Ainda bem que está passando desapercebido, mas, o lançamento de um livro em S.Paulo me fez lembrar esta triste data: 31 de março de 1964 - começava um periodo negro.
As histórias de 45 dessas mulheres mortas ou desaparecidas estão contadas no livro "Luta, Substantivo Feminino",lançado quinta-feira passada, na PUC de São Paulo, na presença de mais de 500 pessoas. O livro contém ainda o testemunho de 27 sobreviventes da ditadura brasileira, e muitas fotos.
Se um poste ouvir os depoimentos dilacerantes delas, o poste vai chorar diante da covardia dos seus algozes.
Dá vergonha viver num mundo que não foi capaz de impedir crimes hediondos contra mulheres indefesas, cometidos por agentes do Estado pagos com o dinheiro do contribuinte.
A lembrança de crimes tão monstruosos contra a maternidade, contra a mulher, contra a dignidade feminina, contra a vida, é dolorosa seja para quem escreve seja para quem lê. São histórias de horror - o horror como arma política e, também, transtorno de personalidade.
Seria oportuno lembrar diariamente disso para não sermos condenados a repeti-lo.
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