Siqueira Mendes, no início Rua do Norte
Publicado em 08/11/2009 por Lafayette - Criss Angel – Steamroller →
(ORIGEM: http://xipaia.wordpress.com/2009/11/08/siqueira-mendes-no-inicio-rua-do-norte/)
“Há muito tempo, Belém tinha apenas dois bairros: o da Cidade (hoje Cidade Velha) e o da Campina.
O marco divisor desse dois bairros era a travessa de São Mateus, aberta especialmente para locar uma leva de imigrantes portugueses.
O da Cidade teve a sua primeira rua delineada no século XVII, logo após a construção do Forte de Santo Cristo, depois chamado de Presépio e, hodiernamente, do Castello, e foi denominada de rua do Norte. Essa artéria beirava toda a margem do rio e terminava onde começava a floresta bruta.
Mais tarde ali, o capitão-mor (nota minha: major, atualmente) Bento Maciel Pereira ergueu a sua casa de moradia.
Posteriormente, o capitão doou todas as suas terras e benfeitorias aos Carmelitas Calçados, que erigiram uma igreja em louvor a Nossa Senhora do Carmo.
Hoje, essa rua denomina-se Siqueira Mendes.
Manoel José Siqueira Mendes nasceu em Cametá a 6 de setembro de 1825. Fez o curso primário naquela localidade e, logo após, ingressou n Sminário de Belém, por obra e graça de D. Romualdo Coelho.
Três foram as grandes paixões do Padre Siqueira Mendes. O jornalismo, a educação e a política.
Ensinou, no Seminário, as cadeiras de teologia e de moral e, no Liceu Paraense, o latim.
Fundou dois colégios e a mabos deu o mesmo nome: Santa Cruz, em homenagem ao Marquês de Santa Cruz, título nobiliárquico de D. Romualdo de Seixas. Os colégios funcionavam um, em Belém e o outro em Cametá.
Na política filiou-se ao Partido Liberal, mas foi no Conservador que Siqueira Mendes atingiu a culminãncia como político, chegando a ser o seu condutor, face seu estraordinário poder de arregimentação de adeptos.
Foi eleito deputado provincial para diversas legislaturas. Eleito vice-presidente do Estado, nesse cargo assumiu, por duas vezes, o posto de Presidente, desempenhando-o com probidade e brilhantismo.
Por 21 anos ocupou uma cadeira no Parlamento Nacinal, até que, em 1889, o imperador D. Pedro II o escolheu para o Senado Imperial – na época função vitalícia.
Nesse cardo colheu-o a Proclamação da República. O novo regime estinguiu o Senado e Siqueira Mendes – já com a saúde abalada -, recomeçou a arregimentação de correliginários para a formação de um novo partido de cunho republicano.
Porém, doente, seguiu para o Ceará em busca de melhoras, mas, em Fortaleza, no dia 5 de maio de 1892, com 67 anos faleceu.
A Lei nº 294, de 18 de junho de 1895, do Congresso Estadual votou e autorizou ao Governo do Pará, que se erguesse uma estátua em sua homenagem, galardão este que jamais foi executado.
Como prémio de consolação deram o seu nome à rua do Norte.”
Fonte: Valente, José Duarte – A hitória nas ruas de Belém: Cidade Velha. – Belém : CELUP, 1993, págs: 9/11.
NOSSA FONTE: http://xipaia.wordpress.com/2009/11/08/siqueira-mendes-no-inicio-rua-do-norte/
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Um comentário:
Quanta honra, quanta honra...
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