BEM VINDOS A CIDADE VELHA neste domingo...
Pedimos sua atenção para um grande problema: nosso patrimônio arquitetônico. Você está numa área tombada.
O que quer dizer isso? Que os prédios, as praças, os monumentos, as calçadas de liós, devem ser preservados, salvaguardados das más intenções.
Quais más intenções? Aquelas, por exemplo, que levam a: roubo de azulejos; mudança da cor original dos prédios por cores fortes; modificação das fachadas das casas; pichação de casas e muros; estacionamento nas calçadas de lios; uso da buzina sem necessidade...
- Seja a trepidação causada pelo excesso de transito, seja aquela produzida pela poluição sonora, levam a lenta destruição do nosso patrimônio.
- A poluição visual é outro elemento que serve, inclusive, para descaracterizar as fachadas que devem ser salvaguardadas.
- O nosso clima, também é um coadjuvante desse “aparato” que ajuda a destruir o nosso patrimônio arquitetônico.
A esses elementos se une o “ser humano”, nem sempre disposto a respeitar, nem a nossa memória histórica, nem as leis que regem a opção de tal preservação. De fato, o abandono por parte dos proprietários, o descaso das autoridades e certos abusos cometidos por outros, não ajudam, certo, a preservar nem conservar nossa memória histórica.
Que fazer? Salvar da degradação e destruição os nossos bens culturais foi, portanto, a base do tombamento da Cidade Velha seja pela Prefeitura, seja pela União. Estamos assim tentando defender etapas da nossa historia.
A presença dos azulejos, por exemplo, quer lembrar, no mínimo, sua função na manutenção do microclima da casa, da saúde dos moradores quando não existia eletricidade nem ar condicionado para nos defender do calor. Dai vem um e decide coleciona-lo...
A legislação não prevê o “embelezamento’ da área tombada, mas a manutenção da memória histórica, então porque mudar as cores das casas por outras mais fortes, que não nos representam? É importante a permanência das cores tênues, como um exemplo de quando as casas eram pintadas de tal maneira porque as tintas claras eram as que existiam então, além de uma questão de gosto estético da época. Por que autorizar grafites, ignorando, inclusive, as pichações que já se fazem presentes no Centro Histórico, deturpando-o? Ambas se somam entre aquelas ações que nada tem a ver com nossa memória.
Todos nós, segundo as normas vigentes, somos responsáveis por essa defesa, e, para que isso aconteça, temos que conhecer nossa história (e as normas vigentes) para poder salvaguardar o que sobrou do nosso patrimônio arquitetônico.
Seja portanto bem vindo ao bairro mais antigo de Belém. Aproveite e passe na Praça do Carmo, para visitar a mostra fotográfica "Com Eira, Beira e...Ramo de Mangueira" que demonstra a situação e evolução do nosso patrimônio arquitetônico nos últimos cinco anos.
Visitação da exposição de 14 a 27 de junho.
C.C.C. - Praça do Carmo 40/48
Praça do Carmo 40/48
Respeitando nossa memória histórica você já está fazendo seu papel de cidadão
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