pararam por uma semana e quando voltaram, semana passada, vimos chegarem o que pensamos ser os “ladrilhos”.








As 8h da manhã vimos uma carreta estacionada na trav. D. Bosco. Dentro viamos algumas embalagens.  Retiraram algumas delas com um veiculo menor e depois  a carreta se  mudou para a frente da igreja, tombada, do Carmo e continuaram a descarregar. Alguns operários na área de trabalho, ajudavam. Isso durou a manhã inteira.






















Um senhor de cabelos brancos, que imaginamos ser o responsável pela obra, seguiu o descarregamento e até filmava o trator que trazia as embalagens para a area em conserto. Ele deve saber que está numa área tombada, o que não deve saber é que caminhões com mais de 4 toneladas, não deveriam entram no centro habitado... caso a lei de 1996 que assim determinava, não tenha sido ab-rogada.








As embalaguens foram distribuidas no entorno da obra








Examinando as normas, notamos, porém, que em 2011 o Prefeito Duciomar assinou o Decreto n. 66.368/2011 reestabelecendo horários de entrada e circulação de veiculos no perímetro urbano de Belém. Diversamente da Lei  7.792/1996 onde o Prefeito Gueiros  proibia a  circulação de transporte de cargas superior a 4 toneladas, o decreto do Dudu fala de tamanho  “...ACIMA DE 14 METROS...”  e estabelecia horários DAS 6 HORAS ATÉ  AS 21H DE SEGUNDA A SEXTA FEIRA....e cria  CORREDORES.    Mas continuamos a ver  as carretas  chegarem de manhã cedo... O que vige, então?




No art. 5 faz algumas isenções a: serviços de utilidade pública, de interesse público de emergência, de urgência e/ou veículos  militares . O transporte de azulejos ou afins não nos parece entrar nessa relação, mas é o que vemos em várias ocasiões.






Em outubro de 2013, com Oficio n. 2147/2013-SCDS/SEMOB, fomos informados da criação de ‘estacionamentos’  para carga e descarga para caminhões de pequeno porte..  Aonde, não descobrimos. O que vemos porém, são carretas com mais de vinte pneus estacionadas na trav. D. Bosco.



Não sabemos quais dessas normas estão em vigor o certo é que 'carretas' deveriam ser totalmente proibidas na Cidade Velha se queremos defender esse nosso patrimonio histórico. Esse é um detalhe relativo a abusos em área tombada. As câmeras da CIOP podem certificar essa realidade.














Voltando aos trabalhos... Esta semana poucos operários na obra. Ouvimos barulho para a banda da Joaquim Távora, mas vemos que os ‘pacotões’ descarregados semana passada, continuam fechados. A área do anfiteatro continua parada.












Os tres vãos arqueológicos ja foram cobertos.    A escadaria se reduziu a quatro degraus...











O ‘bloqueio’ em ato em Belém será que não deve servir para esses trabalhadores, também? Vemos porém que o trabalho, mesmo se com poucos operarios, está continuando, ao menos na praça do Carmo.


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