Se não tivessem tantos 'troteiros' por ai, dia 12 de janeiro de 2016 poderíamos ter tido o privilegio de ouvir/escutar, Matteo Fedeli tocar um Stradivari no Teatro da Paz com a nossa Orquestra Sinfônica.
Ele viria grátis: nem o seguro do violino Stradivari nem seus honorários
seriam pagos, somente a estadia e as passagens aéreas foram pedidas. Mas, empecilhos de vários tipos, que depois se
revelaram verdadeiros “trotes infantis”, surgiam a medida que falavamos com as pessoas
do setor cultural. Mas isso so iriamos descobrir depois.
A primeira dificuldade foi chegar até os funcionários públicos
“que contam”. Fora daqui consegues, com muito mais facilidade, falar com gente
mais importante...aqui, em vez, todos com o Rei na barriga te faziam esperar
meses...e o tempo passava. Depois de quatro meses sem resultado, procuramos um
politico e em 24 horas fomos recebidos no Teatro da Paz. Aqui funciona assim: é a amigocracia que conta.
Uma primeira informação que nos deram foi que o Teatro da
Paz não funciona no mês de janeiro...mas, nem para um Stradivari???? A informação
seguinte foi que os membros da Orquestra tinham direito a férias no mês de
janeiro...mas nem para fazer uma experiência com um Stradivari e quem sabe até
ganhar um extra?
Deixamos o CD do artista e ficou no ar a possibilidade de ter uma resposta em breve...e começamos a esperar.
Deixamos o CD do artista e ficou no ar a possibilidade de ter uma resposta em breve...e começamos a esperar.
Quatro meses se passaram e, não obtendo resposta alguma, amostramos a carta
ao Prefeito, sem pedir absolutamente nada, mas informando-o dos encontros ja tidos e das respostas recebidas. Queríamos que tomasse
conhecimento dessa possibilidade e ele perguntou: por que me tras agora esta proposta? Respondemos: “porque todos os locais interessados dependem do Estado”. E ele disse: nem que tenha que falar com o Jatene, este evento
acontecerá. ... e saímos de la cheios
de ilusões e sonhos.
Passaram-se mais seis meses e nada, por escrito, chegou até nós. Pedimos
noticias ao Prefeito e ele pediu para esperar um pouquinho mais. E acabou se passando um
ano e nada. Assim, no inicio de agosto de
2015, por ocasião da posse do Conselho do Patrimonio pedimos noticias publicamente ao
Prefeito sobre tal evento e ele respondeu que: desde
o inicio do seu governo ele so tinha contratado músicos/artista paraenses e eu
ousava propor um musico estrangeiro... fiquei sem palavras.
Ao acabar a reunião voltei a falar com ele, admirada daquela resposta e ele me disse de entregar para a sra. Heliana Jatene, o material que tinha dado a ele e assim o fiz. Dois dias
depois recebi uma resposta do Superintendente
da Fundação Carlos Gomes que assim dizia:
“A ideia é excelente mas infelizmente
o período não é propicio para uma apresentação desse porte .... Considerando
que após as festas de fim de ano as escolas de musica entram em recesso e só
reabrem em março com o começo do ano letivo, não teríamos como realizar as
master classes e nem teríamos garantia de um grande publico para um espetáculo,
muito menos para três apresentações,...” Pois é, até cursos para os estudantes ele tinha proposto de fazer. E esperamos um ano para ter essa resposta e fazer um figura terrivel com o artista e seus patrocinadores.
Hoje o Teatro abrirá, a Orquestra Sinfônica
tocará e os paraenses
não ouvirão nenhum Stradivari porque não temos “garantia de
um grande publico”.
não ouvirão nenhum Stradivari porque não temos “garantia de
um grande publico”.
Francamente, quem frequenta o Teatro da Paz e todos os que
cultuam a chamada musica clássica, so podem se sentir ofendidos.
cultuam a chamada musica clássica, so podem se sentir ofendidos.
E assim Belém perdeu essa oportunidade única.
PS: A Civviva também faz aniversario di 12/01.
PS: A Civviva também faz aniversario di 12/01.
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