Acabei de ler o seguinte artigo: "Ninguém escreve ou faz a História sozinho - Ivan Alves Filho."
Ivan inicia, praticamente dizendo que : Um dos maiores
equívocos que um historiador pode cometer é desconhecer as contribuições
daqueles que o precederam. Às vezes, mais do que um equívoco, é também
uma mesquinhez. .. e conclui,
dizendo “Ninguém escreve a História sozinho, como tampouco ninguém faz a
História sozinho.”
Essa
leitura me lembrou um professor de história, que no inicio deste século falando
a uns 200 alunos, disse que “em Belém, nos anos 70, não tinha ninguém lutando
contra a ditadura...”
Fiquei
horrorizada com tal afirmação e depois que encerrou sua intervenção, pedi a palavra e falei de
meus ex colegas de faculdade, nos anos 60, que tinham continuado na luta... mas so consegui arranjar
um inimigo.
Recentemente
acabei de escrever minhas memórias e os anos 70, concentram cerca de 90% do meu
tempo livre, em atividades contra a ditadura,
mas eu não vivia mais aqui, portanto ele não podia saber das minhas atividades. Sem querer tinha virado uma exilada política
na Itália.
Certo,
é bem capaz que ele nem tivesse nascido
ainda quando aconteceu o golpe de 64 e, quando fez aquela afirmação, é capaz,
também, de não ter lido nada a respeito. Devia estar iniciando sua carreira de
professor de história...
Espero
que agora, porém, quando sair por ai contando histórias, tenha aprendido a se basear no
que sugere o Ivan Alves, acima citado.
Nesse
artigo o Ivan não fala das torturas que sofreu nos anos 70, apenas por ter o mesmo nome
do pai, que era membro do Partido Comunista Brasileiro...
https://gilvanmelo.blogspot.com/2024/11/ninguem-escreve-ou-faz-historia-sozinho.html?m=1
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