domingo, 23 de junho de 2019

USO DO PALACETE PINHO




O Palacete Pinho é um dos mais bonitos prédios situados na Cidade Velha que se encontra, porém e praticamente, em estado de abandono. Além de janelas com vidros quebrados, vemos também o mato que cresce em vários pontos. Não se tem ideia de quando será usado ou reaberto a visitação pública.

Retro Palacete Pinho
















Alguns anos atrás, e por duas vezes, tivemos em Belém a visita da Prof. Dra. Marinella Pigozzi da Universidade dos Estudos de Bolonha do Departamento de Artes Visivas, convidada da UFPa para um evento do Forum Landi. Era professora de Historia da Critica da Arte e Museologia e Colecionismo na Escola de Letras e Bens Culturais da Universidade de Bolonha,  entre outras materias.


Fui sua tradutora  durante  sua primeira visita. Na segunda vez que veio me pediu para acompanhá-la a visitar a cidade. O primeiro lugar que a levei foi ao Palacete Pinho, durante uma exposição de azulejos de uma colecionadora de Belém. Ela adorou, seja o Palacete que a exposição.















Naquela época em muitos se  perguntavam o que fazer com tal prédio. Esta Associação pensou fosse o caso de utiliza-lo para uma Biblioteca e tinha intenção de fazer uma campanha a respeito.

Aproveitamos a estadia da professora em Belém e perguntamos, informalmente, sua opinião a respeito...e ela foi contrária. Falou da umidade; da proximidade do rio; do canal da Tamandaré e das chuvas que atormentam a cidade. Falou de despesas exageradas para preparar o prédio para receber os livros e daquelas, permanentes, de controle e manutenção.


Lógico que seriam necessários estudos mais detalhados para indicar com exatidão, todos os poucos prós e os tantos contra tal ideia. Um prédio longe do rio e de canais/igarapés, seria muito mais econômico. Não que fosse impossível fazer, mas a despesa seria tanta que, talvez, não fosse tão oportuno.

Esse papo informal nos levou e rever nossa opinião e, imediatamente  deixamos de lado a ideia de transformar o Palacete Pinho numa biblioteca. Seria um investimento antieconômico para a Prefeitura que reclamava de falta de dinheiro. Não pensamos em outra qualquer ocupação pois íamos ter também que pensar em algo que não exigisse estacionamento para seus usuários... e ali isso não tem.

Áreas próximas a rios ou canais tornam muito mais caro qualquer investimento que tenha a ver com documentos, livros, jornais, enfim, com papel.   É melhor confrontar projetos em vários outros endereços antes de tomar decisões. Quem entende de museus e bibliotecas não aconselha tais localizações.  Essa opinião vale ser considerada,  também, para os casarões perto da feira do açai....


2 comentários:

Unknown disse...

E por q não umas salas de teatro?

LABORATORIO DE DEMOCRACIA URBANA “Cidade Velha-Cidade Viva” disse...

Sr. Desconhecido: é sempre o mesmo problema, ou seja, a falta de estacionamento. Será que os usuarios viriam de onibus???? Até escola de musica, numa rua estreita, com pais mal educados em fila dupla buzinando para chamar os filhos... Não dá, né?
Sugira algo pensando nesse problema: estacionamento.
Obrigada.