quinta-feira, 17 de maio de 2018

QUEM DEVE TOMAR PROVIDÊNCIAS?


A insegurança é tanta que resolvi, ha tempos, sair sem celular... assim sendo, não posso nem fotografar os absurdos que vejo. Vão ter que acreditar no que escrevo...cheia de mágoas.
A praça D. Pedro II, aquela dos leões, perto da praça do Relogio, está uma tristeza so. Alias, todas duas. Deixando de lado as calçadas que, vira e mexe, são consertadas de modo errado, vamos ao panorama entorno a elas.

Pixaram o monumento inteirinho da praça dos leões; arrebentaram as grades perto da escadaria...e seu cume está cheio de plantas.




Devemos recordar que, tal praça tem ao seu redor:
- a Assembleia Legislativa;
- a Prefeitura; - o Museu do Estado do Pará;
- o Instituto Histórico e Geográfico do Pará;
- a Igreja da Sé e de S. João
- umTribunal de Justiça;
- várias sedes de Ministerios Publicos
-e vários outros museus

Independentemente da competência de cada um, a quantidade de conhecedores das leis é enorme nessas paragens. Apesar de todo esse conhecimento e competências, todos os dias tem manifestações rumorosas na porta da ALEPa, cujo resultado imediato é a destruição do patrimônio histórico. Caem os estuques do Museu; estalam cristais; quebram-se vidraças... Isso sem aprofundar outras manifestações que acontecem durante o ano quando se repetem, infelizmente, como durante o Auto do Cirio, abusos de todo tipo.

A poluição sonora, além de criar os problemas acima, também
prejudica anciães e animais que moram naquele entorno. O mato, bem visivel, que cresce em vários prédios nessa área tombada, não deixa dúvidas que, seja aos politicos que aos estudiosos de leis ou de historia, o nosso patrimônio histórico, concretamente, não merece nenhuma atenção. (Este é na Tomazia Perdigão, mas tem dois na Felix Rocque)
Está mais do que claro que, ignorando essa realidade, com certeza, não é que a presença desses orgãos e de estudiosos, ali, seja util ou facilite a salvaguarda da nossa memória histórica. Essa proximidade deles de nada serve quanto a defesa da área tombada onde se encontram. Não interessa a nenhum deles essa realidade? Não notam a barulheira que fazem ao redor de monumentos históricos? Será que sabem os danos que isso causa? Será que chegam a notar tudo isso quando entram na Cidade Velha?

Depois: quem continua a autorizar atividades que enchem as calçadas de veiculos, e os ouvidos dos moradores de ruídos? Quem deve pensar nos estacionamentos, para salvaguardar as calçadas de liós, também tombadas?

Se dobrarmos o canto da praça a esquerda, vamos dar de cara com a Catedral da Sé, que, ultimamente, apos as cerimonias de casamento, vê homenagearam a moça que encontrou marido, com a mesma quantidade de fogos usados durante o Cirio. Ação essa que, também, causa danos enormes ao patrimônio... quem quer que seja que a faça.


Os 'cidadãos', sentindo-se donos do pedaço, e, não sendo nem educados nem reprimidos pela força pública em algum modo, continuam a agir sem alguma compostura e... desrespeitando as leis.
IGNORAM, JUNTAMENTE COM OS OUTROS FREQUENTADORES DESSA ÁREA OS DANOS QUE, NÃO SOMENTE A POLUIÇÃO SONORA, CAUSAM AO NOSSO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E AS PESSOAS.
(atenção: lago do desencontro das águas...poluidas)

A omissão de todos é gritante, incluindo o Ministério Publico. Que fazer? A quem pedir socorro?

CADÊ AÇÃO DESSES FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS? CADÊ A CIVILIDADE DOS CIDADÃOS? CADÊ O RESPEITO DAS LEIS? CADÊ COERÊNCIA, ÉTICA E TUDO MAIS...

Quem pode tomar providências concretas para a defesa do nosso patrimônio histórico?

Dulce Rosa de Bacelar Rocque 
Presidente Civviva

FOTOS DE CARLOS BOUÇÃO e GRAÇA CASTRO

Um comentário:

José Ramos disse...

A cidade está um caos em vários aspectos. Patrimônio histórico, saneamento, mobilidade, segurança pública (do Estado, mesmo PSDB), educação, saúde, obras (demoradas e de má qualidade). A Prefeitura alega falta de recursos, mas, assim mesmo diz que faz. Quanto? 2, 3% do que seria necessário. Vejam os alagamentos, o BRT, as montoeiras de lixo em toda a parte, ruas esburacadas, é numerosíssima a quantidade de problemas. Onde está o problema raiz? Nas eleições, nas coalizões, no atendimento aos cabos eleitorais, na gestão política e pouco técnica, na falta de planejamento e na falta da execução do que se diz planejado? Sei lá. O Prefeito é simpático e entusiasmado. Mas, essas duas qualidades não superam os problemas. Para ajudar o Prefeito e à Prefeitura, a sociedade civil organizada deveria fazer uma auditagem na Prefeitura. Identificar os problemas históricos, os das últimas 4 gestões, os orçamentos, as fontes de recursos, as aplicações. Com isso talvez pudéssemos entender melhor os problemas, que passam por eleições, por partidos políticos, por interesses de poucos em detrimento de muitos, por contratações de serviços erradas, viciadas (?), superfaturadas (?), mal executadas, não fiscalizadas (?), sei lá, uma auditagem profunda de tudo, porque ninguém, a meu ver, nem o Prefeito, tem a visão necessária de todo esse quadro.
Eu deixo aqui como sugestão para o Ivan Silveira da Costa (Observatório Social de Belém), ao Lucas Nassar (LabdaCidade), ao Promotor Raimundo Moraes (MP). a quem me ler e tiver energia para essa empreitada. Aspectos legais, sei lá, há de haver alguma maneira de se fazer isso. A propósito, a Câmara de Vereadores como instituição nunca fará isso, óbvio. (Fernando Carneiro, Marinor Brito, Edmilson Rodrigues).