Não tem nenhum motivo especial para fazer está homenagem ao fotografo Fidanza, somente a descoberta de um site de onde reproponho este artigo:
O suicídio do fotógrafo Felipe Augusto Fidanza (c. 1847 – 1903)
http://brasilianafotografica.bn.br/?p=4274#comment-53608
Aconselho a leitura do artigo acima. Nos conta algo da vida do fotografo Fidanza que teve seu studio, na Pça das Merces, no inicio da atual rua Sto. Antonio.
"Até hoje pouco se sabe de sua vida antes de sua chegada ao Brasil, em fins da década de 1860. Em 1º de janeiro de 1867, o Diario do Gram-Pará publicou o anúncio : “PHOTOGRAPHIA, ao largo das Mercez , nº. 5, Fidanza & Com”, o que prova que nessa época ele já estava estabelecido no Pará.
Não se sabe o motivo do seu suicidio, jogando-se do navio que o trazia com a familia para Belém, em 1903. Sabe-se porém que, "Cinco meses após sua morte, seu estúdio foi leiloado por sua viúva. Teve diversos proprietários, dentre eles os sócios Georges Huebner (1862 – 1935) e Libânio do Amaral (?-1920). Segundo o jornalista Cláudio de La Rocque Leal, o estabelecimento fotográfico sob o nome “Fidanza” fez parte da história até 1969. "
Depois de ver suas fotos, me se confirmou a ideia de que a fotografia apareceu, também, para colmar um vazio que existiu até
meados de 1800, relativamente aos não
nobres; aqueles que não galgavam as altas esferas; aqueles que faziam
trabalhos não considerados dignos de relevo, mesmo se eram a base da sobrevivência
. .. dos outros.
Ver as fotos que Fidanza fez de tanta gente simples, me fez
vir em mente uma palestra que assisti em Bolonha de um luminar da arte, que não
lembro o nome porém, somente que era bolonhês, e morava na Estrada Maggiore,
num prédio de 1300...
Ele falou da mudança de ‘personagens’ e ‘ambientes’ nas
pinturas do século XIX. Mostrou uma das primeiras pinturas italiana que
mostrava a vida fora dos muros de Bolonha, na rua, não em um jardim bem tratado ou numa floresta privada... Ninguem importante aparecia no
quadro. Tudo acontecia num terreno baldio, do lado de fora da cidade, onde os ‘personagens’
trabalhavam ao ar livre e algumas crianças brincavam...
Essa imagem me veio em mente, pois ele disse também que os
pintores eram contratados e viviam a vida inteira em casa de ricos e/ou nobres,
para pintar a família em diversos momentos de suas vidas e idades. Não é que existiam lojas de quadros, mas ateliers, sim. Lembrei logo do Landi que tinha uma vontade enorme de
encontrar um trabalho assim, e não conseguiu nem aqui... daí transferiu seus interesses
para o que dava dinheiro.
Vi paisagens sem muitos atrativos para aquela época, mas que para nós, hoje, contam por exemplo, como era o Murutucu, que foi de Antonio Giuseppe Landi.
Lembrei também da quantidade de quadros que vi nos vários
museus que visitei pelo mundo afora, pouquíssimos dos quais não eram poses de ricos e
nobres, a cavalo, ou a pé; sentados ou em pé. Até então os pintores ousavam, ao máximo, retratar
bebuns em mesas de bar, ou pouco mais, quadros esses, porém, bem pouco
representativos para a sociedade da época
para serem vendidos facilmente. Hoje tem valor pois podemos ver os
costumes e, inclusive comportamentos e a roupas de uns e de outros.
“ Fidanza
fotografou tipos sociais diversos.” De fato vi as fotos de mulatas, índios,
negros, cafuzos, enfim, fotos de ilustres desconhecidos, de quem fazia os trabalhos pesados. Serviam para cartões
postais, pois: “Para
tornar essas fotografias, que vendia, exóticas, utilizava adereços e construía
cenários”.
“Destacou-se por sua produção de retratos e
também pelo registro das paisagens e documentações do início do desenvolvimento
urbano de Belém e de Manaus, ocasionado pela riqueza do ciclo da borracha. “
Vale a pena ler esse artigo.
http://brasilianafotografica.bn.br/?p=4274#comment-53660
A nossa pintora Feio, também deixou alguns quadros de gente do povo, de trabalhadores de sua época... e são lindos como as fotos do Fidanza. ESTÃO NO ARQUIVO DO MABE.
http://brasilianafotografica.bn.br/?p=4274#comment-53660
A nossa pintora Feio, também deixou alguns quadros de gente do povo, de trabalhadores de sua época... e são lindos como as fotos do Fidanza. ESTÃO NO ARQUIVO DO MABE.
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